Um outro eixo viário N-S partindo de Chaves seguia pelo alto da serra a poente da depressão Verín - Régua rumo também ao rio Douro; dois miliários logo à saída de Chaves (Campo da Roda e Outeiro Jusão) que apesar de estarem deslocados da sua posição original poderiam assinalar esta via que seguia por Vidago rumo à Ponte da Ola onde cruzava o rio Avelames, continuando por Cabanas (onde deveria existir uma mutatio), continuando por alturas da serra rumo a Vila Marim, onde se achou um miliário, continuando provavelmente rumo às travessias do Douro em Peso da Régua e Cidadelhe, onde há notícia de outro miliário. Esta última travessia poderia ser feita nas Caldas de Moledo, onde há vestígios romanos associados a um vicus e provável mutatio de apoio a esta passagem do rio que durante a Alta Idade Média disponha de barca e albergaria que deverá corresponder ao «portu de aliovirio» citado num documento do ano 922 (Lima, 2008; Batata et al., 2008).
Chaves (depois de atravessar a Ponte de Trajano, rumava a sul cruzando a ribeira do Caneiro; na Qta. do Caneiro apareceu o miliário do «Campo da Roda», hoje desaparecido, talvez dedicado a Constantino Magno)
Outeiro Jusão (miliário anepígrafo numa casa derrubada da aldeia; ara aos Lares Tarmucenbaecis Ceceaecis; ara dedicada a Ísis no MRF e estela funerária de Daphnus talvez provenientes da villa da Qta. do Pinheiro; vide términos dos Praen e Coroq achados neste local; a via seguia talvez por Pereira de Veiga e Vila Nova de Veiga pelo Alto da Conceição, Alto do Turigo e Parada onde apareceu uma ara a Baco)
S. Pedro de Agostém (ara aos Lari Erredici na igreja; a via segue talvez por Fonte Fria e junto do castro romanizado do Alto do Castro/Monte de Sta. Bárbara e do respectivo habitat romano da Fonte do Mouro; inscrição a Laribus Pindeneticis em Selhariz)
Pereira do Selão, Vilas Boas (segue pela rua da Paz e campo de futebol e pelos topónimos viários Carquejo, Corgo e Alto da Portela)
Vidago (castro; termas romanas em Salus, divindade que designa saúde, onde apareceu uma incrição referindo Aqua Flaviae; a via cruzava a ribeira da Oura junto a Vidago ou mais a jusante numa ponte hoje arruinada na EM549, próximo do sítio romano de Couces local, ascendendo depois ao planalto da Serra de Oura, continuando pelo Alto do Baldio, junto da Qta. do Marco, Alto do Miradouro e aldeia de Vilela, passando assim a nascente do castro romanizado do Monte do Castelo em Capeludos, sobrancerio ao Tâmega, onde apareceu uma estátua de guerreiro; inscrição aos lares gegeiquis na igreja paroquial de Arcossó)
Bragado (cruza o rio Avelames na Ponte Romana?-Medieval da Ola, e sobe a encosta pelo Parque de Lazer)
Pensalvos (cruza a ribeira da Azenha e segue pela rua do Cabo, Igreja e rua do Calvário)
Cabanas (possível mutatio no sítio da Castanheira/Reguenga, a 150 m do campo de futebol, onde apareceu um tesouro monetário; cruza a aldeia pelo Largo da Capela e Largo do Outeiro e continua pelo CM1155 junto dos topónimos viários Portela e Pipa, seguindo pelo planalto da Serra do Alvão)
Afonsim (a nascente pelo CM1155 e EM555 por Alto de Couces e Praina dos Molhadinhos)
Paredes do Alvão (continua a nascente pelo CM1153 por Colonos de Paredes, Alto do Porto da Lage/Alto da Chã da Fonte, Colónia de Baixo e Povoação)
Gouvães da Serra (continua por Lages das Portas e Cadouço, topónimos viários, Alto da Sombra, Alto dos Merouços e Alto da Meroucinha, servindo de linha divisória entre os concelhos de Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar, continua pelo Alto dos Fornos, Alto do Seixinhal e Alto das Caravelas, onde inicia a descida da serra até entroncar na EM313 junto da Barragem Cimeira a sul de Lamas de Olo, seguindo por esta estrada pelo Alto das Muas, descendo depois pelo caminho carreteiro por Alto da Queimada e Negral)
Agarez (tesouro monetário; segue o CM1219 por Carvelas, Laje e Barroca)
Vila Marim (mutatio; miliário anepígrafo tombado numa horta junto da Capela de Ns. da Paz; tesouro monetário junto do Outeiro das Pombas, local da Villa Marinis, mencionada em escritos medievais)
Travessia do ribeiro da Marinheira (junto da Torre de Quintela?)
Mondrões (segue algures a poente de Vila Real)
Travessia do rio Sordo (tesouro monetário em Penedo Redondo)
Torgueda (seguia talvez por Fonte Seca, Vendas de Cima e Moçães, conflui na EN1244 e segue para Arnadelo, rua da Carreira, passando junto do povoado do Alto do Castelo, no outeiro da Capela da Sra. dos Remédios, e mais adiante nos sítios romanos do Rodelo e Veiga, junto do campo de futebol na EM1244-1)
Cumieira (provável vicus no lugar do Assento, com vestígios em torno do Monte de Sta. Bárbara, Ranha, Fossa e Ladário, onde terá aparecido uma ara a Júpiter (Colmenero, 1997); não é claro se a via passava em Cumieira ou se descia por Pomarelhos pela Costa da Veiga, onde existiu calçada, para cruzar a ribeira de Aguilhão na base do povoado fortificado do Monte Maninho junto da Qta. de Valflores e do sítio romano de Cabanelas na outra margem)
Fontes («Castro de Fontes» ou «Castelo dos Mouros», povoado fortificado na colina da Pena Aguda onde hoje existe a Capela de São Pedro de Fontes; aqui apareceu uma ara dedicada à divindade Auge; sítio romano de Cabanelas; forno romano junto da Ponte da Arcadela sobre a ribeira de Aguilhão em Fornelos; Qta. da Carreirola, topónimo viário)
- Ligação a Cidadelhe: um outro ramal seguia para Cidadelhe (onde há notícia de um miliário) rumo à travessia do rio Douro no «portu de aliovirio», mencionado num documento do ano 922 (PMH DC 25) que poderá corresponder ao porto de Caldas de Modelo, onde há vestígios romanos (Lima, 2008). Partindo de Fontes seguia até ao sítio de Fronteira, onde tomava o caminho pelos altos da Sra. do Monte e da Sra. dos Remédios em Mouramorta, continuando por Cimo de Vila e Pedreira até à Ponte Medieval de Cavalar sobre o rio Sermanha/Soromenha em Nostim, rumando daqui a Cidadelhe (castro romanizado, possivelmente designado por Aliobriga em época romana).
- No hoje desconhecido «Lugar do Marco» Russel Cortez identificou um miliário a Numeriano entretanto desaparecido com o numeral IIXX na última linha, podendo por isso indicar a milha 18; o ponto inicial da contagem da milhas é desconhecido, mas é de assinalar que esta é aproximadamente a distância ao miliário de Vila Marim
- Num documento do ano 970, há referência a uma antiga carreira servindo como linha divisória de propriedades em Nostim que poderá corresponder à via romana rumo ao Douro; «per carrale antiquo usque ubi diuidet cum uilla de lombadella et cum uilla de nausti usque in sarmenia» (PMH DC 101).
