TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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Vias Romanas no Douro

Chaves (AQUAE FLAVIAE) - Vila Marim - Cidadelhe (Aliobriga?) - Lamego (Lamecum?)/ Peso da Régua


Um outro eixo viário N-S partindo de Chaves seguia pelo alto da serra a poente da depressão Verín - Régua rumo também ao rio Douro; dois miliários logo à saída de Chaves (Campo da Roda e Outeiro Jusão) que apesar de estarem deslocados da sua posição original poderiam assinalar esta via que seguia por Vidago rumo à Ponte da Ola onde cruzava o rio Avelames, continuando por Cabanas (onde deveria existir uma mutatio), continuando por alturas da serra rumo a Vila Marim, onde se achou um miliário, continuando provavelmente rumo às travessias do Douro em Peso da Régua e Cidadelhe, onde há notícia de outro miliário. Esta última travessia poderia ser feita nas Caldas de Moledo, onde há vestígios romanos associados a um vicus e provável mutatio de apoio a esta passagem do rio que durante a Alta Idade Média disponha de barca e albergaria que deverá corresponder ao «portu de aliovirio» citado num documento do ano 922 (Lima, 2008; Batata et al., 2008).
Chaves (depois de atravessar a Ponte de Trajano, rumava a sul cruzando a ribeira do Caneiro; na Qta. do Caneiro apareceu o miliário do «Campo da Roda», hoje desaparecido, talvez dedicado a Constantino Magno)
Outeiro Jusão (miliário anepígrafo numa casa derrubada da aldeia; ara aos Lares Tarmucenbaecis Ceceaecisara dedicada a Ísis no MRF e estela funerária de Daphnus talvez provenientes da villa da Qta. do Pinheirovide términos dos Praen e Coroq achados neste local; a via seguia talvez por Pereira de Veiga e Vila Nova de Veiga pelo Alto da Conceição, Alto do Turigo e Parada onde apareceu uma ara a Baco)
S. Pedro de Agostém (ara aos Lari Erredici na igreja; a via segue talvez por Fonte Fria e junto do castro romanizado do Alto do Castro/Monte de Sta. Bárbara e do respectivo habitat romano da Fonte do Mouro; inscrição a Laribus Pindeneticis em Selhariz)
Pereira do Selão, Vilas Boas (segue pela rua da Paz e campo de futebol e pelos topónimos viários Carquejo, Corgo e Alto da Portela)
Vidago (castrotermas romanas em Salus, divindade que designa saúde, onde apareceu uma incrição referindo Aqua Flaviae; a via cruzava a ribeira da Oura junto a Vidago ou mais a jusante numa ponte hoje arruinada na EM549, próximo do sítio romano de Couces local, ascendendo depois ao planalto da Serra de Oura, continuando pelo Alto do Baldio, junto da Qta. do Marco, Alto do Miradouro e aldeia de Vilela, passando assim a nascente do castro romanizado do Monte do Castelo em Capeludos, sobrancerio ao Tâmega, onde apareceu uma estátua de guerreiro; inscrição aos lares gegeiquis na igreja paroquial de Arcossó)
Bragado (cruza o rio Avelames na Ponte Romana?-Medieval da Ola, e sobe a encosta pelo Parque de Lazer)
Pensalvos (cruza a ribeira da Azenha e segue pela rua do Cabo, Igreja e rua do Calvário)
Cabanas (possível mutatio no sítio da Castanheira/Reguenga, a 150 m do campo de futebol, onde apareceu um tesouro monetário; cruza a aldeia pelo Largo da Capela e Largo do Outeiro e continua pelo CM1155 junto dos topónimos viários Portela e Pipa, seguindo pelo planalto da Serra do Alvão)
Afonsim (a nascente pelo CM1155 e EM555 por Alto de Couces e Praina dos Molhadinhos)
Paredes do Alvão (continua a nascente pelo CM1153 por Colonos de Paredes, Alto do Porto da Lage/Alto da Chã da Fonte, Colónia de Baixo e Povoação)
Gouvães da Serra (continua por Lages das Portas e Cadouço, topónimos viários, Alto da Sombra, Alto dos Merouços e Alto da Meroucinha, servindo de linha divisória entre os concelhos de Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar, continua pelo Alto dos Fornos, Alto do Seixinhal e Alto das Caravelas, onde inicia a descida da serra até entroncar na EM313 junto da Barragem Cimeira a sul de Lamas de Olo, seguindo por esta estrada pelo Alto das Muas, descendo depois pelo caminho carreteiro por Alto da Queimada e Negral)
Agarez (tesouro monetário; segue o CM1219 por Carvelas, Laje e Barroca)
Vila Marim (mutatio; miliário anepígrafo tombado numa horta junto da Capela de Ns. da Paz; tesouro monetário junto do Outeiro das Pombas, local da Villa Marinis, mencionada em escritos medievais)
Travessia do ribeiro da Marinheira (junto da Torre de Quintela?)
Mondrões (segue algures a poente de Vila Real)
Travessia do rio Sordo (tesouro monetário em Penedo Redondo)
Torgueda (seguia talvez por Fonte Seca, Vendas de Cima e Moçães, conflui na EN1244 e segue para Arnadelo, rua da Carreira, passando junto do povoado do Alto do Castelo, no outeiro da Capela da Sra. dos Remédios, e mais adiante nos sítios romanos do Rodelo e Veiga, junto do campo de futebol na EM1244-1)
Cumieira (provável vicus no lugar do Assento, com vestígios em torno do Monte de Sta. Bárbara, Ranha, Fossa e Ladário, onde terá aparecido uma ara a Júpiter (Colmenero, 1997); não é claro se a via passava em Cumieira ou se descia por Pomarelhos pela Costa da Veiga, onde existiu calçada, para cruzar a ribeira de Aguilhão na base do povoado fortificado do Monte Maninho junto da Qta. de Valflores e do sítio romano de Cabanelas na outra margem)
Fontes («Castro de Fontes» ou «Castelo dos Mouros», povoado fortificado na colina da Pena Aguda onde hoje existe a Capela de São Pedro de Fontes; aqui apareceu uma ara dedicada à divindade Auge; sítio romano de Cabanelas; forno romano junto da Ponte da Arcadela sobre a ribeira de Aguilhão em Fornelos; Qta. da Carreirola, topónimo viário)
  • Ligação a Cidadelhe: um outro ramal seguia para Cidadelhe (onde há notícia de um miliário) rumo à travessia do rio Douro no «portu de aliovirio», mencionado num documento do ano 922 (PMH DC 25) que poderá corresponder ao porto de Caldas de Modelo, onde há vestígios romanos (Lima, 2008). Partindo de Fontes seguia até ao sítio de Fronteira, onde tomava o caminho pelos altos da Sra. do Monte e da Sra. dos Remédios em Mouramorta, continuando por Cimo de Vila e Pedreira até à Ponte Medieval de Cavalar sobre o rio Sermanha/Soromenha em Nostim, rumando daqui a Cidadelhe (castro romanizado, possivelmente designado por Aliobriga em época romana).
  • No hoje desconhecido «Lugar do Marco» Russel Cortez identificou um miliário a Numeriano entretanto desaparecido com o numeral IIXX na última linha, podendo por isso indicar a milha 18; o ponto inicial da contagem da milhas é desconhecido, mas é de assinalar que esta é aproximadamente a distância ao miliário de Vila Marim
  • Num documento do ano 970, há referência a uma antiga carreira servindo como linha divisória de propriedades em Nostim que poderá corresponder à via romana rumo ao Douro; «per carrale antiquo usque ubi diuidet cum uilla de lombadella et cum uilla de nausti usque in sarmenia» (PMH DC 101).
  • Travessia do Rio Douro rumo a Lamego: existem dois pontos de passagem do rio separados pelo rio Sermanha; de Cidadelhe poderia descer à Qta. do Barco, sugestivo topónimo ou em alternativa desviava antes de Cidadelhe, em Nostim, e seguia por Portela, Oliveira e Bamba até Caldas de Moledo, onde cruzava o rio para o porto fluvial Penajóia e daqui ascendia a encosta por Pousada, S. Gião, Penajóia e Avões de Lá, onde entronca na via proveniente de Porto de Rei rumo a Lamego.
  • Ligação a Peso da Régua: a via poderia bifurcar junto do Castro de Fontes, seguindo rumo a Peso da Régua para cruzar o rio Douro; a via seguia por Santa Marta de Penaguião, onde cruza a ribeira de Fontes, continua por Encambalados de Cima e pelo caminho próximo da Capela da Ns. da Guia em Lobrigos, continua paralela à EN2 por Outeiro, Casaria, reúne com a EN2 e pouco depois desvia novamente desta na Capela de S. Gonçalo e toma o caminho pela Capela da Sra. da Graça, continua pela cumeada das Qtas. de Romarigo e Campanhã, descendo depois ao Douro pelo caminho entre-muros marginando uma adega e que segue depois paralelo à rua Major Xavier Vaz Osório, cortado pela EN2, continuando pela rua da Qta. de S. Domingos até à linha férrea e daqui ao cais do Douro. (vide continuação da via no Itinerário Peso da Régua - Marialva).

