TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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Peso da Régua e Godim

A história desta freguesia nasce pela reorganização administrativa decretada em 2013 pelo Governo Português, que resultou das fusão das duas maiores freguesias do Concelho do Peso da Régua.

História da Freguesia de Godim

Apenas o seu nome e a denominação de um ou outro dos seus pequenos lugares fazem lembrar a remota origem da sua propriedade e cultura, calculados principalmente pelas determinações contidas nos forais novos de Trás-os-Montes, mandados fazer por D.Manuel I. Um anfiteatro de pujantes parreiras com inicio na Cederma e fim no Vale. Godim talvez não seja o nome mais antigo que da freguesia se conhece. Consta provir de Gothini ou Godinho - qualquer trunfo godo que quis, ou de quem quiseram perpetuar o nome, aplicando-o a um torrão fertilíssimo e pitoresco. Foi ainda denominada de “Vale” ou “Nateiro dos Quatro Caminhos ”, o que comprova que desde pelo menos a época visigótica, se cruzavam vias importantes neste local. A denominação de Jugueiros derivou do facto de ter existido o “jugado” - Tributo que os “jugueiros” (lavradores que possuíam carros de bois) pagavam e que D. Afonso Henriques fez reverter a favor da coroa portuguesa. A origem etimológica de Ariz (um lugar da freguesia de Godim) será provavelmente Alarici ou Alarico, nome do rei dos visigodos. Mera, de mero, senhor que tinha um qualquer território a jurisdição civil e crime. Godim foi sede de concelho até 1836, o qual integrava as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Mouramorta, Sedielos e toda a área de actual freguesia de Peso da Régua. Teve o primeiro foral dado por D. Afonso III, em Maio de 1205, em Bostelo. Teve dois forais dados por D. Sancho I e Foral Novo concedido por D. Manuel I, Em Évora, a 15 de Dezembro de 1519. Tal como a Régua, fez parte do concelho de Penaguião. A sua jurisdição nos moinhos da Firvida, para cujas correições não lhe era permitido atravessar o Couto da Régua, extinguiu-se com o seu concelho em 1836. Em Fevereiro de 1837 passou a fazer parte do concelho de Peso da Régua. Á medida que se afasta do centro urbano, Godim vai acusando as marcas de ruralidade. Vale a pena admirar a Igreja Matriz, a casa da Quinta da Nogueiras (séc. XIX); a casa de Santa Maria (séc. XVIII); casa da Quinta das Casas Novas (séc. XVIII); e casa das Cerdeiras (séc. XIX). É, também, nesta freguesia que se encontra a maior parte das esculturas de ensino do concelho, várias instituições de solidariedade social e uma série de associações de promoção cultural. Ao falar de Godim, há nomes que se impõem como o de D. Antónia Adelaide Ferreira, conhecida carinhosamente por “Ferreirinha” ou “Ferreirinha-da-Regua” pelas gentes da sua terra. D. Antónia que nasceu no concelho de Godim no ano de 1810, viveu a sua infância na Casa de Travassos, vindo a falecer em 1896 na Casa das Nogueiras. Dois anos depois da sua morte, foi criada a Companhia Agrícola dos Vinhos do Porto, mais conhecida por “Casa Ferreirinha”. Seu avô Bernardo Ferreira, deixou três filhos, José, o mais velho, o António, e o mais novo, o Francisco. José Bernardo Ferreira, de grande bondade e respeito, foi o pai de D. Antónia Adelaide Ferreira, que seria mais tarde a grande administradora da maior casa agrícola do Douro. António Bernardo Ferreira era o mais inteligente e de espírito mais