- Travessia do Rio Douro rumo a Lamego: existem dois pontos de passagem do rio separados pelo rio Sermanha; de Cidadelhe poderia descer à Qta. do Barco, sugestivo topónimo ou em alternativa desviava antes de Cidadelhe, em Nostim, e seguia por Portela, Oliveira e Bamba até Caldas de Moledo, onde cruzava o rio para o porto fluvial Penajóia e daqui ascendia a encosta por Pousada, S. Gião, Penajóia e Avões de Lá, onde entronca na via proveniente de Porto de Rei rumo a Lamego.
- Ligação a Peso da Régua: a via poderia bifurcar junto do Castro de Fontes, seguindo rumo a Peso da Régua para cruzar o rio Douro; a via seguia por Santa Marta de Penaguião, onde cruza a ribeira de Fontes, continua por Encambalados de Cima e pelo caminho próximo da Capela da Ns. da Guia em Lobrigos, continua paralela à EN2 por Outeiro, Casaria, reúne com a EN2 e pouco depois desvia novamente desta na Capela de S. Gonçalo e toma o caminho pela Capela da Sra. da Graça, continua pela cumeada das Qtas. de Romarigo e Campanhã, descendo depois ao Douro pelo caminho entre-muros marginando uma adega e que segue depois paralelo à rua Major Xavier Vaz Osório, cortado pela EN2, continuando pela rua da Qta. de S. Domingos até à linha férrea e daqui ao cais do Douro. (vide continuação da via no Itinerário Peso da Régua - Marialva).
Peso da Régua - Marialva (civitas ARAVORUM)
A existência de miliários na zona de travessia do rio Távora junto da Ponte do Pontigo/Freixinho em Moimenta da Beira, possível território dos Arabrigenses, indicia a existência de uma estrada que atravessava o planalto beirão no sentido O-E, dando continuidade às travessias do rio Douro da via proveniente de Braga na zona da Régua e da via proveniente de Chaves em Covelinhas; depois de atravessar o rio Távora na Ponte do Pontigo, a via poderia bifurcar, seguindo um ramo para a sede da civitas Aravorum em Marialva, rumo talvez a Salamanca, e outro seguia para sul em direcção oppidum de Póvoa do Mileu (Guarda), possível sede de civitas dos Lanciences Transcudani, rumo Mérida pela Ponte de Alcântara. (Sá Coixão, 2000, 2004, 2009; Teixeira, 1998). Esta estrada, proveniente talvez da travessia do rio Douro junto do Peso da Régua segue pelo alto do Monte Raso onde se regista a referência à «strada mourisca» que servia de limite norte do Couto do Mosteiro de Salzedas (LDMS 61), fazendo um percurso a cota elevada evitando assim grandes variações de cota e as difíceis travessias dos rios da região.
Peso da Régua a Moimenta pela «estrada mourisca»
A «estrada mourisca» referida na Carta de Doação a Teresa Afonso de 1152 constituía o limite norte do couto do Mosteiro de Salzedas numa linha que atravessa o planalto do Monte Raso e divide com Queimada («et per illa strada mourisca et dividit per Ceimada»), caminho assinalado por vários marcos que delimitavam o couto (S. Lourenço, Soito, Padrão, Santiago e Cimbres); esta estrada medieval, com possível origem romana, fazia a travessia do rio Douro na Régua, na base do povoado romanizado do Torrão, e daqui ascendia a Valdigem pela margem direita do rio Varosa (acima da EN313), continuava por Cairrão, Figueira, Portela, Queimadela (segue pelas ruas das Eiras, Calçada, Bispado, Adro, Telha e Ermida de S. Lourenço; habitat na Qta. da Raposeira, na vertente poente do Castro de S. Domingos), continuando pela cumeada da serra, o planalto do Monte Raso, até à encruzilhada no sítio do Padrão, entre Meixedo e Passos, topónimo que remete para o marco de delimitação do couto do Mosteiro de Salzedas que está na berma da estrada, possível reaproveitamento de um miliário romano. A partir daqui a via seguia junto do Aeródromo de Santiago rumo a Cimbres e Vila Chã da Beira, seguindo depois por Sarzedo rumo a Beira Valente, onde subsiste um troço da via romana, a «Estrada Larga» e uma ponte com presumível origem romana (Castro, 2013; Castro, 2013a).
Moimenta da Beira (a via passa próximo dos sítios romanos de Carguencho, Cidade da Mouraria, Cabeça e do povoado do sítio de S. João, margina a igreja e segue o caminho do Bairro da Corujeira por Arcozelo do Cabo e Arcozelo da Torre)
Granja de Oleiros (Arabriga?; importante vicus de Rochela/Arrochela estendendo-se até Vide; o território dos Arabrigenses poderá corresponder ao actual concelho de Moimenta da Beira; epitáfio de Balbus reutilizado no pavimento da Capela de Ns. de Fátima; tesouro monetário)
Vide (miliário a Numeriano hoje desaparecido, CIL II 4641, indicando o numeral IIXX, ou seja 18 milhas contadas talvez a partir do rio Douro; na frontaria da Capela do Espírito Santo existe uma placa honorífica com a inscrição «BONO REI PVBLICE NATO», CIL II 4643; a via contorna o Alto da Ranhã)
Qta. da Lagoa (miliário a Constantino Magno onde se leria milha ?IX, CIL II 4642, hoje na CEADV; possivelmente indicaria a milha XIX dado que o miliário de Vide indicando 18 milhas, estaria a uma milha; Vaz, 1978, p. 51-53)
Faia (calçada em Ladário; a base de miliário que apareceu junto à Igreja de Faia, está hoje no jardim de uma casa particular)
Ponte Romana?-Medieval do Pontigo sobre o rio Távora (ligando as povoações de Freixinho e Penso, esta ponte medieval com possível origem romana está hoje submersa pela Barragem de Vilar; em 1951, Cortez refere umas poldras para cruzar o rio)
Ligações a partir da Ponte do Pontigo
A existência de miliários na zona de travessia do rio Távora junto da Ponte do Pontigo/Freixinho em Moimenta da Beira, possível território dos Arabrigenses, indicia a existência de uma estrada que atravessava o planalto beirão no sentido O-E, dando continuidade às travessias do rio Douro da via proveniente de Braga na zona da Régua e da via proveniente de Chaves em Covelinhas; depois de atravessar o rio Távora na Ponte do Pontigo, a via poderia bifurcar, seguindo um ramo para a sede da civitas Aravorum em Marialva, rumo talvez a Salamanca, e outro seguia para sul em direcção oppidum de Póvoa do Mileu (Guarda), possível sede de civitas dos Lanciences Transcudani, rumo Mérida pela Ponte de Alcântara. (Sá Coixão, 2000, 2004, 2009; Teixeira, 1998). Esta estrada, proveniente talvez da travessia do rio Douro junto do Peso da Régua segue pelo alto do Monte Raso onde se regista a referência à «strada mourisca» que servia de limite norte do Couto do Mosteiro de Salzedas (LDMS 61), fazendo um percurso a cota elevada evitando assim grandes variações de cota e as difíceis travessias dos rios da região.