Fonte: 
www.viasromanas.pt, consulta efectuada em 25.08.2017

Origem dos sobrenomes portugueses

Um único nome ou um nome seguido por um patronímico era a forma mais comum que os povos nativos pré-romanos se denominavam. Os nomes podiam ser celtas (Mantaus), lusitanos (Casae), ibéricos (Sunua) ou cónios (Alainus). Os nomes eram claramente étnicos e alguns típicos de uma tribo ou região. A lenta adoção da onomástica romana ocorreu após o final do século I a.C., com a adoção de um nome romano ou da tria nomina: praenomen (nome próprio), nomen (gentílico) e um cognome.[2][3]

A maioria dos sobrenomes portugueses têm origem patronímica, toponímica ou religiosa.

Patronímicos
Os patronímicos são nomes derivados do nome próprio do pai que, há muitos séculos atrás, começou a ser utilizado como sobrenome. São os sobrenomes mais comuns nos locais onde o português é falado, como também em muitas outras línguas.

Na língua portuguesa, os patronímicos são sobrenomes como Henriques, Rodrigues, Lopes, Gomes, Nunes, Mendes, Fernandes, Gonçalves, Esteves, Simões e Álvares, onde a terminação -es significa "filho de". O significado é o mesmo do sufixo -ez utilizado na língua castelhana.

Alguns sobrenomes patronímicos não terminam em es. Ao invés disso, terminam em iz, como Muniz (filho de Monio) e Ruiz (filho de Ruy), ou ins, como Martins (filho de Martim).

Embora a maioria dos sobrenomes portugueses terminados em -es são patronímicos, alguns nomes de família terminados em es não são patronímicos, mas toponímicos, como Tavares, Pires, Cortês e Chaves.

No início da aquisição dos sobrenomes, a terminação –es não era utilizada. Assim, Joana filha de Fernando poderia ser chamada de Joana Fernando, como André João significando André filho de João.[carece de fontes] Pode-se encontrar hoje em Portugal e no Brasil pessoas que ainda usam sobrenomes que já foram nomes próprios de outras pessoas, mas que foram passados de pais para filhos durante gerações e não têm a terminação -es, tais como Valentim, Alexandre, Fernando, Afonso (note o nome de família de Melo Afonso) e Antonio (note o de Melo Antonio). Nomes como Dinis, Duarte, Garcia e Godinho eram originalmente nomes próprios, mas hoje são utilizados no Brasil quase que exclusivamente como sobrenomes, apesar de Duarte e Dinis ainda serem nomes próprios comuns em Portugal.

Matronímicos (sobrenomes derivados de nomes próprios femininos) quase nunca são utilizados em português, mas sobrenomes como "Catarino" (de Catarina) e "Mariano" (significado relacionado a Maria) podem ser provenientes tanto do nome da mãe verdadeira com da mãe espiritual Virgem Maria.[carece de fontes]

Alguns patronímicos antigos não são facilmente reconhecidos, por duas razões principais. Às vezes, o nome próprio que originou o patronímico tornou-se antiquado, como Lopo (que originou Lopes), Mendo ou Mem (Mendes), Vasco (Vasques), Soeiro (Soares), Munio (Muniz), Sancho (filho de Sanches). Além disso, muitas vezes os nomes dados ou os patronímicos relacionados modificaram-se através dos séculos, embora sempre possa ser notada algumas semelhanças – como Antunes (filho de Antão, ou Antônio), Peres (filho de Pero, forma arcaica de Pedro), Alves (de Álvares, filho de Álvaro) e Eanes (do medieval Iohannes, filho de João).