comerciante. Quando ainda só se falava de um possível confronto das lutas liberais, meteu-se num barco rabelo e foi até Vila Nova de Gaia, onde vendeu os armazéns com todo o vinho por preço inferior ao praticado na altura. Quem não gostou deste negócio foi o irmão mais velho, porque os bens também eram dele e não fora consultado para o efeito. Mas com o produto da venda compraram todo o vinho existente no Douro, transportando-o de seguida em carros de bois e récuas para a Figueira da Foz. Entretanto, rebentou a guerra civil, tendo os armazéns de Vila Nova de Gaia sido saqueados e o vinho derramado para o rio Douro. Mas enquanto o norte sofria na carne a desgraça de uma guerra civil e a barra do douro estava bloqueada, estes senhores faziam as exportações de vinho generoso para Inglaterra pela barra da Figueira da Foz. Fizeram um excelente negócio e a família Ferreira ficou muito mais rica e poderosa. D. Antónia Adelaide Ferreira e António Bernardo Ferreira, primos em primeiro grau e filhos de José Ferreira e António Bernardo Ferreira respectivamente, uniram as suas vidas pelo matrimónio e tiveram dois filhos uma menina Maria d’ Assunção, mais tarde Condessa de Azambuja e um rapaz a quem deram o mesmo nome do avô e do pai. Mas só depois da morte do primeiro marido, é que o espírito empreendedor desta senhora se manifestou de forma admirável, fazendo grandes plantações no Douro e obras de benfeitoria, tornando-se numa figura de primeira grandeza. Tão importante que o Duque de Saldanha, então Presidente do Concelho, pretendeu que seu filho, o Conde de Saldanha, contrai-se matrimónio com a filha de tão distinta senhora. D. Antónia recusou o convite, embora se sentisse muito honrada, alegando para o efeito a tenra idade de sua filha, que só tinha onze anos e que também gostaria que fosse ela a escolher o seu esposo. O Duque, habituado a não ser contrariado, mandou os seus homens raptar a menina. Mãe e filha, quando souberam o que lhes pretendia fazer, fugiram vestidas de camponesas, ajudadas por amigos, para Espanha e depois para Londres, onde se refugiam. Depois da filha casada com o Conde de Azambuja, D. Antónia casou com Francisco José da Silva Torres, seu secretário. Com pouco mais de meio século de existência e no auge das suas Capacidade de administradora, comprou todo o vinho do Douro para dessa forma ajudar os agricultores na luta contra os baixos preços praticados por consequência duma crise de abundância. Com todo o vinho comprado e guardado nos seus armazéns, surgiu a “filoxera”, que destruiu quase a totalidade dos vinhedos, lançando os durienses na miséria. Mas com o poder negociável que se lhe reconhecia e com todo o vinho nos seus armazéns, pôde com facilidade negociar da melhor maneira com os ingleses, tornando a casa agrícola Ferreira muito mais rica. Depois da catástrofe praga da filoxera, mandou replantar as vinhas. Pagou a construção de quilómetros de estradas e de caminhos-de-ferro, tendo dado trabalho a mil operários e desta forma cobriu as suas vinte e três quintas com milhões de cepas. Em 1880, ficou novamente viúva, mas mesmo assim continuou com a sua obra benfeitora, ajudando a construir os hospitais de Peso da Régua, Vila Real, Moncorvo e Lamego. Mandou construir no Moledo um palácio para acolher o Rei D. Luiz, as termas, a piscina e um fabuloso parque. Ajudou a Misericórdia do Porto, ficando esta obrigada a socorrer qualquer familiar seu.