Peso da Régua a Moimenta pela «estrada mourisca»
A «estrada mourisca» referida na Carta de Doação a Teresa Afonso de 1152 constituía o limite norte do couto do Mosteiro de Salzedas numa linha que atravessa o planalto do Monte Raso e divide com Queimada («et per illa strada mourisca et dividit per Ceimada»), caminho assinalado por vários marcos que delimitavam o couto (S. Lourenço, Soito, Padrão, Santiago e Cimbres); esta estrada medieval, com possível origem romana, fazia a travessia do rio Douro na Régua, na base do povoado romanizado do Torrão, e daqui ascendia a Valdigem pela margem direita do rio Varosa (acima da EN313), continuava por Cairrão, Figueira, Portela, Queimadela (segue pelas ruas das Eiras, Calçada, Bispado, Adro, Telha e Ermida de S. Lourenço; habitat na Qta. da Raposeira, na vertente poente do Castro de S. Domingos), continuando pela cumeada da serra, o planalto do Monte Raso, até à encruzilhada no sítio do Padrão, entre Meixedo e Passos, topónimo que remete para o marco de delimitação do couto do Mosteiro de Salzedas que está na berma da estrada, possível reaproveitamento de um miliário romano. A partir daqui a via seguia junto do Aeródromo de Santiago rumo a Cimbres e Vila Chã da Beira, seguindo depois por Sarzedo rumo a Beira Valente, onde subsiste um troço da via romana, a «Estrada Larga» e uma ponte com presumível origem romana (Castro, 2013; Castro, 2013a).
Moimenta da Beira (a via passa próximo dos sítios romanos de Carguencho, Cidade da Mouraria, Cabeça e do povoado do sítio de S. João, margina a igreja e segue o caminho do Bairro da Corujeira por Arcozelo do Cabo e Arcozelo da Torre)
Granja de Oleiros (Arabriga?; importante vicus de Rochela/Arrochela estendendo-se até Vide; o território dos Arabrigenses poderá corresponder ao actual concelho de Moimenta da Beira; epitáfio de Balbus reutilizado no pavimento da Capela de Ns. de Fátima; tesouro monetário)
Vide (miliário a Numeriano hoje desaparecido, CIL II 4641, indicando o numeral IIXX, ou seja 18 milhas contadas talvez a partir do rio Douro; na frontaria da Capela do Espírito Santo existe uma placa honorífica com a inscrição «BONO REI PVBLICE NATO», CIL II 4643; a via contorna o Alto da Ranhã)
Qta. da Lagoa (miliário a Constantino Magno onde se leria milha ?IX, CIL II 4642, hoje na CEADV; possivelmente indicaria a milha XIX dado que o miliário de Vide indicando 18 milhas, estaria a uma milha; Vaz, 1978, p. 51-53)
Faia (calçada em Ladário; a base de miliário que apareceu junto à Igreja de Faia, está hoje no jardim de uma casa particular)
Ponte Romana?-Medieval do Pontigo sobre o rio Távora (ligando as povoações de Freixinho e Penso, esta ponte medieval com possível origem romana está hoje submersa pela Barragem de Vilar; em 1951, Cortez refere umas poldras para cruzar o rio)
Ligações a partir da Ponte do Pontigo
- da Ponte do Pontigo a Marialva (Aravo?): rumando a este talvez por Ferreirim (casal? junto do marco geodésico do Monte de S. Gens), Sarzeda (habitat em Mata Roivos), Guilheiro («Estrada Velha»), continua para leste, atravessa o rio Torto e chega à Cruz do Guilheiro, nó viário e divisão entre concelhos, continua pelo estradão que contorna o Alto da Escudeia pelo vertente norte e entra em Torre do Terrenho (miliários?), desce à ribeira da Teja que atravessa nas Poldras da Bernarda e sobe a Casteição, continua pela EN600(?) por S. Simão e junto da villa ou casal na Fonte da Telha/Campo da Moura até Pai Penela, podendo bifurcar neste local, seguindo um ramo para Mêda (seguindo a EN600 por Canadinhas, passando entre os povoados proto-históricos do Castelo de Nunes e Sta. Bárbara) e outro inflectia para Vale Flor, para tomar o antigo caminho pelo Convento de Vilares (troços em calçada) rumo a Marialva.
- da Ponte do Pontigo ao Castro de Sanjurge: rumando a nordeste por Chosendo, Castainço (calçada de S. Pedro), Penedono (3 possíveis miliários nas ruas da vila) e Alcarva (a Alcobria da documentação medieval?; habitat em «Chão de Santos») até ao Castro de Sanjurge em Ranhados; ver itinerário de Ranhados a Longroiva.
Braga - Amarante - Vila Real - Panoias
Hipotética via romana que ligava Braga às "Terras de Panóias", região a leste de Vila Real, atravessando a Serra do Marão por Amarante. O seu traçado continua muito indefinido, mas é possível que desviasse da Via Bracara ad Tongobriga no Alto da Lixa, seguindo em direcção a Amarante, onde fazia a travessia do Tâmega no local da Ponte Medieval de S. Gonçalo subindo depois para a Serra do Marão rumo a Vila Real.
Vila Cova da Lixa (partindo no nó viário no sopé do Castro do Ladário/Alto da Lixa, junto do sítio romano do Campinho do Muro em Campelo, lugar de Arrifana, topónimo que indica uma estação viária, a via poderia seguir por Ranhadouro, S. Gens, Estrada, Penalta e Estradinha)
Amarante (travessia do rio Tâmega na Ponte de Medieval de S. Gonçalo, não havendo vestígios de uma antecedente romana, embora exista um necrópole na Calçada da Misericórdia; a cerca de 3 km para norte, em Gatão, situa-se o Povoado do Ladário que deverá corresponder ao vicus Atucausis com base na ara dedicada a Júpiter pelos Vicani Atucausenses achada na Qta. dos Pascoais, CIL II 6287, hoje no MSMS, nr. 28 e a ara de Adus entretanto desaparecida que servia de pia na Igreja de S. João Batista, CIL II 2383)
Madalena (a via deveria subir a encosta pela rua de St. António, passando em Paredes, Sentinela e Ataúdes, onde havia necrópole, até confluir no CM1213) Lufrei (segue nas proximidades do povoado romano da Sertã para Mosteiro e desce pelo Caminho do Barreiro à chamada «Calçada de Marancinho», troço de via antiga com profundas marcas de rodados que desce pela margem direita da ribeira do Marancinho e após o cruzamento desta inflecte para sul subindo a encosta)
Sanche (necrópole, villa?; minas de estanho)
Ponte Medieval do Fundo da Rua (entre Sanche e o lugar da Rua)
Aboadela (o caminho pela Serra do Marão segue por Lameira, Pousado e Alto do Gavião; Lopes, 2000:290)
Campeã (provável mutatio; acesso por Quintã às minas de Ferro de Vila Cova; a via continua por Vendas e rua do «Caminho Romano» com vestígios de calçada junto do fontanário do Arco ou de Pai-Pás, continuando paralela à EN304 por Viariz da Santa, com calçada em Lameirões, cruza a A4 e EN15, seguindo depois por esta)
Arrabães (atravessa o rio Sordo, entra à esquerda no CM1212 e logo à direita por caminho de terra)
Mondrões (calçada com cerca de 50 m, 100 m a poente da igreja matriz; topónimo Estalagem; tégula no local onde existiu a Capela de São Tomé)
Vila Marim (talvez indo atravessar o rio cabril na Ponte dos Machados, EM564, entrando em Vila Real junto da Ns. de Almodena)
Vila Real (atravessa o rio Corgo e segue pela rua do Bairro de Vilalva, CM1238, rumo à Ponte Romana?-Medieval do Sobreiro sobre a ribeira das Toirinhas, 200 m depois segue à esquerda pela rua da Calçada, onde há 20 m lajeados, até reencontrar a estrada actual em Torneiros, continuando depois para Constantim, onde deveria existir uma mansio, situada no cruzamento com a Via N-S entre Chaves e a travessia do Douro em Covelinhas, continuando por S. Martinho de Antas e Paços até Sabrosa)
Sabrosa (Castro romanizado de Cristelos/Castelo de Sancha junto da EN323, de onde será proveniente uma ara dedicada a Júpiter por Maximo Clodius, colono originário de Útica, capital da província romana de África Proconsular, hoje Zana na Tunísia)
Hipotética via romana que ligava Braga às "Terras de Panóias", região a leste de Vila Real, atravessando a Serra do Marão por Amarante. O seu traçado continua muito indefinido, mas é possível que desviasse da Via Bracara ad Tongobriga no Alto da Lixa, seguindo em direcção a Amarante, onde fazia a travessia do Tâmega no local da Ponte Medieval de S. Gonçalo subindo depois para a Serra do Marão rumo a Vila Real.
