TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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Origem dos sobrenomes portugueses

Um único nome ou um nome seguido por um patronímico era a forma mais comum que os povos nativos pré-romanos se denominavam. Os nomes podiam ser celtas (Mantaus), lusitanos (Casae), ibéricos (Sunua) ou cónios (Alainus). Os nomes eram claramente étnicos e alguns típicos de uma tribo ou região. A lenta adoção da onomástica romana ocorreu após o final do século I a.C., com a adoção de um nome romano ou da tria nomina: praenomen (nome próprio), nomen (gentílico) e um cognome.[2][3]

A maioria dos sobrenomes portugueses têm origem patronímica, toponímica ou religiosa.

Patronímicos
Os patronímicos são nomes derivados do nome próprio do pai que, há muitos séculos atrás, começou a ser utilizado como sobrenome. São os sobrenomes mais comuns nos locais onde o português é falado, como também em muitas outras línguas.

Na língua portuguesa, os patronímicos são sobrenomes como Henriques, Rodrigues, Lopes, Gomes, Nunes, Mendes, Fernandes, Gonçalves, Esteves, Simões e Álvares, onde a terminação -es significa "filho de". O significado é o mesmo do sufixo -ez utilizado na língua castelhana.

Alguns sobrenomes patronímicos não terminam em es. Ao invés disso, terminam em iz, como Muniz (filho de Monio) e Ruiz (filho de Ruy), ou ins, como Martins (filho de Martim).

Embora a maioria dos sobrenomes portugueses terminados em -es são patronímicos, alguns nomes de família terminados em es não são patronímicos, mas toponímicos, como Tavares, Pires, Cortês e Chaves.

No início da aquisição dos sobrenomes, a terminação –es não era utilizada. Assim, Joana filha de Fernando poderia ser chamada de Joana Fernando, como André João significando André filho de João.[carece de fontes] Pode-se encontrar hoje em Portugal e no Brasil pessoas que ainda usam sobrenomes que já foram nomes próprios de outras pessoas, mas que foram passados de pais para filhos durante gerações e não têm a terminação -es, tais como Valentim, Alexandre, Fernando, Afonso (note o nome de família de Melo Afonso) e Antonio (note o de Melo Antonio). Nomes como Dinis, Duarte, Garcia e Godinho eram originalmente nomes próprios, mas hoje são utilizados no Brasil quase que exclusivamente como sobrenomes, apesar de Duarte e Dinis ainda serem nomes próprios comuns em Portugal.

Matronímicos (sobrenomes derivados de nomes próprios femininos) quase nunca são utilizados em português, mas sobrenomes como "Catarino" (de Catarina) e "Mariano" (significado relacionado a Maria) podem ser provenientes tanto do nome da mãe verdadeira com da mãe espiritual Virgem Maria.[carece de fontes]

Alguns patronímicos antigos não são facilmente reconhecidos, por duas razões principais. Às vezes, o nome próprio que originou o patronímico tornou-se antiquado, como Lopo (que originou Lopes), Mendo ou Mem (Mendes), Vasco (Vasques), Soeiro (Soares), Munio (Muniz), Sancho (filho de Sanches). Além disso, muitas vezes os nomes dados ou os patronímicos relacionados modificaram-se através dos séculos, embora sempre possa ser notada algumas semelhanças – como Antunes (filho de Antão, ou Antônio), Peres (filho de Pero, forma arcaica de Pedro), Alves (de Álvares, filho de Álvaro) e Eanes (do medieval Iohannes, filho de João).