Toponímicos
Um número considerável de sobrenomes é de origem toponímica, supostamente para descrever a origem geográfica de um indivíduo, como o nome de uma aldeia, vila, cidade, região ou rio. Encaixam-se nessa regra sobrenomes como Almeida, Andrada ou Andrade, Barcelos, Barros, Bastos, Castelo Branco, Cintra (de Sintra), Coimbra, Faria, Gouveia, Guimarães, Lima (nome de um rio, não a fruta), Lisboa, Pacheco (da vila de Pacheca), Porto, Portugal, Brasil, Serpa etc. Um sobrenome como Leão pode significar que um antepassado veio do antigo reino espanhol de León (noroeste de Espanha) ou então da cidade francesa de Lyon (em português, Lião).[carece de fontes]

Nem todas as aldeias e vilas que originaram esses sobrenomes existem, mantiveram o nome original ou são habitadas hoje.

Alguns nomes especificam a localização da casa de uma família dentro de uma aldeia: Fonte (junto à fonte), Azenha (pela azenha, moinho d’água), Eira (pelo eira), Tanque (pela cisterna da comunidade), Fundo (parte mais baixa da vila), Cimo/Cima (na parte superior da cidade), Cabo (na extremidade da aldeia)[carece de fontes], Cabral (próximo ao campo onde as cabras pastam). Em alguns casos, o nome de família pode não ser toponímico, mas uma indicação de posse.

Alguns termos geológicos ou geográficos também foram utilizados na nomeação, como Pedroso (pedregoso ou cheios de terra), Rocha, Souza/Sousa (do latim saxa, um lugar com seixos, ou o nome de um rio português), Vale, Ribeiro (pequeno rio, córrego, riacho), Siqueira ou Sequeira (terra não irrigada), Castro (castelo ou ruínas de construções antigas), Dantas (de d'Antas, um local com antas, ou seja, monumentos de pedra pré-históricos ou dólmens), Costa (litoral), Pedreira, Barreira (pedreira de argila). Ferreira é um sobrenome toponímico, utilizado pela primeira vez por pessoas que viveram em muitas cidades e aldeias chamadas Ferreira, ou seja, um lugar onde era possível encontrar minério de ferro.

Nomes de árvores e plantações também são nomes toponímicos, supostos inicialmente para identificar um ancestral que viveu perto ou dentro de alguma fazenda, pomar ou um local com um tipo característico de vegetação. Sobreomes como Silva (uma espécie de baga; também significando mata), Silveira (local coberto por silvas), Matos (bosques, florestas), Campos (campos de grama, pradarias), Teixeira (local coberto por teixos, uma espécie de árvore), Queirós (um tipo de erva), Cardoso (local coberto por cardos, ou seja, alcachofra-brava ou espinhos), Correia (local coberto por corriolas ou correas, um tipo de planta), Macedo (um jardim de macieiras) e Azevedo (uma floresta de azevinho, ou seja, madeira de azevinho) encaixam-se neste padrão.

Nomes de árvores são sobrenomes toponímicos bastante comuns: Oliveira, Carvalho, Lima, Salgueiro, Pinheiro, Pereira, Moreira (de amoreira), Macieira, Figueira. Estes nem sempre são sobrenomes judaico-portugueses antigos, conforme explicado adiante, embora esse mito seja muitas vezes transmitido.

Religiosos
Sobrenomes com significados religiosos são comuns. É possível que alguns destes originaram-se de um ancestral que se converteu ao catolicismo e necessitou mostrar a sua nova fé. Outra possível origem para os nomes religiosos era de que órfãos foram abandonados em igrejas e criados em orfanatos católicos por padres e freiras, geralmente batizados com um nome relacionado à data mais próxima do dia que eles foram encontrados ou batizados. Ainda outra fonte possível é de nomes próprios de religiosos anteriores (que exprimem devoção especial por parte dos pais ou dos padrinhos, ou a data de nascimento da criança) foram adotados como nomes de família.

Entre os nomes religiosos, incluem-se nomes como Jesus, dos Reis (dia da Epifania do Senhor, o Dia dos Reis Magos), Ramos (Domingo de Ramos, o domingo anterior à Páscoa), Pascoal (da Páscoa), da Assunção (Assunção da Virgem Maria), do Nascimento (da Natividade da Virgem Maria ou o Nascimento de Jesus - Natal), da Visitação (Visitação da Virgem Maria), da Anunciação (Anunciação da Virgem Maria), da Conceição (Imaculada Conceição da Virgem Maria), Trindade (do Domingo da Trindade), do Espírito Santo (da Festa do Espírito Santo), das Chagas (proveniente da Festa das Cinco Chagas de Cristo), Graça (de Nossa Senhora da Graça), Patrocínio (de Nossa Senhora do Patrocínio), Paz (de Nossa Senhora Medianeira da Paz), Luz (de Nossa Senhora da Luz Divina), Neves (de Nossa Senhora das Neves), Penha (de Nossa Senhora da Penha da França, que em espanhol é chamada de Nuestra Señora de Penafrancia) das Dores (Nossa Senhora das Dores), Bonfim (de Nosso Senhor da Boa Morte), das Virgens (das virgens mártires), dos Anjos (proveniente dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel), São João, Santana (Santa Ana), Santos (Dia de Todos os Santos ou Dia de Finados) e Cruz (o sobrenome mais comum entre os judeus de Belmonte).

Um órfão de pais desconhecidos ou um convertido (judeu, escravizado africano ou nativo americano) poderia ser batizado com o nome de um santo, como João Batista (de São João Batista), João Evangelista (de São João Evangelista), João de Deus (de São João de Deus), Antônio de Pádua (de Santo Antônio de Pádua), João Nepomuceno (de São João Nepomuceno), Francisco de Assis (de São Francisco de Assis), Francisco de Paula (de São Francisco de Paula) , Francisco de Salles (de São Francisco de Salles), Inácio de Loiola (de Santo Inácio de Loyola), Tomás de Aquino (de Santo Tomás de Aquino), José de Calanzans (de São José de Calasanz), ou José de Cupertino (de São José de Cupertino). Em seguida, eles costumavam transmitir apenas o segundo nome próprio (Batista, Evangelista, de Deus, Pádua, Nepomuceno, Assis de Paula, Sales, Loiola, Aquino, Calanzans e Cupertino) para seus filhos como um sobrenome.