Vila Cova da Lixa (partindo no nó viário no sopé do Castro do Ladário/Alto da Lixa, junto do sítio romano do Campinho do Muro em Campelo, lugar de Arrifana, topónimo que indica uma estação viária, a via poderia seguir por Ranhadouro, S. Gens, Estrada, Penalta e Estradinha)
Amarante (travessia do rio Tâmega na Ponte de Medieval de S. Gonçalo, não havendo vestígios de uma antecedente romana, embora exista um necrópole na Calçada da Misericórdia; a cerca de 3 km para norte, em Gatão, situa-se o Povoado do Ladário que deverá corresponder ao vicus Atucausis com base na ara dedicada a Júpiter pelos Vicani Atucausenses achada na Qta. dos Pascoais, CIL II 6287, hoje no MSMS, nr. 28 e a ara de Adus entretanto desaparecida que servia de pia na Igreja de S. João Batista, CIL II 2383)
Madalena (a via deveria subir a encosta pela rua de St. António, passando em Paredes, Sentinela e Ataúdes, onde havia necrópole, até confluir no CM1213) Lufrei (segue nas proximidades do povoado romano da Sertã para Mosteiro e desce pelo Caminho do Barreiro à chamada «Calçada de Marancinho», troço de via antiga com profundas marcas de rodados que desce pela margem direita da ribeira do Marancinho e após o cruzamento desta inflecte para sul subindo a encosta)
Sanche (necrópole, villa?; minas de estanho)
Ponte Medieval do Fundo da Rua (entre Sanche e o lugar da Rua)
Aboadela (o caminho pela Serra do Marão segue por Lameira, Pousado e Alto do Gavião; Lopes, 2000:290)
Campeã (provável mutatio; acesso por Quintã às minas de Ferro de Vila Cova; a via continua por Vendas e rua do «Caminho Romano» com vestígios de calçada junto do fontanário do Arco ou de Pai-Pás, continuando paralela à EN304 por Viariz da Santa, com calçada em Lameirões, cruza a A4 e EN15, seguindo depois por esta)
Arrabães (atravessa o rio Sordo, entra à esquerda no CM1212 e logo à direita por caminho de terra)
Mondrões (calçada com cerca de 50 m, 100 m a poente da igreja matriz; topónimo Estalagem; tégula no local onde existiu a Capela de São Tomé)
Vila Marim (talvez indo atravessar o rio cabril na Ponte dos Machados, EM564, entrando em Vila Real junto da Ns. de Almodena)
Vila Real (atravessa o rio Corgo e segue pela rua do Bairro de Vilalva, CM1238, rumo à Ponte Romana?-Medieval do Sobreiro sobre a ribeira das Toirinhas, 200 m depois segue à esquerda pela rua da Calçada, onde há 20 m lajeados, até reencontrar a estrada actual em Torneiros, continuando depois para Constantim, onde deveria existir uma mansio, situada no cruzamento com a Via N-S entre Chaves e a travessia do Douro em Covelinhas, continuando por S. Martinho de Antas e Paços até Sabrosa)
Sabrosa (Castro romanizado de Cristelos/Castelo de Sancha junto da EN323, de onde será proveniente uma ara dedicada a Júpiter por Maximo Clodius, colono originário de Útica, capital da província romana de África Proconsular, hoje Zana na Tunísia)
- Possível ligação ao Pinhão, seguindo aproximadamente a EN323 por Provesende e passando junto da necrópole em torno da Capela do Sr. Jesus de Sta. Marinha/Qta. da Relva, na base do povoado do Picoto de São Domingos.
- Possível continuação para Alijó, passando por Sancha rumo à travessia do rio Pinhão na Ponte Romana?-Medieval da Ribeira em Cheires (calçada junto da villa? da Qta. da Ribeira; povoado no Castelo de Cheires; habitat em Santiago de Cheires), continuando a sul de Sanfins do Douro rumo a Alijó.
Viação secundária romana a norte do Rio Douro
A rede viária secundária a norte do rio Douro continua ainda por desvendar dada a complexidade de caminhos antigos existentes num terreno muito acidentado e ao escasso número de miliários encontrados até agora. Muitas serão rotas pré-romanas ligando os imensos castros e povoados da região, renovadas e ampliadas durante a era romana e muitos outros serão já medievais, constituindo um imenso património de pontes e calçadas a exigir urgente preservação. O itinerário medieval entre Braga em Monção já exisitiria no período romano atendendo aos silhares com marca de fórfex na Ponte de Ázere. Também é provável que existisse pelo menos um itinerário romano no sentido O-E ligando Braga a Zamora e Salamanca, passando nas «Terras de Panóias» (a leste de Vila Real), continuando por Murça, Mirandela e Miranda do Douro para Zamora (Ocelo Durum), ou por Carlão, Vila Flor, Vale da Vilariça, Torre de Moncorvo rumo a Salamanca (Salmantica). Também é provável uma via N-S que cruzava com estes trajectos no Alto do Pópulo e em Carlão rumo às civitates da margem sul do Douro como Freixo de Numão. Os possíveis miliários de Vila Marim e Constantim, ambos próximos de Vila Real, parecem estar alinhados com este itinerário assinalando a sua passagem em Vila Real, onde cruza o rio Corgo, mas é mais provável que estes miliários pertençam às vias no sentido N-S entre Chaves e o rio Douro, estando o miliário de Constantim inserido na Rota Chaves - Covelinhas e o miliário de Vila Marim inserido na via Rota Chaves - Lamego que passava a poente de Vila Real, seguindo em direcção a Peso da Régua ou a Cidadelhe (Mesão Frio), onde também há referência a um possível miliário. A fundação de Vila Real na Baixa Idade Média através da aglomeração de 3 aldeias (Sesmires, Vilalva e Veiga de Cabril), num local estratégico como é travessia do rio Corgo, vem a criar um importante eixo viário medieval O-E que irá tornar-se na principal ligação entre Porto a Bragança que permanece ainda hoje e que tanto confunde o levantamento da viação romana nesta zona. No entanto não se pode descartar a possível origem romana deste itinerário.