Origem da palavra Peso da Régua:

Peso - pesagem e pagamento de impostos das cargas que se destinavam ao cais da Régua.

Régua - local de ajuntamento de cavalgaduras ou récuas junto ao cais fluvial.

A história da freguesia e sua localização junto ao Rio Douro determinam fortemente a sua evolução demográfica estritamente ligada à produção vinícola e consequente comercialização dos vinhos de feitoria e Porto. - séc. XVIII - “pólo residencial com forte ascendente vitivinícola (…) os seus efeitos associavam-se á grande concentração de armazéns vitivinícolas e de outras actividades conexas como tanoarias” - “ Além disso, esta vila para além de receber a linha de comboio em 1878, beneficiou da extensão desta infra-estrutura, pois aí permaneceram os estaleiros enquanto a linha se estendia até ao Pinhão. Neste contexto, o Peso da Régua registou contínuos aumentos populacionais que ainda se avolumaram com o decorrer do tempo, proporcionando que enquanto em 1878 aqui residissem 2990 habitantes, em 1900 já fossem 3851” 5 080 habitantes (2001)

de http://www.freg-reguagodim.pt/freguesia/hist%C3%B3ria.html, [consulta em 28set2017]

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Peso da Régua - Entre socalcos, a mais bela região.
24 de Fevereiro de 2014

Historia da Régua.

O facto de, na opinião de alguns historiadores, Peso da Régua ter sido habitada durante as invasões romanas e bárbaras, deu origem ao nome Vila Regula - casa romana de campo, soterrada em lugar da cidade. Outros, porém, defendem a hipótese de derivar de “récua”, devido aos ajuntamentos de récuas ou cavalgaduras que passavam o rio Douro. Uma terceira teoria, sustenta a derivação de “reguengo”, designação atribuída às terras dos reis.
Peso da Régua pode ainda ter origem no termo “regra”, aludindo ao direito que podia ser herdado de ascendentes ou conferido a descendentes através de um foral. Esta teoria baseia-se na doação de terras feita pelo Conde D. Henrique a D. Hugo, em 1093, que por sua vez as doou a D. Egas Moniz. Seria, portanto, esta “regra” a dar origem à palavra Régoa, mais tarde Régua. Em relação à proveniência do nome Peso existem duas correntes de opinião: a primeira defende a hipótese de derivar do lugar onde as mercadorias eram pesadas e cobrados os impostos; a segunda explica a probabilidade de o nome ter evoluído a partir de um lugar onde os animais de transporte eram alimentados ou pensados, o “Penso”.
Esta parte da actual cidade é antiquíssima. A ela se referiu o foral que D. Sancho I, que concedeu ao lugar de Godim, porque lhe deu a sua herdade do monte Argemundais com seus termos declarados, requerida em 1797 pelo Marquês de Abrantes, D. Pedro de Lencastre Almeida Sá e Meneses e passada na Torre do Tombo, do livro que serviu de registo na chancelaria de D. Afonso III.
A Régua é uma cidade moderna, que apenas conheceu a sua condição de concelho após a época pombalina, no ano de 1836. Toda a importância reconhecida se inicia por culpa e graça da criação, na Régoa, da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, pelo Marquês de Pombal em 1756. Tendo mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com marcos de granito – Marcos de Feitoria – determinando assim as áreas de produção dos melhores vinhos, Portugal criava no Douro a primeira região demarcada e regulamentada do mundo. A partir daí, e por via do comércio e sua centralização local, a Régoa passou a ser o centro da Região, o local onde todos chegavam e de onde tudo partia.
“A marca funda que deixou na paisagem, na vida dos homens e no sistema de relações, mais do que a sua importância económica, para a região e para o país, fez do Port Wine um facto cultural, património da cultura portuguesa, um vinho universal. É que este vinho generoso, de características singulares, velho, doce e aromático, encerra séculos de experiência, de trabalhos, de saber e arte, de solidariedades e conflitos. Favorecido pela natureza, que reúne condições excepcionais nas encostas xistosas do vale do Douro, o vinho do Porto é, como todos os grandes vinhos, um produto dos homens. Dos durienses, claro, mas também dos negociantes do Porto, dos ingleses, das gentes pobres das terras frias de Trás-os-Montes e da Beira, dos carreiros minhotos, dos galegos… Aqui, na região demarcada de vinhos que é considerada a mais antiga do mundo (1756), no sentido contemporâneo de uma denominação de origem, a história das gentes e a história do vinhedo seguem, desde há séculos, caminhos paralelos.”