Um sobrenome como Xavier poderia ter se originado a partir de alguém batizado em homenagem a São Francisco Xavier ou da antiga família portuguesa Xavier.

Característica
Alguns sobrenomes são possíveis descrições de uma característica peculiar de um ancestral, originada a partir de um apelido.

Estes incluem nomes como Peixoto ("peixe pequeno", dado a um nobre que utilizava peixes para enganar seus inimigos durante uma citação[carece de fontes]), Peixe (o nadador, ou também pescador ou peixeiro[carece de fontes]), Veloso (lanoso, de lã, ou seja, peludo), Ramalho (cheio de galhos de árvores; espesso, ou seja, barba espessa [carece de fontes]), Barroso (coberto de barro, ou seja, espinhas[carece de fontes]), Lobo (ou seja, selvagem, feroz[carece de fontes]), Lobato (lobo pequeno, filhote de lobo), Raposo (raposa, ou seja, inteligente[carece de fontes]), Pinto (pintinho, ou seja gentil e bondoso[carece de fontes]), Tourinho (touro pequeno, ou seja, robusto, forte[carece de fontes]), Vergueiro (que se dobra, ou seja, fraco), Medrado (crescido, ou seja, alto), Tinoco (curto, pequeno), Porciúncula (pequena parte, um pedaço pequeno), Magro, Magriço (muito magro), Gago, Galhardo (galante, cavalheiro), Terrível, Penteado (apelido de uma linhagem da família alemã Werneck, cujos membros usavam perucas), Romero (de romeiro, peregrino, ou seja, alguém que fez uma viagem religiosa para Roma, Santiago de Compostela ou Jerusalém).

Ocupação e profissão
São poucos os sobrenomes portugueses que se originaram de profissões ou ocupações, como Serrador, Monteiro (caçador de montes ou guarda-madeira), Guerreiro, Caldeira (de caldeirão, por exemplo), Cubas (barris de madeira, ou seja, fabricantes de barris e tanoeiros), Carneiro (para um pastor), Peixe (para um pescador ou dono de peixaria).

Um erro comum é dizer que o sobrenome Ferreira significa ferreiro, uma vez que existem sobrenomes similares em muitas línguas com este significado (Smith em inglês, Schmidt em alemão, Bittar em árabe, etc.). Ferreira é o nome de um rio e de muitas aldeias e vilas de Portugal.

Sobrenomes de origem estrangeira
Alguns sobrenomes portugueses são provenientes de estrangeiros que vieram morar em Portugal ou no Brasil há muitos séculos atrás. Eles são tão antigos que, apesar de sua origem estrangeira conhecida, são uma parte integrante das culturas portuguesa e brasileira.

A maioria desses sobrenomes é espanhola, como Toledo (uma cidade da Espanha), Ávila ou Dávila (cidade da Espanha), Camargo, Castilhos, Vargas, Garcia, Torres e Padilha. Outros nomes "estrangeiros" comuns são Bettencourt ou Bittencourt (de Béthencourt, francês, família francesa radicada nos Açores e mais tarde também no Brasil), Goulart ( Van Govaert, flamengo, família flamenga, radicada nos Açores e mais tarde também no Brasil, tendo a grafia afrancesada para Goulart), Goulard ou Gullar (francês, significando originalmente glutão), da Rosa ( Van der Roos ou De Rouzé, flamengo, família flamenga descendente do colonizador flamengo Pieter Van der Roos que passou a ser Pedro da Rosa nos Açores e que se radicou nos Açores e mais tarde no Brasil, outro ramo provem do colonizador Guillaume De Rouzé nascido em Arras) da Silveira (Van der Haegen, flamengo, família flamenga que se radicou nos Açores e mais tarde no Brasil, proveniente do colonizador Willehm Van der Haegen, passando a ser Guilherme da Silveira nos Açores) Fontenele ou Fontenelle (francês, de fonte), Rubim (de Robin, francês), Alencastro, Lencastre (de Lancaster, inglês), Drummond (escocês), Werneck, Vernek ou Berneque (sul da Alemanha; nome da cidade bávara de Werneck), Bingre (do germânico Huebinger), Brandão (do germânico Brand), Wanderley (de van der Ley, flamengo), Dutra (de Ultra, um nome latino que significa "do além", adotado pela família flamenga Van Hurtere), Brum (de Bruyn, flamengo), Bulcão (de Bulcamp, flamengo), Dulmo (de van Olm, flamengo),[4] Espíndola (Spinolla, italiano, família radicada nos Açores e depois no Brasil) Acioli (italiano), Doria (italiano), Cavalcanti (italiano), Motta (italiano), Netto (italiano; não confundir com o sufixo "Neto", que é utilizado para distinguir neto e avô que possuem o mesmo nome), Peçanha ou Pessanha (italiano, família descendente do navegador genovês Emanuele Pessagno).

A questão dos sobrenomes judaico-portugueses
Costuma-se dizer que os judeus que viveram em Portugal até 1497, quando foram obrigados a escolher entre a conversão ou a expulsão, substituíram seus sobrenomes originais por nomes de árvores que não produzem frutos comestíveis, como Carvalho e Junqueira (cana-de-açúcar, bambu, junco). Outros dizem que os judeus normalmente escolhem nomes de árvores, tais como Pereira e Oliveira, e de animais, como Coelho e Carneiro. No entanto, tais versões não passam de mitos, pois todos esses sobrenomes já eram utilizados para designar cristãos desde meados da Idade Média.