A rede viária secundária a norte do rio Douro continua ainda por desvendar dada a complexidade de caminhos antigos existentes num terreno muito acidentado e ao escasso número de miliários encontrados até agora. Muitas serão rotas pré-romanas ligando os imensos castros e povoados da região, renovadas e ampliadas durante a era romana e muitos outros serão já medievais, constituindo um imenso património de pontes e calçadas a exigir urgente preservação. O itinerário medieval entre Braga em Monção já exisitiria no período romano atendendo aos silhares com marca de fórfex na Ponte de Ázere. Também é provável que existisse pelo menos um itinerário romano no sentido O-E ligando Braga a Zamora e Salamanca, passando nas «Terras de Panóias» (a leste de Vila Real), continuando por Murça, Mirandela e Miranda do Douro para Zamora (Ocelo Durum), ou por Carlão, Vila Flor, Vale da Vilariça, Torre de Moncorvo rumo a Salamanca (Salmantica). Também é provável uma via N-S que cruzava com estes trajectos no Alto do Pópulo e em Carlão rumo às civitates da margem sul do Douro como Freixo de Numão. Os possíveis miliários de Vila Marim e Constantim, ambos próximos de Vila Real, parecem estar alinhados com este itinerário assinalando a sua passagem em Vila Real, onde cruza o rio Corgo, mas é mais provável que estes miliários pertençam às vias no sentido N-S entre Chaves e o rio Douro, estando o miliário de Constantim inserido na Rota Chaves - Covelinhas e o miliário de Vila Marim inserido na via Rota Chaves - Lamego que passava a poente de Vila Real, seguindo em direcção a Peso da Régua ou a Cidadelhe (Mesão Frio), onde também há referência a um possível miliário. A fundação de Vila Real na Baixa Idade Média através da aglomeração de 3 aldeias (Sesmires, Vilalva e Veiga de Cabril), num local estratégico como é travessia do rio Corgo, vem a criar um importante eixo viário medieval O-E que irá tornar-se na principal ligação entre Porto a Bragança que permanece ainda hoje e que tanto confunde o levantamento da viação romana nesta zona. No entanto não se pode descartar a possível origem romana deste itinerário.
Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Rio Douro (Covelinhas) - Moimenta da Beira (Arabriga?) Itinerário N-S interligando Chaves ao rio Douro, seguindo por alturas da Serra da Padrela, cruzando a importante região mineira de Três Minas, possivelmente a «Metallum Albucrarense» referida por Plínio, descendo depois à travessia do rio Douro em Covelinhas e daqui marginando o Castro de Goujoim rumo a Moimenta de Beira, importante nó viário da Beira Alta (vide Lopes, 1994; Teixeira, 1996; Batata et al., 2008; Lemos, 2011).
As minas romanas estão dispersas por Três Minas, Jales, Ribeirinha, Lago Pequeno e Corte de Covas e há vestígios de um possível hipódromo ou anfiteatro (Batata et al., 2008). Próximo da aldeia de Covas, existia o povoado mineiro da Veiga da Samardã ainda com vestígios de habitações e de um canal de água proveniente de duas barragens em Tinhela de Baixo (Ferraria e Vale das Veias), para abastecimento do povoado e lavagem do minério. Um vastoconjunto de inscrições provenientes da necrópole deste povoado, entre as quais várias inscrições de Clunienses; na aldeia da Ribeirinha apareceram 3 inscrições votivas a Júpiter, uma por soldados da Iª Coorte Gálica Equitata, hoje no MSMS com o nº 30, outra por um soldado da Legião VII Gémina Feliz e por último um soldado da Legião VII Gémina Pio, testemunhando forte presença militar relacionada com a exploração mineira. Chaves (inicialmente seguia a Via XVII por S. Lourenço e S. Julião de Montenegro, derivando depois para sul pouco depois da mutatio do Alto do Cavalinho; a bifurcação seria junto do Cruzeiro, onde era vencida a milha VI, seguindo depois por alturas da Serra da Padrela afim de evitar o cruzamento de cursos de água, seguindo pelas aldeias de Paranhos, Alto de Gondar, Nogueira da Montanha (inscrição a Emiliano Flacus procedente do castellum Ivreobrigaou Tvreobriga), Ladário, Aveleda, S. Cipriano e alturas de Vilarinho do Monte e Seixedo, sucedendo-se os topónimos viários como Vidual, Marcos, Lampaça e Caleiros, assinalando a passagem da via e vestígios romanos junto da via em Outeiro do Coxo e Pedra Alta, possivelmente tabernas) Padrela (desemboca na ER206 junto da villa ou mutatio dos Milagres, a poente da aldeia, continuando pelo estradão paralelo à estrada moderna, marginando o possível assentamento militar romano do Alto da Cerca que controlaria o acesso ao complexo mineiro de Jales, localizado entre os rios Tinhela e Curros, seguindo depois o estradão paralelo à EN206 até à base do marco geodésico «Padrela 2», onde toma o caminho que vai pelos altos do Morouço, da Cabeça da Cheda e do Marco Preto, cruza a ribeira do Muro e continua por alturas de Vilarelho até ao Alto da Forca, onde segue à direita para a travessia do rio Tinhela na Ponte da Fonte da Ribeira) Campo de Jales (barragem do Alto da Presa na estrada para Guilhado; estela funerária, hoje no MNA; continua junto das Minas de Jales por Borralheiros, entra na EM567 e passa junto da Ns. da Saúde) Vreia de Jales (continua pela EM567 até à Cruz da Vreia e 100 m depois segue à direita para o centro da povoação; continua pelo troço de via romana que segue por Milhapão) Barrela de Jales (a via romana continua a poente a aldeia, passando junto da interessante estátua-estela do Marco até Estalagem, onde entronca no CM1237 que segue por 400 m até desviar pelo troço calcetado que leva à Ponte do Arco) Ponte Romana do Arco sobre o rio Pinhão (vários indícios apontam para uma cronologia romana com pedras almofadados no arco e estribos, arco de volta perfeita e pavimento em grandes lajes de pedra; merecia outra atenção; retoma o CM1237 por 800 m, onde segue à direita pelo caminho da Laje do Cavalinho que volta a reunir-se com estrada junto do cruzeiro do Sr. dos Aflitos; continua por 500 m, onde desvia por caminho carreteiro que vai cruzar o ribeiro dos Carrojos na Ponte do Prado) Pinhão Cel (lápide consagrada a Tutela Turiensis achada na igreja de Sta. Maria da Ribeira, hoje no MSMS; a via passa a poente, cruza a CM1237, pouco depois segue à esquerda por caminho por Vidual, topónimo viário, actual Rua do Souto, cruza a EN15 e segue o caminho defronte por Bouça da Velha) Justes (passa a poente por Cabeça Gorda, Regais, Fraga e Alto de Lamares) Lagares (castro em Lamares)
Constantim (vicus e mutatio no sítio das Mamoas, a norte da povoação, hoje ocupado por terrenos agrícolas; um pedestal e vestígios cerâmicos na área compreendida entre o centro da povoação e a Capela de Sta. Bárbara, indiciam a existência de um vicus viário; em 1947, Cortez refere um miliário a Trajano encontrado na «Feira de Constantim» (CIL II 4797), antiga designação medieval, mas esta informação é duvidosa; Cortez, 1947; Silvano, 2004; Lemos, 2010) Andrães (segue a nascente da Portela até Mosteirô desce pela Capela de S. Miguel-o-Anjo à Qta. da Ribeira; tesouros em Agó e Caxada) Ponte Romana?-Medieval da Ribeira sobre o rio Tanha Abaças (castro romanizado de Abaças; mutatio (?); segue por Fontelo?) Bujões (vicus?; no castellum de Guiães, a nascente, apareceu uma ara a Reve Marandigui, hoje no Museu de Vila Real) Aqui a estrada poderá dividir-se em dois acessos a Covelinhas, onde fazia a travessia do rio Douro:
Folgosa (daqui a via seguia talvez pela Qta. da Folgosa Velha, Qta. da Cruz do Monte e Alto da Forca) Vila Seca (estação viária, possível mutatio, continuando pela calçada da Sra. do Leite, caminho que sobe a lombada da serra sobranceira a Armamar e a poente de Coura e Aricera, continuando depois próximo de Qta. da Silveira, Qta. do Esporão, Gogim e S. Martinho de Chãs, contornando assim o castro pelo lado poente)
Moimenta da Beira (Arabriga?; possível mutatio; a via continuava para sul até Cabeça de Alva (nó viário onde poderia rumar a Viseu), seguindo por Aguiar da Beira rumo a Fornos de Algodres e Serra da Estrela; vide Itinerário Moimenta da Beira - Fornos de Algodres). |