PEREIRA, Gaspar Martins; BARROS, Amândio Morais (2000).
Memória do Rio. Para uma história da navegação no Douro. Edições Afrontamento. Porto
No dia 3 de Fevereiro de 1837, Peso da Régua foi elevada a vila, tendo-lhe sido anexado o concelho de Godim, com as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Moura Morta e Sedielos. A 31 de Dezembro de 1859 foram-lhe adicionadas, pela extinção do concelho de Canelas, as freguesias de Poiares, Covelinhas, Vilarinho de Freires e Galafura. A 11 de Dezembro de 1933 foi criada a freguesia de Vinhós, desanexada da freguesia de Sedielos. Com esta desanexação, o concelho de Peso da Régua integrava onze freguesias. Com a integração de Canelas, em 1976, o concelho completou o número actual de freguesias – doze.
Peso da Régua foi elevada à categoria de cidade a 14 de Agosto de 1985.Em 1988 foi reconhecida pelo Office Internacional de la Vigne et du Vin como Cidade Internacional da Vinha e do Vinho.

Fonte http://www.cm-pesoregua.pt/ [24 de Fevereiro de 2014]

de https://www.facebook.com/permalink.php?id=600752013338751&story_fbid=600766156670670, [consulta em 28set2017]

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A História - Peso da Régua

A origem da fundação da Régua remonta à época romana. Aqui, os romanos terão instalado na um presidium, tornando, em virtude disso, o território comunicável com outras terras.
Contudo, alguns escritores supõem que a fundação de Peso da Régua data do reinado de D. Sancho I, entre 1202 e 1207, altura em que terá começada a povoação de alguns lugares do concelho limítrofe de Santa Marta de Penaguião.
Em 1093, o conde D. Henrique e sua mulher D. Teresa escolheram para bispo do Porto, D. Hugo, a quem fizeram por doação, os dízimos das terras da Régua. Em 1135, os bispos do Porto fizeram deste território couto para a jurisdição civil, a qual foi confirmada por D. Pedro I ao bispo D. Afonso Peres Pinto. Em 1492 foi criado a arcediago da Régua, com metade dos dízimos.
Em 26 de Dezembro de 1513, el-rei D. Manuel atribuiu foral à Peso da Régua. Contudo, este não terá sido o primeiro foral atribuído às terras reguenses. Alguns historiadores consideram a possibilidade de o primeiro ter sido atribuído por D. Afonso Henriques, enquanto outros apresentam a possibilidade de D. Hugo ter integrado o território correspondente à Régua num foral concedido a Santa Marta de Penaguião.
As primeiras referências à Régua como vila datam de 1687, transcritas de um atribuído por D. Pedro II, para a realização de uma feira: "El-rei Faço saber que havendo respeito ao que por sua petição me representarão os Moradores da villa do Peso da Régua, e os do Concelho de Penaguião para effeito de lhes conceder licença para na dita Villa do Peso...."
A etimologia do nome de Peso da Régua não é consensual. Segundo alguns historiadores, Régua deriva de reguengo - designação de terras enquanto património dos reis. Pelo que se depreende de alguns forais, as terras de S. Faustino da Régua foram, ou fizeram parte, de um reguengo, habitadas por reguengueiros ou colonos. Outros historiadores consideram a possibilidade de o nome derivar de récua, em virtude das récuas ou ajuntamentos de cavalgaduras que os almocreves reuniam no cais, em virtude da passagem do rio Douro demorar muito tempo.