Outro nome de família geralmente apontado como indicador de ascendência judaica é o Espírito Santo. A explicação é que os judeus adotariam como nome de família uma palavra (aparentemente) cristã por engano. Na verdade, eles estavam escolhendo a pessoa que mais incorporasse a Trindade, isto é, aquele que ofendeu sua fé judaica (secreta). Esta teoria não é totalmente fundamentada, uma vez que existem provas de que o culto ao Espírito Santo cresceu após 1496, especialmente entre cristãos-novos. Isso não exclui que o Espírito Santo também foi adotado pelos cristãos fiéis, seguindo a lógica de outros sobrenomes religiosos.

Os judeus portugueses que viveram em Portugal até 1497 tinham nomes próprios que poderiam distingui-los da população cristã. A maioria desses nomes são traduções em português dos antigos nomes semíticos (árabe, hebraico, aramaico) como Abenazo, Abencobra, Aboab, Abravanel, Albarrux, Azenha, Benafull, Benafaçom, Benazo, Caçez, Cachado, Çaçom/Saçom, Carraf, Carilho, Cide/Cid, Çoleima, Faquim, Faracho, Faravom, Fayham/Fayam, Focem, Çacam/Sacam, Famiz, Gadim, Gedelha, Labymda, Latam/Latão, Loquem, Lozora, Maalom, Maçon, Maconde, Mocatel, Molaão, Montam, Motaal, Rondim, Rosall, Samaia/Çamaya, Sanamel, Saraya, Tarraz, Tavy/Tovy, Toby, Varmar, Zaaboca, Zabocas, Zaquim, Zaquem, Zarco. Alguns nomes são toponímicos, como Catelaão/Catalão, Castelão/Castelhão (castelhano), Crescente (da Turquia), Medina, Romano, Romão, Romeiro, Tolledam/Toledano (de Toledo), Valencia e Vascos (Basco). Alguns eram patronímicos de nomes bíblicos, como Abraão, Lázaro, Barnabé, Benjamim, Gabriel, Muça (Moisés) e Natam (Natã). Alguns são nomes oriundos de profissões, como Caldeirão, Martelo, Peixeiro, Chaveirol (serralheiro) e Prateiro (ourives). Alguns são apelidos, como Calvo (careca), Dourado (ouro, como o alemão Goldfarb), Ruivo (cabeça vermelha), Crespo, Querido e Parente (parente da família). Poucos nomes não são diferentes dos antigos sobrenomes portugueses, como Camarinha, Castro, Crespim..[5]

Alguns estudiosos revelaram que os judeus naturalizados portugueses em geral escolheram patronímicos como novos sobrenomes, e, quando a conversão não foi obrigatória, eles costumavam escolher o sobrenome do padrinho.[5]

Apesar disso, a comunidade judaico-portuguesa que floresceu na Holanda e em Hamburgo, na Alemanha, após serem expulsos de Portugal, utilizaram sobrenomes que eram comuns entre os antigos cristãos portugueses, como Camargo, Costa, Fonseca, Dias e Pinto. Talvez a sua maioria tivesse pais ou avós que foram obrigados a se converter em Portugal, e após a emigração para a Holanda, eles receberam a fé judaica do país de braços abertos, mas continuaram utilizando os sobrenomes dos seus padrinhos.

Alguns dos mais famosos descendentes de judeus portugueses que viveram fora de Portugal são o filósofo Bento de Espinosa (Baruch Spinoza) e o economista clássico David Ricardo. Outros membros famosos da Sinagoga Portuguesa de Amsterdã deram nomes como Uriel da Costa (ou Uriel Acosta, Isaac Aboab da Fonseca,[João Francisco Diniz Junqueira], Isaac de Pinto e Menasseh ben Israel (cujo sobrenome original era Soeiro).

Os judeus de Belmonte (cripto-judeus da região de Belmonte, em Portugal) também têm sobrenomes que não podem ser utilizados para distingui-los das mais antigas famílias católicas portuguesas. Utilizar nomes de árvores e animais como sobrenome não era uma prática comum tanto entre os judeus portugueses convertidos como os não convertidos, nem antes e após a sua expulsão em 1497.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_e_sobrenomes_portugueses, consulta efectuada em 25.08.2017

Ghidini ou Guidini

Origem e Significado do sobrenome Ghidini ou Guidini
Fonte: site de outro ramo da familia ghidini  http://www.familiaghidini.com.br/paginas/guidini/historia.htm

Família Ghidini e Guidini

Origem e Significado

Resumo

Sobrenome difundido na Itália Setentrional pelos Lombardos antes, e em seguida pelos Francos, tornando-se comum entre os séculos XI e XII (1000 e 1100). Fonte Revista INSIEME.

(Os lombardos também autodenominados de Winnili (em latim, langobardi, "os de barba longa") eram um povo germânico, oriundo da Escandinávia, que invadiu o território outrora pertencente ao Império Romano. Em 568, adentraram a península itálica, chefiados pelo Rei Alboíno, derrotaram a pequena guarnição bizantina de Milão e conquistaram o norte da península até a Toscana, dando nome à região de Lombardia, estabelecendo como capital do novo Reino Lombardo, a cidade de Pavia. Porém, a expansão acabou por alcançar o extremo sul da península abrindo uma saída ao Mar Jônico, na atual região da Basilicata. O Reino Lombardo deixou de ser um organismo autonômo em 774, quando começam as invasões dos Francos, guiados por Carlos Magno. (Fonte Wikpédia).
O sobrenome familiar italiano Ghidini foi classificado como sendo um patronímico. Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do prénome do pai ou de algum antepassado.
A palavra Ghidini é a forma plural de Ghidino, este formado pela junção entre o nome próprio Ghido e o sufixo diminutivo - ino. A forma plurificada Ghidini surgiu para se identificar um clã familiar, em italiano a frase "Família dos Ghidinos" fica "Famiglia dei Ghidini", os que passaram a se utilizar do novo termo deram origem a este braço familiar.
Ghido foi uma forma variante (dialetal) de Guido, um nome próprio com base no latim Guidus, este vindo do germânico Wito, Wido forma encurtada de nomes como Widbald, Witupald, Widberht, etc, cujo elemento principal deriva de Widu ou Wido (bosque, floresta) ou de Wida (longínquo, distante), foi latinizado como Guidus e posteriormente assumiu a forma italiana de Guido e a derivada Ghido.

Guido: Significa Homem, Criança ou Guia da Floresta e indica uma pessoa que, ajudada pela intuição, investe seu tempo e sua energia em atividades que lhe dão um excelente retorno.