![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() | Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Douro (Pinhão) - Marialva (civitas Aravorum) Esta rota deriva do Itinerário Chaves - Vesúvio próximo do Aerodrómo de Alijó em Vila Chã, seguindo na direcção da foz do rio Pinhão, onde cruzava o rio Douro, continuando depois pelo vicus de Paredes da Beira rumo talvez a Marialva, atravessando o território dos Arabrigensis. Chã, Alijó (cruza a serra pelo Alto da Portela do Cabeçudo, Giesteira e Alto do Areeiro) Sanfins do Douro (necrópole na igreja da Ns. da Conceição; povoado na Sra. da Piedade; provável vicus junto da mina de ouro de Salgueiros; segue rumo a Favaios passando na base do Castro romanizado de Vilarelho; na zona há vestígios de calçadas possivelmente romanas em Rio de Moinhos, Marco e Tapada Velha e Presandães ) Favaios (vicus no cemitério, na base do povoado de Sta. Bárbara; calçada da Regada no acesso à Qta. de S. Jorge, onde apareceu uma estela funerária; continua para sul, topónimo Corredoura, sempre em altitude pelo Alto da Portela da Serra) Vilarinho de Cotas (povoado no cerro do Castelo; segue a EM1287) Casal de Loivos (rua Calçada) Travessia do rio Douro no Pinhão (na estação C.F. apareceu uma inscrição com o epitáfio de Aelius Reburrus da tribo Quirina, natural de Astorga e veterano da legião VII Gemina (CIL II 6291), hoje no MSMS; daqui subia a Paredes da Beira talvez por Valença do Douro e Castanheiro do Sul, EM504 ou por S. João da Pesqueira) Paredes da Beira (vicus; os vestígios no lugar do Cruzeiro e os vários elementos arquitectónicos reutilizados em casas da aldeia indiciam a existência de vicus estrategicamente localizado junto desta estrada romana que percorria o território civitas Ararabrigense no sentido NO-SE; aqui apareceu uma ara anepígrafa e um berrão em pedra com a inscrição Ambroecon, hoje no Museu Eduardo Tavares em São João da Pesqueira; a via seguia a meia encosta entre o povoado pré-romano do Alto da Serra do Reboledo e a Serra de Sampaio, onde há calçada, continuando por Britelo e junto da inscrição rupestre do sítio do Marcadouro/Mercadoura onde se lê «Visancoru(m) / Camali / Concili», provável marco de divisão de propriedades) Penela da Beira (segue junto do provável vicus do Casteidal, «Penela Vedra», situado num esporão junto da Qta. de St. Tirso e marginando as minas de ouro de St. António em Granja de Penedono e o castro do Monte Airoso a nascente; inscrição rupestre na Gruta de Rodelas onde se lê TVROS / BANIE(n)SV(m), possível referência aos Banienses) Penedono (há 3 possíveis miliários nas ruas da vila) Ourozinho (passa no interior da aldeia e logo depois entra na calçada romana da Qta. do Vale do Outeiro, passa nas casas da quinta e continua pela Sra. do Pranto em Sapateira para a travessia da ribeira da Teja) Outeiro dos Gatos (vestígios em Telhões e na Qta. do Paço) Mêda (entra na vila pelo Cadoiço) Marialva (civitas Aravorum) Itinerário alternativo Pinhão - Penela da Beira por S. João da Pesqueira: Também poderá ter origem romana, o itinerário alternativo por S. João da Pesqueira rumo a Penela da Beira, onde conflui com a via proveniente de Paredes da Beira, mas por agora não passam de hipóteses devido aos parcos vestígios existentes.
Tabuaço a Moimenta da Beira pelo vicus de Fontelo Possível itinerário romano partindo da travessia do rio Douro na foz do Tedo que seguia aproximadamente a EM512 por Adorigo rumo a Tabuaço (villa no sítio de S. Vicente; ligação a Vale Figueira pela calçada do Alto da Escrita), seguia depois pela calçada do Fradinho até Távora, continuando pelo estradão por Passa-Frio, na base do povoado fortificado da Sra. do Calfão/Galfão, rumo a Paradela, onde toman o estradão que passa na Eira do Monte, entrando na aldeia de Sendim pelo troço de calçada entre Vale de Vila e St. Ovídeo rumo ao vicus do Fontelo, podendo daqui continuar por Baldos até Moimenta da Beira (nó viário que articulava as vias provenientes do rio Douro com as ligações a Viseu, a Celorico da Beira e a Marialva).
Castro de Goujoim ao vicus a Paredes da Beira por Sendim Caminhos interligando os vários povoados pré-romanos do concelho de Armamar e Tabuaço (Perpétuo, 1999). Goujoim (do cemitério descia ao rio Tedo pelo caminho da Qta. do Pombo e Ronção) Granja do Tedo (cruzava a Ponte Romana?-Medieval de Granja do Tedo e ascendia a encosta pela calçada que parte junto ao cemitério) Longa (passa na Capela de S. Miguel e no cemitério e continua em calçada por detrás da Capela da Sra. da Saúde passando em Rebolos e Serra)
Paredes da Beira (vicus) |
Carrazeda
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Trancoso
a Celorico ![]() ![]() ![]() | Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Rio Douro (Vesúvio) - Celorico da Beira Este eixo viário deriva da Via Chaves - Covelinhas junto da provável mutatio de Campos de Jales, seguindo depois na direcção sudeste por Alfarela de Jales, Alto de Pópulo e Carlão, onde cruzava os rios Tinhela e Tua, seguindo depois pelo termo de Carrazeda de Ansiães rumo ao povoado mineiro da Qta. da Sra. da Ribeira, onde cruzava o rio Douro para a Qta. do Vesúvio, continuando depois por Freixo de Numão, Mêda e Trancoso rumo a Celorico da Beira (importante nó viário junto da travessia do rio Mondego), inteligando ao eixos viários para Mérida por Belmonte. (Almeida, 1992-1993; Lemos 2011). Chaves - Campo de Jales (segue o Itinerário Chaves - Covelinhas ) Alfarela de Jales (topónimo Corredoura) Cortinhas (estela funerária do Gestal em Moreira de Jales; a via seguia talvez pela aldeia de Asnela e pelos altos de Portelinha, Modorras e Cabeço do Carril, servindo de linha divisória entre os concelhos de Alijó e Murça) Alto do Pópulo (nó viário, provável mutatio; tesouro; a via continuava por Pópulo próximo da EN212, servindo os povoados romanizados da Idade do Ferro do Castro de S. Marcos/Touca Rota, Castelo do Alto da Murada, Castelo de Castorigo e Castelo de Vale de Mir, seguindo a leste de Ribalonga pela vertente ocidental da Serra da Botelhinha, por Pópulo, Pousada, Cal de Boi, Alto de Pegarinhos, Vale de Mir, entrando depois no troço de calçada junto do Aeródromo de Alijó a nordeste da aldeia de Chã)
Travessia do rio Tinhela na Ponte «Romana» das Caldas de Carlão (reconstruções de uma ponte antiga destruída por uma cheia em 1739; calçada) Travessia do rio Tua em Brunheda (junto ao castro romanizado de Sta. Catarina) Pombal (na Igreja de Pombal apareceu uma inscrição dedicada a Júpiter pelos vica(ni) Cabr(...), hoje na Igreja de S. Salvador do Castelo de Ansiães; segue pela calçada que desce a vertente nascente do vicus do Lugar da Costa/Mós até confluir na EN314-1, cruza a ribeira de Frarigo e segue por Paradela e Parambos, passando no sopé de outro possível vicus no Curral dos Moiros) Marzagão (cruza a ribeira de Linhares na Ponte Romana?-Medieval do Galego) Selores (possível mutatio na base do povoado no Castelo de Ansiães) Seixo de Ansiães (desce daqui ao rio Douro pela EM632?) Travessia do rio Douro na Sra. da Ribeira (junto do povoado da Qta. da Sra. da Ribeira, vicus mineiro relacionado com a mina romana de Covas dos Mouros; na Capela da Ns. da Ribeira achou-se uma ara votiva a Bandu Vordeaeco e um ex-voto dedicado à divindade Tutela Liriensis ou Tiriensis pelo que o povoado ser designado por Liria ou Tiria em época romana, actualmente na colecção do MSMS com o nº 38; Encarnação, 1975, 1992; Alarcão, 1988 e 2004b; Lemos, 1993; Guerra, 1998, p. 185-186). Sra. da Ribeira a Freixo de Numão (Meidubriga?): sobe pela Qta. do Vesúvio a Seixas do Douro (vicus na Qta. do Vale, destruído na construção da barragem do Catapereiro), continua pela estrada da cumeada do monte que passa próximo da magnífica villa de Rumansil (a parte escavada corresponde à pars rustica e a villa seria no sítio de Rumansil II) até ao nó viário da Qta. da Pedra Escrita, junto da imponente villa do Prazo. Qta. da Pedra Escrita, Freixo de Numão (um ramal ligaria vicus de Freixo de Numão; vide «Rede Viária de Freixo de Numão») Freixo de Numão a Mêda Retomando o percurso da via junto da Qta. da Pedra Escrita, seguia junto da Qta. dos Bons Ares (villa e possível mutatio na Capela de Sta. Eufémia), cruza a EN222 e continua junto do Alto da Touça e Qta. das Alminhas e Capela de Sta. Bárbara em Sequeiros, continua pelo Alto do Poço do Canto/Santa Columba, passando nas proximidades do vicus de Vale da Aldeia (ara consagrada aos Lares Placidus). Mêda (Amindula?; nó viário, provável mutatio; seria a «Amindula» referida na documentação medieval?; ara aos Bandi Vordeaicui).