Sob o ponto de vista fonético, a primeira hipótese será pouco provável. A segunda, apesar de aceitável, poderá não ser exata no que concerne à explicação encontrada na documentação disponível para análise.
Considerando estas hipóteses inconclusivas, a investigação histórica aponta uma terceira explicação: Régua poderá derivar de regra - termo que significava manter direito, disposição de lei. Direito esse herdado de ascendentes ou conferido a descendentes por foral.
Em conformidade com este pressuposto está a doação feita pelo conde D. Henrique a D. Hugo. Da mesma forma, poder-se-á ainda considerar a doação feita por D. Afonso Henriques ao aio D. Egas Moniz no foral de Godim, cuja área contemplada integrava Peso da Régua. O primeiro fato refere-se à confirmação de um direito por sucessão (D. Hugo) e o segundo a um direito dado a alguém que o soube merecer (D. Egas Moniz).
A descrição feita nos Anais da Vila e Concelho do Peso da Régua relativa ao concelho de Godim levam a concluir que a Régua se localizava entre Godim e a Firvida, o que permite deduzir que a Régua se regia por si, sendo, por isso, possível uma administração com regras próprias. Mais um contributo para a validação da terceira hipótese de explicação da etimologia do termo.
Fonologicamente, a derivação do termo regra aproxima-se mais da designação atual de Régua, do que os termos reguengo ou récua.
Contudo, não existe documento que assegure qual das três hipóteses consideradas é a verdadeira.
O nome Peso deriva do lugar onde era efetuado o peso dos géneros e se cobravam os direitos impostos a várias mercadorias. A esta parte da cidade se referiu D. Sancho I no foral passado a Godim. O documento data de 1210 da era de Cristo.
Peso da Régua foi elevada a concelho em 1836.
A história do território e das suas gentes fica marcada pela instituição na vila da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, pelo Marquês de Pombal em 1756.
Tendo mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com marcos de granito – Marcos de Feitoria – determinando assim as áreas de produção dos melhores vinhos, Portugal criou no Douro a primeira região demarcada e regulamentada do mundo. A partir daí, em virtude da sua localização geográfica, Peso da Régua tornou-se no centro nevrálgico da Região.
Em 1837, foi anexada à vila de Peso da Régua o concelho de Godim, com as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Moura Morta e Sedielos. A 31 de Dezembro de 1859 foram-lhe adicionadas, pela extinção do concelho de Canelas, as freguesias de Poiares, Covelinhas, Vilarinho de Freires e Galafura.
A 11 de Dezembro de 1933 foi criada a freguesia de Vinhós, desanexada da freguesia de Sedielos. Com esta desanexação, o concelho de Peso da Régua totalizou onze freguesias. Com a integração de Canelas, em 1976, o concelho completou o número atual de freguesias – doze. São elas: Canelas, Covelinhas, Fontelas, Galafura, Godim, Loureiro, Moura Morta, Peso da Régua, Poiares, Sedielos, Vilarinho de Freires e Vinhós.
Peso da Régua foi elevada à categoria de cidade a 14 de Agosto de 1985. Em 1988 foi reconhecida pelo Office Internacional de la Vigne et du Vin como Cidade Internacional da Vinha e do Vinho.