Toponímicos
Um número considerável de sobrenomes é de origem toponímica, supostamente para descrever a origem geográfica de um indivíduo, como o nome de uma aldeia, vila, cidade, região ou rio. Encaixam-se nessa regra sobrenomes como Almeida, Andrada ou Andrade, Barcelos, Barros, Bastos, Castelo Branco, Cintra (de Sintra), Coimbra, Faria, Gouveia, Guimarães, Lima (nome de um rio, não a fruta), Lisboa, Pacheco (da vila de Pacheca), Porto, Portugal, Brasil, Serpa etc. Um sobrenome como Leão pode significar que um antepassado veio do antigo reino espanhol de León (noroeste de Espanha) ou então da cidade francesa de Lyon (em português, Lião).[carece de fontes]

Nem todas as aldeias e vilas que originaram esses sobrenomes existem, mantiveram o nome original ou são habitadas hoje.

Alguns nomes especificam a localização da casa de uma família dentro de uma aldeia: Fonte (junto à fonte), Azenha (pela azenha, moinho d’água), Eira (pelo eira), Tanque (pela cisterna da comunidade), Fundo (parte mais baixa da vila), Cimo/Cima (na parte superior da cidade), Cabo (na extremidade da aldeia)[carece de fontes], Cabral (próximo ao campo onde as cabras pastam). Em alguns casos, o nome de família pode não ser toponímico, mas uma indicação de posse.

Alguns termos geológicos ou geográficos também foram utilizados na nomeação, como Pedroso (pedregoso ou cheios de terra), Rocha, Souza/Sousa (do latim saxa, um lugar com seixos, ou o nome de um rio português), Vale, Ribeiro (pequeno rio, córrego, riacho), Siqueira ou Sequeira (terra não irrigada), Castro (castelo ou ruínas de construções antigas), Dantas (de d'Antas, um local com antas, ou seja, monumentos de pedra pré-históricos ou dólmens), Costa (litoral), Pedreira, Barreira (pedreira de argila). Ferreira é um sobrenome toponímico, utilizado pela primeira vez por pessoas que viveram em muitas cidades e aldeias chamadas Ferreira, ou seja, um lugar onde era possível encontrar minério de ferro.

Nomes de árvores e plantações também são nomes toponímicos, supostos inicialmente para identificar um ancestral que viveu perto ou dentro de alguma fazenda, pomar ou um local com um tipo característico de vegetação. Sobreomes como Silva (uma espécie de baga; também significando mata), Silveira (local coberto por silvas), Matos (bosques, florestas), Campos (campos de grama, pradarias), Teixeira (local coberto por teixos, uma espécie de árvore), Queirós (um tipo de erva), Cardoso (local coberto por cardos, ou seja, alcachofra-brava ou espinhos), Correia (local coberto por corriolas ou correas, um tipo de planta), Macedo (um jardim de macieiras) e Azevedo (uma floresta de azevinho, ou seja, madeira de azevinho) encaixam-se neste padrão.

Nomes de árvores são sobrenomes toponímicos bastante comuns: Oliveira, Carvalho, Lima, Salgueiro, Pinheiro, Pereira, Moreira (de amoreira), Macieira, Figueira. Estes nem sempre são sobrenomes judaico-portugueses antigos, conforme explicado adiante, embora esse mito seja muitas vezes transmitido.

Religiosos
Sobrenomes com significados religiosos são comuns. É possível que alguns destes originaram-se de um ancestral que se converteu ao catolicismo e necessitou mostrar a sua nova fé. Outra possível origem para os nomes religiosos era de que órfãos foram abandonados em igrejas e criados em orfanatos católicos por padres e freiras, geralmente batizados com um nome relacionado à data mais próxima do dia que eles foram encontrados ou batizados. Ainda outra fonte possível é de nomes próprios de religiosos anteriores (que exprimem devoção especial por parte dos pais ou dos padrinhos, ou a data de nascimento da criança) foram adotados como nomes de família.