Trancoso a Celorico da Beira: segue talvez pela cumeada a nascente de Fiães pela calçada de Vale Longo, passando no Alto de Fiães, Grila, Qta. das Tarulas, Alto da Silva, Barreiros e Murça (por alturas da Qta. do Salgueiro, servindo os casais ao longo da ribeira da Qta. das Seixas) até Forno Telheiro, continua próximo do vicus? de S. Gens rumo à travessia do rio Mondego na Ponte Romana?-Medieval da Lavandeira, subindo depois pela calçada da Lavandeira por 500 m até ao Bairro de Sta. Luzia em Celorico da Beira (Carvalho P., 2009); esta via poderia ter continuidade para Póvoa de Mileu pelo Itinerário Celorico - Póvoa do Mileu (Guarda). |
Chaves
Vila Marim ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() | Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Vila Marim - Cidadelhe (Aliobriga?) - Lamego (Lamecum?)/ Peso da Régua Um outro eixo viário N-S partindo de Chaves seguia pelo alto da serra a poente da depressão Verín - Régua rumo também ao rio Douro; dois miliários logo à saída de Chaves (Campo da Roda e Outeiro Jusão) que apesar de estarem deslocados da sua posição original poderiam assinalar esta via que seguia por Vidago rumo à Ponte da Ola onde cruzava o rio Avelames, continuando por Cabanas (onde deveria existir uma mutatio), continuando por alturas da serra rumo a Vila Marim, onde se achou um miliário, continuando provavelmente rumo às travessias do Douro em Peso da Régua e Cidadelhe, onde há notícia de outro miliário. Esta última travessia poderia ser feita nas Caldas de Moledo, onde há vestígios romanos associados a um vicus e provável mutatio de apoio a esta passagem do rio que durante a Alta Idade Média disponha de barca e albergaria que deverá corresponder ao «portu de aliovirio» citado num documento do ano 922 (Lima, 2008; Batata et al., 2008). Chaves (depois de atravessar a Ponte de Trajano, rumava a sul cruzando a ribeira do Caneiro; na Qta. do Caneiro apareceu o miliário do «Campo da Roda», hoje desaparecido, talvez dedicado a Constantino Magno) Outeiro Jusão (miliário anepígrafo numa casa derrubada da aldeia; ara aos Lares Tarmucenbaecis Ceceaecis; ara dedicada a Ísis no MRF e estela funerária de Daphnus talvez provenientes da villa da Qta. do Pinheiro; videtérminos dos Praen e Coroq achados neste local; a via seguia talvez por Pereira de Veiga e Vila Nova de Veiga pelo Alto da Conceição, Alto do Turigo e Parada onde apareceu uma ara a Baco) S. Pedro de Agostém (ara aos Lari Erredici na igreja; a via segue talvez por Fonte Fria e junto do castro romanizado do Alto do Castro/Monte de Sta. Bárbara e do respectivo habitat romano da Fonte do Mouro; inscrição a Laribus Pindeneticis em Selhariz) Pereira do Selão, Vilas Boas (segue pela rua da Paz e campo de futebol e pelos topónimos viários Carquejo, Corgo e Alto da Portela) Vidago (castro; termas romanas em Salus, divindade que designa saúde, onde apareceu uma incrição referindo Aqua Flaviae; a via cruzava a ribeira da Oura junto a Vidago ou mais a jusante numa ponte hoje arruinada na EM549, próximo do sítio romano de Couces local, ascendendo depois ao planalto da Serra de Oura, continuando pelo Alto do Baldio, junto da Qta. do Marco, Alto do Miradouro e aldeia de Vilela, passando assim a nascente do castro romanizado do Monte do Castelo em Capeludos, sobrancerio ao Tâmega, onde apareceu uma estátua de guerreiro; inscrição aos lares gegeiquis na igreja paroquial de Arcossó) Bragado (cruza o rio Avelames na Ponte Romana?-Medieval da Ola, e sobe a encosta pelo Parque de Lazer) Pensalvos (cruza a ribeira da Azenha e segue pela rua do Cabo, Igreja e rua do Calvário) Cabanas (possível mutatio no sítio da Castanheira/Reguenga, a 150 m do campo de futebol, onde apareceu um tesouro monetário; cruza a aldeia pelo Largo da Capela e Largo do Outeiro e continua pelo CM1155 junto dos topónimos viários Portela e Pipa, seguindo pelo planalto da Serra do Alvão) Afonsim (a nascente pelo CM1155 e EM555 por Alto de Couces e Praina dos Molhadinhos) Paredes do Alvão (continua a nascente pelo CM1153 por Colonos de Paredes, Alto do Porto da Lage/Alto da Chã da Fonte, Colónia de Baixo e Povoação) Gouvães da Serra (continua por Lages das Portas e Cadouço, topónimos viários, Alto da Sombra, Alto dos Merouços e Alto da Meroucinha, servindo de linha divisória entre os concelhos de Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar, continua pelo Alto dos Fornos, Alto do Seixinhal e Alto das Caravelas, onde inicia a descida da serra até entroncar na EM313 junto da Barragem Cimeira a sul de Lamas de Olo, seguindo por esta estrada pelo Alto das Muas, descendo depois pelo caminho carreteiro por Alto da Queimada e Negral) Agarez (tesouro monetário; segue o CM1219 por Carvelas, Laje e Barroca) Vila Marim (mutatio; miliário anepígrafo tombado numa horta junto da Capela de Ns. da Paz; tesouro monetário junto do Outeiro das Pombas, local da Villa Marinis, mencionada em escritos medievais) Travessia do ribeiro da Marinheira (junto da Torre de Quintela?) Mondrões (segue algures a poente de Vila Real) Travessia do rio Sordo (tesouro monetário em Penedo Redondo) Torgueda (seguia talvez por Fonte Seca, Vendas de Cima e Moçães, conflui na EN1244 e segue para Arnadelo, rua da Carreira, passando junto do povoado do Alto do Castelo, no outeiro da Capela da Sra. dos Remédios, e mais adiante nos sítios romanos do Rodelo e Veiga, junto do campo de futebol na EM1244-1) Cumieira (provável vicus no lugar do Assento, com vestígios em torno do Monte de Sta. Bárbara, Ranha, Fossa e Ladário, onde terá aparecido uma ara a Júpiter (Colmenero, 1997); não é claro se a via passava em Cumieira ou se descia por Pomarelhos pela Costa da Veiga, onde existiu calçada, para cruzar a ribeira de Aguilhão na base do povoado fortificado do Monte Maninho junto da Qta. de Valflores e do sítio romano de Cabanelas na outra margem) Fontes («Castro de Fontes» ou «Castelo dos Mouros», povoado fortificado na colina da Pena Aguda onde hoje existe a Capela de São Pedro de Fontes; aqui apareceu uma ara dedicada à divindade Auge; sítio romano de Cabanelas; forno romano junto da Ponte da Arcadela sobre a ribeira de Aguilhão em Fornelos; Qta. da Carreirola, topónimo viário)