de http://www.cm-pesoregua.pt/index.php/turismo/historia, [consulta em 28set2017]

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União das Freguesias do Peso da Régua e Godim

Peso da Régua

O comércio e os serviços conheceram um grande desenvolvimento nas últimas décadas, mas a vinha e o vinho continuam a ser a imagem de marca da cidade.
Na Régua, o turista pode ainda visitar o edifício da Casa do Douro, cuja construção data do segundo quartel do séc. XX, em granito polido e mármore, com vitrais da autoria do pintor Lino António, onde pode ver retratada a história da Região Demarcada do Douro.
A visita à Régua ficará completa com uma passagem pela Estação Ferroviária, onde o primeiro comboio chegou no dia 14 de Julho de 1879, de onde se parte para outros pontos da região, continuando a viagem de comboio ou de camioneta.

Heráldica

Brasão: escudo de prata, dois cachos de uvas de púrpura, sustidos de verde e um cálice de vermelho, tudo bem ordenado; campanha diminuta ondada de azul e prata de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «FREGUESIA de PESO da RÉGUA».

Godim

Apenas o seu nome e a denominação de um ou outro dos seus pequenos lugares fazem lembrar a remota origem da sua propriedade e cultura, calculados principalmente pelas determinações contidas nos Forais Novos de Trás-os-Montes, mandados fazer por D. Manuel I. Um anfiteatro de punjantes parreiras com inicio na Cederma e fim no Vale.
Godim talvez não seja o nome mais antigo que da freguesia se conhece. Consta provir de Gothini ou Godinho – qualquer trunfo godo que quis, ou de quem quiseram perpetuar o nome, aplicando-o a um torrão fertilíssimo e pitoresco. Foi ainda denominada de “Vale” ou “Nateiro dos Quatro Caminhos”, o que comprova que desde pelo menos a época visigótica, se cruzavam vias importantes neste local.
A denominação Jugueiros derivou do facto de ter existido o “jugado” – tributo que os “jugueiros” (lavradores que possuíam carros de bois) pagavam e que D. Afonso Henriques fez reverter a favor da coroa portuguesa. A origem etimológica de Ariz (um lugar da freguesia de Godim) será provavelmente Alarici ou Alarico, nome do rei dos visigodos. Mera, de mero, senhor que tinha em qualquer território a jurisdição civil e crime.
Godim foi sede de concelho até 1836, o qual integrava as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Mouramorta, Sedielos e toda a área da actual freguesia do Peso da Régua. Teve o primeiro foral dado por D. Afonso III, em Maio de 1205, em Bostelo. Teve dois forais dados por D. Sancho I e Foral Novo concedido por D. Manuel I, em Évora, a 15 de Dezembro de 1519. Tal como a Régua, fez parte do concelho de Penaguião. A sua jurisdição nos moinhos da Firvida, para cujas correições não lhe era permitido atravessar o couto da Régua, extinguiu-se com o seu concelho em 1836. Em Fevereiro de 1837 passou a fazer parte do concelho do Peso da Régua.
À medida que se afasta do centro urbano, Godim vai acusando as marcas de ruralidade. Vale a pena admirar a Igreja Matriz, a casa da Quinta das Nogueiras (séc. XIX); a casa de Santa Maria (séc. XVIII); casa da Quinta das Casas Novas (séc. XVIII) e a casa das Cerdeiras (séc. XIX). É, também, nesta freguesia que se encontra a maior parte das estruturas de ensino do concelho, várias instituições de solidariedade social e uma série de associações de promoção cultural.

Heráldica
Brasão: escudo de negro, barco rabelo de ouro, mastreado e cordoado do mesmo, vestido de prata, carregado com sete pipas de ouro, realçadas de vermelho, vogante em campanha diminuta de três tiras ondasas de prata e azul; acantonados em chefe, dois cestos de prata com cachos de uvas de ouro, folhados de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «GODIM».

http://www.cm-pesoregua.pt/index.php/concelho/uniao-das-freguesias-do-peso-da-regua-e-godim, [consulta em 28set2017]

1210 - MONTE ARGEMUDÃES

«Em 1210, na carta de Foro do Monte Argemudães, concedida por D. Sancho I, foi dito que esse monte «diudit (divide) cum Louerigos et cum Villa Maior et inde cum Remustruyaz et cum Peso et inde per venam (pelo leito) de Corrago (rio Corgo)…».»  

In
http://www.cm-smpenaguiao.pt/freguesias/uniao-das-freguesias-de-lobrigos-sao-miguel-e-sao-joao-baptista-e-sanhoane/, 
(Textos gentilmente cedidos por Dr. Artur Vaz) 
[Consulta minha em 28set2017]

«Esta parte da actual cidade (o Peso (da Régua)) é antiquíssima. A ela se referiu o foral que D. Sancho I, que concedeu ao lugar de Godim, porque lhe deu a sua herdade do monte Argemundais com seus termos declarados, requerida em 1797 pelo Marquês de Abrantes, D. Pedro de Lencastre Almeida Sá e Meneses e passada na Torre do Tombo, do livro que serviu de registo na chancelaria de D. Afonso III.» 

In
https://www.facebook.com/permalink.php?id=600752013338751&story_fbid=600766156670670, 
Fonte: http://www.cm-pesoregua.pt/, 
[Consulta minha em 28set2017]