História

Os cognomes, apellidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na antigüidade, dizem os especialistas que o primeiro povo conhecido a se utilizar de sobrenomes foram os chineses. Entre as historias mais famosas distingue-se a do imperador Fushi que decretou o uso de sobrenomes (ou nomes de família) no ano 2850 a.C. 
Os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele, pela historia desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o inicio da expansão do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi uma forma de se identificar um grupo familiar em especifico, porem, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.
Na idade média (476-1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se tornou um elemento aglutinador que aproximou todos estes povos.

O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande variedade de nomes e palavras que paulatinamente foram sendo latinizadas, salienta-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.
O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores, principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro. Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão do outro, para tal finalidade foram criadas algumas formulas que auxiliavam em tal distinção. 
Na verdade, não foram estabelecidas normas baixadas pôr autoridades, mas sim o surgimento de um modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade. 
Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século VIII, ou seja após o ano 701 d.C. Na Inglaterra por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no inicio do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.

No ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.

Sobrenome Ghidini

Sobrenome difundido na Itália Setentrional pelos Lombardos antes, e em seguida pelos Francos, tornando-se comum entre os séculos XI e XII (1000 e 1100). Fonte Revista INSIEME.

(Os lombardos também autodenominados de Winnili (em latim, langobardi, "os de barba longa") eram um povo germânico, oriundo da Escandinávia, que invadiu o território outrora pertencente ao Império Romano. Em 568, adentraram a península itálica, chefiados pelo Rei Alboíno, derrotaram a pequena guarnição bizantina de Milão e conquistaram o norte da península até a Toscana, dando nome à região de Lombardia, estabelecendo como capital do novo Reino Lombardo, a cidade de Pavia. Porém, a expansão acabou por alcançar o extremo sul da península abrindo uma saída ao Mar Jônico, na atual região da Basilicata. O Reino Lombardo deixou de ser um organismo autonômo em 774, quando começam as invasões dos Francos, guiados por Carlos Magno. Fonte Wikpédia).
O sobrenome familiar italiano Ghidini foi classificado como sendo um patronímico, entende-se pôr patronímico (do grego patronymykós), relativo a (ou que indica), o nome dos pais. Vem de "Patronymykós", composto de "Pater", pai + "onima", nome (Nome do pai). Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do prénome do pai ou de algum antepassado. Foi muito grande a generalização do uso de patronímicos como nome de família (sobrenome). 
Esta idéia de se referir ao pai para identificar o filho foi muito difundida e utilizada por diversos povos de varias formas, entre os italianos não poderia ser diferente, pelos levantamentos executados calcula-se que aproximadamente 37% dos sobrenomes italianos sejam classificados em patronímicos ou matronímicos. Diz-se também que são antroponímicos porque todos derivam de um nome próprio ou antropônimo.
Os patronímicos representam a grande maioria deste grupo, isto é, se originaram do nome do paterfamilia ou seja, do patriarca medieval, na verdade, o sobrenome só se fixou a partir da segunda geração, os filhos do patriarca eram designados com a expressão latina Filius Quondam ou simplesmente como Filius.
A palavra Ghidini, forma plural de Ghidino, este formado pela junção entre o nome próprio Ghido e o sufixo diminutivo - ino.
A forma plurificada Ghidini surgiu para se identificar um clã familiar, em italiano a frase "Família dos Ghidinos" fica "Famiglia dei Ghidini", os que passaram a se utilizar do novo termo deram origem a este braço familiar.
Ghido foi uma forma variante (dialetal) de Guido, um nome próprio com base no latim Guidus, este vindo do germânico Wito, Wido forma encurtada de nomes como Widbald, Witupald, Widberht, etc, cujo elemento principal deriva de Widu (bosque, floresta) ou de Wida (longínquo, distante), foi latinizado como Guidus e posteriormente assumiu a forma italiana de Guido e a derivada Ghido.

Em resumo, entre os séculos VIII e XV, pois foi neste período que 90% dos sobrenomes se formaram, alguém, cujo nome tenha sido Ghido mas que porem fosse conhecido através da alcunha de Ghidino, teria repassado o termo a seus descendentes como forma de os identificar como membros desta família, o repasse do termo de geração em geração acabou por transforma-lo em um sobrenome familiar.

Fonte: sites.google.com/site/ghidinisecondo/origem-e-significado, consulta efectuada em 25.08.2017

Qual é a origem dos sobrenomes?

Eles foram criados para diferenciar os nomes repetidos – fato comum desde as culturas mais antigas. Os primeiros sobrenomes de que se tem notícia são os patronímicos – nomes que fazem referência ao pai: Simão Filho de Jonas, por exemplo. Esse gênero difundiu-se bastante na língua inglesa, em que há uma grande quantidade de sobrenomes que terminam em son (filho) – como Stevenson, ou “filho de Steven”. Como esse método era limitado, alguns sobrenomes começaram a identificar também o local de nascimento: Heron de Alexandria. Eles se tornaram hereditários à medida que a posse das terras passou a ser transmitida de geração em geração. Por isso mesmo, nobreza e clero foram os primeiros segmentos da sociedade a ter sobrenome, enquanto as classes baixas eram chamadas apenas pelo primeiro nome.

O último nome, identificando a família, era inclusive usado como “documento” na hora da compra e venda da terra, um luxo reservado apenas aos mais favorecidos. “Existem documentos de 1161 em que as pessoas citadas já tinham sobrenomes”, diz a historiadora Rosemeire Monteiro, da Universidade Federal do Ceará. O costume se ampliou com a inclusão de características físicas e geográficas ou de nomes de profissões. Assim, o nome Rocha significa que o patriarca dessa família provavelmente vivia numa região rochosa. Silveira, por exemplo, vem do latim silvester (de floresta), que também deu origem ao popular Silva. O registro sistemático dos nomes de família, independente de classe social, começou no século XVI, por decreto da Igreja Católica, no Concílio de Trento (1563).

fonte: mundo estranho
Publicado em julho 4, 2010 por lucasrocksp

Fonte: lucasrocksp.wordpress.com/2010/07/04/qual-e-a-origem-dos-sobrenomes/, consulta efectuada em 25.08.2017

A origem do sobrenome

Dedicado a Leonor Rizzi (que não é Rattes, mas bem que poderia ser...)
Rates, Rattes, Ratti, Ratz. Portugal, Itália, Alemanha? Afinal, qual a origem desse sobrenome?