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![]() ![]() ![]() ![]() | Peso da Régua - Marialva (civitas ARAVORUM) A existência de miliários na zona de travessia do rio Távora junto da Ponte do Pontigo/Freixinho em Moimenta da Beira, possível território dos Arabrigenses, indicia a existência de uma estrada que atravessava o planalto beirão no sentido O-E, dando continuidade às travessias do rio Douro da via proveniente de Braga na zona da Régua e da via proveniente de Chaves em Covelinhas; depois de atravessar o rio Távora na Ponte do Pontigo, a via poderia bifurcar, seguindo um ramo para a sede da civitas Aravorum em Marialva, rumo talvez a Salamanca, e outro seguia para sul em direcção oppidum de Póvoa do Mileu (Guarda), possível sede de civitas dos Lanciences Transcudani, rumo Mérida pela Ponte de Alcântara. (Sá Coixão, 2000, 2004, 2009; Teixeira, 1998). Esta estrada, proveniente talvez da travessia do rio Douro junto do Peso da Régua segue pelo alto do Monte Raso onde se regista a referência à «strada mourisca» que servia de limite norte do Couto do Mosteiro de Salzedas (LDMS 61), fazendo um percurso a cota elevada evitando assim grandes variações de cota e as difíceis travessias dos rios da região. Peso da Régua a Moimenta pela «estrada mourisca» A «estrada mourisca» referida na Carta de Doação a Teresa Afonso de 1152 constituía o limite norte do couto do Mosteiro de Salzedas numa linha que atravessa o planalto do Monte Raso e divide com Queimada («et per illa strada mourisca et dividit per Ceimada»), caminho assinalado por vários marcos que delimitavam o couto (S. Lourenço, Soito, Padrão, Santiago e Cimbres); esta estrada medieval, com possível origem romana, fazia a travessia do rio Douro na Régua, na base do povoado romanizado do Torrão, e daqui ascendia a Valdigem pela margem direita do rio Varosa (acima da EN313), continuava por Cairrão, Figueira, Portela, Queimadela (segue pelas ruas das Eiras, Calçada, Bispado, Adro, Telha e Ermida de S. Lourenço; habitat na Qta. da Raposeira, na vertente poente do Castro de S. Domingos), continuando pela cumeada da serra, o planalto do Monte Raso, até à encruzilhada no sítio do Padrão, entre Meixedo e Passos, topónimo que remete para o marco de delimitação do couto do Mosteiro de Salzedas que está na berma da estrada, possível reaproveitamento de um miliário romano. A partir daqui a via seguia junto do Aeródromo de Santiago rumo a Cimbres e Vila Chã da Beira, seguindo depois por Sarzedo rumo a Beira Valente, onde subsiste um troço da via romana, a «Estrada Larga» e uma ponte com presumível origem romana (Castro, 2013; Castro, 2013a). Moimenta da Beira (a via passa próximo dos sítios romanos de Carguencho, Cidade da Mouraria, Cabeça e do povoado do sítio de S. João, margina a igreja e segue o caminho do Bairro da Corujeira por Arcozelo do Cabo e Arcozelo da Torre) Granja de Oleiros (Arabriga?; importante vicus de Rochela/Arrochela estendendo-se até Vide; o território dos Arabrigenses poderá corresponder ao actual concelho de Moimenta da Beira; epitáfio de Balbus reutilizado no pavimento da Capela de Ns. de Fátima; tesouro monetário) Vide (miliário a Numeriano hoje desaparecido, CIL II 4641, indicando o numeral IIXX, ou seja 18 milhas contadas talvez a partir do rio Douro; na frontaria da Capela do Espírito Santo existe uma placa honorífica com a inscrição «BONO REI PVBLICE NATO», CIL II 4643; a via contorna o Alto da Ranhã) Qta. da Lagoa (miliário a Constantino Magno onde se leria milha ?IX, CIL II 4642, hoje na CEADV; possivelmente indicaria a milha XIX dado que o miliário de Vide indicando 18 milhas, estaria a uma milha; Vaz, 1978, p. 51-53) Faia (calçada em Ladário; a base de miliário que apareceu junto à Igreja de Faia, está hoje no jardim de uma casa particular) Ponte Romana?-Medieval do Pontigo sobre o rio Távora (ligando as povoações de Freixinho e Penso, esta ponte medieval com possível origem romana está hoje submersa pela Barragem de Vilar; em 1951, Cortez refere umas poldras para cruzar o rio) Ligações a partir da Ponte do Pontigo
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Viae ad civitas BANIENSES et civitas COBELCORUM |
Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Vale da Vilariça (civitas BANIENSIS) - Rio Douro (Pocinho) Hipotético itinerário romano ligando Aquae Flaviae ao Vale da Vilariça, território da civitas Banienses; o percurso apresentado é meramente hipotético desviando da Via XVII em Valpaços, seguindo depois na direcção do Vale da Vilariça. O percurso é incerto e depende do ponto de travessia do rio Tua (Ribeirinha ou Abreiro?). Chaves, segue a Via XVII até Valpaços, onde ruma a sudeste por Rio Torto (provável mutatio no Alto de S. Pedrinho), atravessa o rio homónimo e continua por Póvoa, Pai Torto, Suçães (?) e Marmelos; a partir daqui o percurso depende do ponto de travessia do rio Tua:
Nabo (vestígios ao longo da ribeira de Cavalos, em Tapada de Santa Cruz, Godeiros, Monte Couquinho e Pala do Conde, mas a via teria outro percurso por Lombo Alto e Qta. do Ataíde) Horta da Vilariça (talvez junto do sítio da Eira Velha, onde apareceu a estela funerária de Tongeta, hoje no Museu do Ferro em Moncorvo e por Qta. de Carvalhal, onde se achou outra inscrição funerária) civitas BANIENSIS (cruza a ribeira da Vilariça, tendo na outra margem, o sítio do Roncal e todo o núcleo de povoamento civitas Baniensis na base do Povoado do Baldoeiro) |
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