Entre os nomes religiosos, incluem-se nomes como Jesus, dos Reis (dia da Epifania do Senhor, o Dia dos Reis Magos), Ramos (Domingo de Ramos, o domingo anterior à Páscoa), Pascoal (da Páscoa), da Assunção (Assunção da Virgem Maria), do Nascimento (da Natividade da Virgem Maria ou o Nascimento de Jesus - Natal), da Visitação (Visitação da Virgem Maria), da Anunciação (Anunciação da Virgem Maria), da Conceição (Imaculada Conceição da Virgem Maria), Trindade (do Domingo da Trindade), do Espírito Santo (da Festa do Espírito Santo), das Chagas (proveniente da Festa das Cinco Chagas de Cristo), Graça (de Nossa Senhora da Graça), Patrocínio (de Nossa Senhora do Patrocínio), Paz (de Nossa Senhora Medianeira da Paz), Luz (de Nossa Senhora da Luz Divina), Neves (de Nossa Senhora das Neves), Penha (de Nossa Senhora da Penha da França, que em espanhol é chamada de Nuestra Señora de Penafrancia) das Dores (Nossa Senhora das Dores), Bonfim (de Nosso Senhor da Boa Morte), das Virgens (das virgens mártires), dos Anjos (proveniente dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel), São João, Santana (Santa Ana), Santos (Dia de Todos os Santos ou Dia de Finados) e Cruz (o sobrenome mais comum entre os judeus de Belmonte).

Um órfão de pais desconhecidos ou um convertido (judeu, escravizado africano ou nativo americano) poderia ser batizado com o nome de um santo, como João Batista (de São João Batista), João Evangelista (de São João Evangelista), João de Deus (de São João de Deus), Antônio de Pádua (de Santo Antônio de Pádua), João Nepomuceno (de São João Nepomuceno), Francisco de Assis (de São Francisco de Assis), Francisco de Paula (de São Francisco de Paula) , Francisco de Salles (de São Francisco de Salles), Inácio de Loiola (de Santo Inácio de Loyola), Tomás de Aquino (de Santo Tomás de Aquino), José de Calanzans (de São José de Calasanz), ou José de Cupertino (de São José de Cupertino). Em seguida, eles costumavam transmitir apenas o segundo nome próprio (Batista, Evangelista, de Deus, Pádua, Nepomuceno, Assis de Paula, Sales, Loiola, Aquino, Calanzans e Cupertino) para seus filhos como um sobrenome.

Um sobrenome como Xavier poderia ter se originado a partir de alguém batizado em homenagem a São Francisco Xavier ou da antiga família portuguesa Xavier.

Característica
Alguns sobrenomes são possíveis descrições de uma característica peculiar de um ancestral, originada a partir de um apelido.

Estes incluem nomes como Peixoto ("peixe pequeno", dado a um nobre que utilizava peixes para enganar seus inimigos durante uma citação[carece de fontes]), Peixe (o nadador, ou também pescador ou peixeiro[carece de fontes]), Veloso (lanoso, de lã, ou seja, peludo), Ramalho (cheio de galhos de árvores; espesso, ou seja, barba espessa [carece de fontes]), Barroso (coberto de barro, ou seja, espinhas[carece de fontes]), Lobo (ou seja, selvagem, feroz[carece de fontes]), Lobato (lobo pequeno, filhote de lobo), Raposo (raposa, ou seja, inteligente[carece de fontes]), Pinto (pintinho, ou seja gentil e bondoso[carece de fontes]), Tourinho (touro pequeno, ou seja, robusto, forte[carece de fontes]), Vergueiro (que se dobra, ou seja, fraco), Medrado (crescido, ou seja, alto), Tinoco (curto, pequeno), Porciúncula (pequena parte, um pedaço pequeno), Magro, Magriço (muito magro), Gago, Galhardo (galante, cavalheiro), Terrível, Penteado (apelido de uma linhagem da família alemã Werneck, cujos membros usavam perucas), Romero (de romeiro, peregrino, ou seja, alguém que fez uma viagem religiosa para Roma, Santiago de Compostela ou Jerusalém).

Ocupação e profissão
São poucos os sobrenomes portugueses que se originaram de profissões ou ocupações, como Serrador, Monteiro (caçador de montes ou guarda-madeira), Guerreiro, Caldeira (de caldeirão, por exemplo), Cubas (barris de madeira, ou seja, fabricantes de barris e tanoeiros), Carneiro (para um pastor), Peixe (para um pescador ou dono de peixaria).