Estudar a origem dos sobrenomes é como o estudar fósseis que nos levam ao conhecimento do nosso passado. Saber a origem e o significado dos sobrenomes satisfaz uma curiosidade e abre uma janela de possibilidades como conhecer algo sobre a procedência de algumas características familiares; sejam elas físicas e genéticas ou traços culturais advindos das etnias, grupos lingüísticos, eventos, modos de vida, gastronomia, ocupações e ofícios e regiões que habitavam nossos ancestrais mais remotos e que podem chegar, de alguma maneira, até as gerações mais recentes.

Os nomes pessoais primitivos surgem, indubitavelmente, pouco depois da invenção do idioma falado, nas idades não registradas que precedem a história moderna. Durante milhares de anos, os nomes eram as únicas designações que homens e mulheres utilizaram, quando o mundo era menos populoso que hoje e cada homem conhecia seu vizinho; uma indicação de endereço era suficiente para encontrar ou localizar uma pessoa. Com a invenção da escrita e um aumento maior da população mundial, isto foi ficando cada vez mais complexo, fazendo-se necessária uma mudança. Com o passar dos séculos, foram se formando as distintas línguas e assim nasceu um novo problema: a designação das pessoas.

Os nomes remontam às necessidades humanas ancestrais de identificar indivíduos, funcionavam mais como apelido. Normalmente foram atribuídos por suas características físicas ou pelos desejos idealizados por seus ancestrais. Muitas razões são apontadas para o uso de nomes e sobrenomes, das mais práticas como simplesmente chamar ou apelidar alguém, contar histórias sobre um indivíduo ou até questões de identidade cultural, proteção da descendência, heranças familiares como uma forma de certificar-se sobre a origem desse indivíduo.

Os etruscos já empregavam uma fórmula de pré-nomes, nomes e cognomes muito semelhante às atuais e depois influenciando os romanos espalhou-se pelos quatro cantos do mundo. O pré-nome tinha o mesmo significado atual do nome (de batismo p.ex.), o nome deu origem ao sobrenome ou nome de família e os cognomes eram uma espécie de apelido identificador ou título daquele indivíduo.

Os nomes de família (sobrenomes, nomes de família, surnames, lastnames, cognomi, apellidos, prénoms, familiennames, nachnames) surgiram da necessidade de identificação das pessoas especialmente durante a Idade Média. Até então, a alta nobreza, por razões de sucessão e heranças, utilizavam alguma forma de identificação de filiação. Imitando os costumes de pessoas proeminentes ou para diferenciação das famílias ou ainda para aspectos práticos de censos populacionais, os homens mais comuns passaram a utilizar como sobrenomes as designações de seus ofícios ou habilidades, de seus lugares de origem (toponímicos), de suas condições sócio-econômicas, de plantas ou animais ou, ainda, referentes aos nomes próprios devido à filiação, vassalagem, exércitos, tribos ou clãs de origem (Homeonímicos).

Os romanos foram os primeiros a observar que com a elevação da sua civilização, surgia a necessidade de designações específicas para reclamar seus direitos a heranças e classes. Assim, inventaram um sistema complexo, em que cada patrício recebia vários nomes. Nenhum deles, no entanto, correspondeu exatamente aos sobrenomes como nós os conhecemos hoje em dia, para "o nome do clã", ainda que hereditário. Também os escravos e outras pessoas relacionadas receberam nomes. Os exemplos são os Cláudios, a casa dos Tibérios e os Julianos. A lei estabelecia que quando um escravo era emancipado tomava os dois primeiros nomes de quem o liberava e os antepunha ao seu; quando era uma pessoa adotada, os nomes do adotante eram postos em seguida, de maneira a se distinguir os libertos das pessoas livres. Os romanos utilizavam primeiro o NOMEN, equivalente ao nome ou características físicas descritivas, de índole tradicional. Em seguida, no meio, ia o COGNOMEN, que constituía o sobrenome ou linhagem da família. Finalmente, figurava o AGNOMEN, que era descritivo de alguma qualidade, ofício, caráter pessoal ou defeito da pessoa. Às vezes, se antepunha um PRAENOMEN antes do NOMEN para acrescentar alguma qualidade especial ou mérito notório. Um exemplo do sistema romano de identificação pessoal é o de CAIO JÚLIO CÉSAR, cujo nome romano completo era: GAIUS LULIUS CAESAR. GAIUS era o NOMEN, que indicava "bonito", "belo", "charmoso". LULIUS era o COGNOMEN, que indicava que provinha da linhagem ou família (Julia). Finalmente, CAESAR significava "de cabelos longos" em latim, o que podia descrever uma característica física ao nascer, ou talvez alguma qualidade tradicional, visto que Júlio César era calvo na idade adulta. Este sistema foi aplicado por lei em todo o Império Romano, incluindo a Hispânia, que compreendia a Península Ibérica. Podemos apreciar a complexidade do resultado de um sobrenome quando o mesmo foi nome na época romana, pois a origem do liberto ou do adotado podia ser muito variada, tendo em conta que o Império Romano dominava e escravizava quase tudo que era conhecido naquele momento como mundo civilizado.

Este sistema demonstrou ser uma inovação temporal e complexa; ao ser derrubado o Império Ocidental pelos invasores bárbaros, houve uma reversão ao costume primitivo de utilizar um só nome. Apenas gradualmente, com o passar dos séculos e a complexidade crescente da sociedade civilizada, fez-se necessárias designações mais específicas. Enquanto se pode remontar às raízes de nosso sistema de nomes familiares aos precoces tempos civilizados, vemos que os apelidos hereditários, como os conhecemos hoje, surgem aproximadamente a partir do ano 900DC.

Desta época em diante era agregado ao nome de batismo outro nome, o qual hoje em dia conhecemos como sobrenome. Um sobrenome, então, é um nome agregado a outro batismal. Estas designações são de vários tipos e se classificam segundo a origem.

