A propósito do «Dia das Bruxas», sim ou não?

E lá vamos nós com o Carmo e a Trindade a caírem abruptamente por todos os lados e a assistirmos a mais uma batalha terrível entre tropas extremadas.
As ditas educadoras da foto foram zurzidas com insinuações de beatice, de falta de brio profissional, entre outros mimos. Defendeu-se com unhas e dentes que a festarola não é uma americanice, não senhor, e vieram a lume argumentos de peso cultural, que afinal é uma tradição celta de comemoração do fim do verão e que de celtas temos muitas costelas. Por isso, há que festejar.
Do lado oposto, que isto é tudo marketing, que não há quaisquer raízes a sustentar estas abóboras, estes chapéus pontiagudos e esta panóplia de maquilhagens artísticas, que o que é genuíno e nosso é o «pão por Deus», que nos transporta vertiginosamente para as aldeias da nossa bendita infância, povoada de gorduchas avós e doces filhós.
Por mim, desde que não se use o termo Halloween, porque estamos em Portugal, não tenho nada contra esta miscelânea de culturas que entrelaçam o sagrado e o profano de maneira lúdica e oferecem mais uma data de diversão e, quiçá, alienação. Que isto «a vida são dois dias e o Carnaval são três»!
Cf. O nosso Halloween + Sabia que o Halloween nasceu na Europa há 2000 anos? + Halloween: Uma "jovem" tradição comemorada na noite portuguesa + Por que as pessoas celebram Halloween no Brasil? + O que não te contaram sobre o Halloween + Esta coisa que nem nome português tem!