Um erro comum é dizer que o sobrenome Ferreira significa ferreiro, uma vez que existem sobrenomes similares em muitas línguas com este significado (Smith em inglês, Schmidt em alemão, Bittar em árabe, etc.). Ferreira é o nome de um rio e de muitas aldeias e vilas de Portugal.

Sobrenomes de origem estrangeira
Alguns sobrenomes portugueses são provenientes de estrangeiros que vieram morar em Portugal ou no Brasil há muitos séculos atrás. Eles são tão antigos que, apesar de sua origem estrangeira conhecida, são uma parte integrante das culturas portuguesa e brasileira.

A maioria desses sobrenomes é espanhola, como Toledo (uma cidade da Espanha), Ávila ou Dávila (cidade da Espanha), Camargo, Castilhos, Vargas, Garcia, Torres e Padilha. Outros nomes "estrangeiros" comuns são Bettencourt ou Bittencourt (de Béthencourt, francês, família francesa radicada nos Açores e mais tarde também no Brasil), Goulart ( Van Govaert, flamengo, família flamenga, radicada nos Açores e mais tarde também no Brasil, tendo a grafia afrancesada para Goulart), Goulard ou Gullar (francês, significando originalmente glutão), da Rosa ( Van der Roos ou De Rouzé, flamengo, família flamenga descendente do colonizador flamengo Pieter Van der Roos que passou a ser Pedro da Rosa nos Açores e que se radicou nos Açores e mais tarde no Brasil, outro ramo provem do colonizador Guillaume De Rouzé nascido em Arras) da Silveira (Van der Haegen, flamengo, família flamenga que se radicou nos Açores e mais tarde no Brasil, proveniente do colonizador Willehm Van der Haegen, passando a ser Guilherme da Silveira nos Açores) Fontenele ou Fontenelle (francês, de fonte), Rubim (de Robin, francês), Alencastro, Lencastre (de Lancaster, inglês), Drummond (escocês), Werneck, Vernek ou Berneque (sul da Alemanha; nome da cidade bávara de Werneck), Bingre (do germânico Huebinger), Brandão (do germânico Brand), Wanderley (de van der Ley, flamengo), Dutra (de Ultra, um nome latino que significa "do além", adotado pela família flamenga Van Hurtere), Brum (de Bruyn, flamengo), Bulcão (de Bulcamp, flamengo), Dulmo (de van Olm, flamengo),[4] Espíndola (Spinolla, italiano, família radicada nos Açores e depois no Brasil) Acioli (italiano), Doria (italiano), Cavalcanti (italiano), Motta (italiano), Netto (italiano; não confundir com o sufixo "Neto", que é utilizado para distinguir neto e avô que possuem o mesmo nome), Peçanha ou Pessanha (italiano, família descendente do navegador genovês Emanuele Pessagno).

A questão dos sobrenomes judaico-portugueses
Costuma-se dizer que os judeus que viveram em Portugal até 1497, quando foram obrigados a escolher entre a conversão ou a expulsão, substituíram seus sobrenomes originais por nomes de árvores que não produzem frutos comestíveis, como Carvalho e Junqueira (cana-de-açúcar, bambu, junco). Outros dizem que os judeus normalmente escolhem nomes de árvores, tais como Pereira e Oliveira, e de animais, como Coelho e Carneiro. No entanto, tais versões não passam de mitos, pois todos esses sobrenomes já eram utilizados para designar cristãos desde meados da Idade Média.

