TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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O português não deriva do Latim, apenas bebeu alguns contributos, como de outras línguas também.

«sábado, 1 de janeiro de 2011

A relação do Português com o Latim...

O Latim teve uma particularidade invulgar... sendo a língua oficial do Império Romano, e depois mantendo-se como língua documental durante toda a Idade Média, é e foi mantida como língua morta durante dois milénios.

A questão da origem das línguas latinas com base no Latim foi colocada de forma acutilante pelo Cardeal Saraiva numa memória (Vol.9-pg.165) enviada à Academia das Ciências (1837): «Em que se pretende mostrar, que a Lingua Portuguesa não he filha da Latina, nem esta foi em tempo algum a lingua vulgar dos Lusitanos.»


Imagem que precede a Memória do Cardeal Francisco de São Luís Saraiva

O Cardeal Saraiva acaba por recorrer aos argumentos mais simples, e encontra forte suporte nalguns dados documentais. O opúsculo de quarenta páginas é de fácil leitura e compreensão, mas foi e será certamente polémico, pois como é óbvio esbarrava com toda a teoria oficial. Saraiva foi uma figura marcante do liberalismo e teve o apoio do Duque de Palmela (Pedro Holstein). Curiosamente, é imediatamente a seguir à sua morte que eclode, no seu Minho natal, a revolta da Maria da Fonte. O seu nome marcante tem expressão num jornal local.

Em poucas palavras, é óbvio que há semelhanças entre português, espanhol, italiano, francês... e romeno, mas isso não se justifica necessariamente pelo domínio romano. Como Saraiva argumenta, se tal fosse um requisito de ocupação, então toda a bacia mediterrânica não teria escapado a essa língua comum. Nada justificaria que os povos da península ibérica ou os gauleses abdicassem da sua língua anterior, a ponto de o basco ser a única excepção. 

A tese de Saraiva leva a uma justificação mais simples, a influência do Latim nestas línguas foi recíproca.

Haveria uma cultura de origem linguística comum que se estenderia pela "zona celta". A excepção romena pode acomodar a justificação oficial (deportação da população, e colonização romana), ou pode ainda reflectir a conexão mítica entre as civilizações do Mar Negro com a península ibérica.

Os gregos não perderam a sua língua, e Saraiva cita as queixas de Cícero, dizendo que o grego era mais falado do que o latim, que reduzia a sua expressão à região natal do Lácio. Argumenta ainda que só uma pressão inusitada, ou um quase extermínio, poderia levar ao completo desaparecimento da língua. Dá o exemplo egípcio, que mantiveram a língua mesmo sob ocupação da dinastia Ptolomaica grega, e depois sob ocupação romana, tendo restado apenas a sua presença nos Coptas, após o longo domínio árabe. 

É mais evidente que no caso ibérico, a resistência linguística foi muito para além da presença árabe. Não haveria razão aparente para manter a tradição linguística romana, quando em documentos romanos se reconhece a presença de línguas locais. Saraiva invoca ainda Cícero para notar que já nesse tempo havia uma língua basca, muito diferente... a ponto de Cícero dizer que era mais próxima a cultura e língua gaulesa com a da Hispânia, do que com o povo que habitava a zona basca.

Saraiva torna evidente que a situação linguística no tempo do Império Romano não seria muito diferente da que emergiu para os nossos dias. Mais, acrescenta que as tentativas de formalização linguística ocorridas durante o Renascimento, essas sim procuraram uma base rigorosa no Latim. Ou seja, a língua portuguesa (e as restantes) terão sofrido uma maior transformação voluntária posteriormente, no sentido de ganharem um corpo gramatical mais rigoroso. 
De facto, notamos essa influência gramatical no alemão, que guardou mais regras gramaticais romanas do que o próprio italiano!

Se nos é difícil ler documentos medievais mais antigos, é porque estão mais próximos da língua original. A alteração de credibilização das línguas locais feita no Renascimento, ao beber no Latim, tornou as várias línguas mais próximas entre si e acentuou o uso de termos latinos. A influência da colonização não ocorreria nas línguas germânicas doutra forma. Saraiva acaba por aproximar do milhar o número de palavras latinas que não eram usadas na Idade Média, e que foram depois importadas do Latim (atribui a Camões mais de cem novas palavras).

Se na Grã-Bretanha encontramos uma tradição de língua gaélica, que permaneceu, parece difícil conceber que as línguas ibéricas tenham todas desaparecido, à excepção do basco... quando essa diferença já era notada por Cícero.

Publicada por Alvor-Silves à(s) 21:46»

in www.alvor-silves.blogspot.pt/2011/01/relacao-do-portugues-com-o-latim.html [Consulta em 13nov2017]

El Rei Dom Sebastião

«Notável descrição, embora parco no que se seguiu na batalha de Alcácer Quibir na medida em que há registos de não ter morrido e saiu vivo juntamente com seu aio e encontrado em Itália (desviado por quem ?) ... por outro lado existe em França (Limoges) um túmulo alusivo a um rei Português Sebastião com medalha real.»

Rui Manuel Mesquita, Nov 7, 2017 10:09pm

in www.vortexmag.net/historia-desconhecida-de-portugal-o-rei-que-foi-vitima-de-pedofilia/, [Consultado em 13nov2017]

«Rei D. Sebastião: nova teoria sobre o seu desaparecimento apresentada por historiadora

13/12/2011

O rei D. Sebastião sobreviveu à batalha de Alcácer-Quibir e reapareceu no ano de 1598 em Itália, onde foi mais tarde preso em Veneza, Florença e Nápoles, com a cumplicidade dos espanhóis. Quem o escreve é a historiadora Maria Luísa Martins da Cunha no terceiro volume do livro ‘Grandes Enigmas da História de Portugal’.
(…)
Entre as provas que sustentam que D. Sebastião não morreu em Alcácer-Quibir, Maria Luísa Martins da Cunha cita “várias testemunhas que atestaram que o viram sair vivo da batalha, entre os quais Sebastião Figueira, que declarou ter saído dela com o rei” e que “o reconheceu em Veneza na pessoa do Cavaleiro da Cruz, ou, como ficou para a História, como ‘D. Sebastião de Veneza’.” Mais: “Para além de outros indícios muito fortes, um indício importante de que D. Sebastião sobreviveu” foi “o achamento, no século XIX, de uma medalha de ouro com a inscrição ‘Sebastianus Primus Portugaliae Rex’ num túmulo da capela de S. Sebastião do Convento dos Agostinhos de Limoges, onde segundo a tradição estava sepultado um rei português do mesmo nome.”

Fonte: Correio da Manhã»

in www.pportodosmuseus.pt/2011/12/13/rei-d-sebastiao-nova-teoria-sobre-o-seu-desaparecimento-apresentada-por-historiadora/ [Consultado em 13nov2017]