Outro nome de família geralmente apontado como indicador de ascendência judaica é o Espírito Santo. A explicação é que os judeus adotariam como nome de família uma palavra (aparentemente) cristã por engano. Na verdade, eles estavam escolhendo a pessoa que mais incorporasse a Trindade, isto é, aquele que ofendeu sua fé judaica (secreta). Esta teoria não é totalmente fundamentada, uma vez que existem provas de que o culto ao Espírito Santo cresceu após 1496, especialmente entre cristãos-novos. Isso não exclui que o Espírito Santo também foi adotado pelos cristãos fiéis, seguindo a lógica de outros sobrenomes religiosos.

Os judeus portugueses que viveram em Portugal até 1497 tinham nomes próprios que poderiam distingui-los da população cristã. A maioria desses nomes são traduções em português dos antigos nomes semíticos (árabe, hebraico, aramaico) como Abenazo, Abencobra, Aboab, Abravanel, Albarrux, Azenha, Benafull, Benafaçom, Benazo, Caçez, Cachado, Çaçom/Saçom, Carraf, Carilho, Cide/Cid, Çoleima, Faquim, Faracho, Faravom, Fayham/Fayam, Focem, Çacam/Sacam, Famiz, Gadim, Gedelha, Labymda, Latam/Latão, Loquem, Lozora, Maalom, Maçon, Maconde, Mocatel, Molaão, Montam, Motaal, Rondim, Rosall, Samaia/Çamaya, Sanamel, Saraya, Tarraz, Tavy/Tovy, Toby, Varmar, Zaaboca, Zabocas, Zaquim, Zaquem, Zarco. Alguns nomes são toponímicos, como Catelaão/Catalão, Castelão/Castelhão (castelhano), Crescente (da Turquia), Medina, Romano, Romão, Romeiro, Tolledam/Toledano (de Toledo), Valencia e Vascos (Basco). Alguns eram patronímicos de nomes bíblicos, como Abraão, Lázaro, Barnabé, Benjamim, Gabriel, Muça (Moisés) e Natam (Natã). Alguns são nomes oriundos de profissões, como Caldeirão, Martelo, Peixeiro, Chaveirol (serralheiro) e Prateiro (ourives). Alguns são apelidos, como Calvo (careca), Dourado (ouro, como o alemão Goldfarb), Ruivo (cabeça vermelha), Crespo, Querido e Parente (parente da família). Poucos nomes não são diferentes dos antigos sobrenomes portugueses, como Camarinha, Castro, Crespim..[5]

Alguns estudiosos revelaram que os judeus naturalizados portugueses em geral escolheram patronímicos como novos sobrenomes, e, quando a conversão não foi obrigatória, eles costumavam escolher o sobrenome do padrinho.[5]

Apesar disso, a comunidade judaico-portuguesa que floresceu na Holanda e em Hamburgo, na Alemanha, após serem expulsos de Portugal, utilizaram sobrenomes que eram comuns entre os antigos cristãos portugueses, como Camargo, Costa, Fonseca, Dias e Pinto. Talvez a sua maioria tivesse pais ou avós que foram obrigados a se converter em Portugal, e após a emigração para a Holanda, eles receberam a fé judaica do país de braços abertos, mas continuaram utilizando os sobrenomes dos seus padrinhos.

Alguns dos mais famosos descendentes de judeus portugueses que viveram fora de Portugal são o filósofo Bento de Espinosa (Baruch Spinoza) e o economista clássico David Ricardo. Outros membros famosos da Sinagoga Portuguesa de Amsterdã deram nomes como Uriel da Costa (ou Uriel Acosta, Isaac Aboab da Fonseca,[João Francisco Diniz Junqueira], Isaac de Pinto e Menasseh ben Israel (cujo sobrenome original era Soeiro).

Os judeus de Belmonte (cripto-judeus da região de Belmonte, em Portugal) também têm sobrenomes que não podem ser utilizados para distingui-los das mais antigas famílias católicas portuguesas. Utilizar nomes de árvores e animais como sobrenome não era uma prática comum tanto entre os judeus portugueses convertidos como os não convertidos, nem antes e após a sua expulsão em 1497.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_e_sobrenomes_portugueses, consulta efectuada em 25.08.2017