No ocidente europeu foi a partir dos séculos XV e XVI que os nomes de identificação tornam-se de fato sobrenomes de família e passam a ser sistematicamente registrados, normalmente nas igrejas de batismo. Pesquisar a árvore genealógica até essas épocas é uma possibilidade real ainda que apresentem dificuldades para se encontrar documentação comprobatória. Para épocas anteriores as dificuldades se multiplicam.

Em 1564 o Concilio di Trento ordenou que as paróquias registrassem cada indivíduo com seu próprio nome e o respectivo sobrenome. Desde então cada um de nossos ancestrais vem transmitindo o nome de família a seus descendentes, definindo e registrando os graus de parentescos.

A classificação de sobrenomes é uma disciplina interdisciplinar com ênfase na lingüística. Permite perscrutar, com mais ou menos certeza, sobre uma possível origem ancestral similar ao estudo dos fósseis na antropologia e arqueologia. As classificações são muitas. Resume-se aqui uma das possibilidades:

PATRONÍMICOS: Refere-se a um nome próprio, geralmente do patriarca (capostípite) da família (grupo, tribo clã), em geral referenciado como o filho de... Pode designar um clã familiar. (De Giovanni, Di Giacomo, Henriques, MacBeth, De Marco, Henriques, Marchi, Perez - filho de Pero ou Pedro, Hissnauer - família Hiss, Gallucci);

MATRONÍMICOS: Semelhante ao anterior porém referindo-se ao nome da mãe (Di Grazia);

HOMEONÍMICOS: Designa origem em uma mesma tribo, clã, núcleo humano definido por uma identidade. Pode ser compreendido como uma subclassificação de Toponímicos ou Patronímicos. Entretanto fornece maior precisão pois esse grupo humano poderá ter vivido em diversas regiões e não ter uma única liderança ou patriarca ainda que possam ter uma origem em um lugar ou em uma liderança distanciam-se desse início e, mesmo assim mantém um forte laço de identidade. Ex. Gallucci, Hissnauer - dos Hesseanos [Veja argumentos em: Sobre a origem dos sobrenomes].

TOPONÍMICOS (habitacionais ou étnicos) – Do lugar ou povo de origem. (Oliveira, Ferreira, Barcelos, Palermo, Corleone, di Napoli, Calabresi, Franco, Germano, Morano, Santiago).

ANTROPOMÓRFICOS – Referem-se às características físicas, como estatura, cor de pele ou cabelo ou sinais marcantes etc. (Rosso/Rossi, Moreno, Bianco/Bianchi/Blanco, Penteado, Morano), ou ainda qualidades morais ou comportamentais (Ratto/Ratti, Vero, Gentile, Guerra, Bento);

TEÓFOROS: Fórmula votiva ou religiosa (Laudadio, Dioguardi, Amodeo, Bárbara, Santiago, Bento). De muitas maneiras surgiram os nomes vocativos às divindades, como forma de prestar honra às mesmas, afirmar ou disfarçar a adoção de um credo. Outra possibilidade é a adoção desses nomes em crianças órfãs ou abandonadas e recolhidas por conventos e instituições similares, também era comum nesses casos receberem nomes invocativos de santos do dia e dias da semana (Francisco, Santiago).

TOTÊMICOS. Difere dos Teóforos por estarem associados à uma identidade de núcleo humano, tribo ou clã. Tem um sentido de proteção divina ao grupo e não a um indivíduo.

MAESTRIA, OFÍCIO ou PROFISSÃO: Referente diretamente à profissão ou aos seus instrumentos de trabalho. (Machado, Wagner, Cartolano);

QUALIDADES METAFÓRICAS: Referem-se às qualidades de qualquer natureza sem explicitá-las, mencionando-as de modo metafórico (De Marco, Marchi, Marques - além do significado patronímico, podem ser referentes em sua origem a um marco de território, fronteiras ou ao deus da guerra, Marte).

CRONOLOGIA: Indica a seqüência de nascimento como Primus, Primitius: o primeiro nascido; Tertius: o terceiro; Ottavo: oitavo.

HOMENAGEM: Rende uma homenagem a alguém ou lugar ou a outros interesses, como os religiosos (Santiago).

CIRCUNSTÂNCIAS: Define o nascimento em alguma circunstância que merece algum destaque. Exemplo: Entre os romanos Lucius que nasceu à luz do dia ou ao romper da manhã; Dominicus ou Domingos por nascer em um domingo. Nascimento ou Natalia podem ser pessoas nascidas no (ou próximas) do ano novo ou no dia do Natal; ou ainda Januário e o italiano Gennaro: nascidos em janeiro.

ONOMÂNICOS: Para os nomes atribuídos a alguém com a finalidade de transmitir determinada qualidade.

HÍBRIDO: Inclui duas ou mais possibilidades de classificação dos nomes familiares. Pode ser grafado Teo-Comportamental, p.exemplo.

INOVADO ou INVENTADO ou ADOTADO: Pode ser produzido por diversas razões como a falta de compreensão de nomes anteriores, grafias equivocadas, apelidos recentes que tornam sobrenomes incorporados, grafias equivocadas de lembrança de sobrenomes ancestrais que não aparecem nos pais ou avós imediatos (Gobet - Gobete; Hissnauer - Missnauer). Adoção de um nome sugerido como nome composto que torna-se sobrenome nas gerações futuras, modismos e tantos outros motivos.

Diante dessas considerações, colhidas em AMODEO, W. – AMODEO: Estudo de um ramo familiar (Título anterior: Família Bento Amodeo: Origens, lendas, histórias e genealogia. Internet: www.amodeo.bravehost.com e www.genealogia.amodeoweb.com. Versão 07/2007. [atualizada de 07/2004]. Visitado em: 19/03/2008. Brasil) e LIBRANDI, Liliana (Origen y surgimiento de los apellidos), fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome RATES (ou RATTES): se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti, no plural), que em italiano significa “rato”, designando agilidade e rapidez. Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Parece certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história.
Postado por Roberto Quaranta às 22:03  
9 comentários:

 leonor rizzi disse...
Roberto.
Gratidão hoje e sempre. Somos filhos da Criação portanto, em algum nível e sem sombra de dúvidas poderemos nos considerar irmãos. Paz, Luz, Amor Incondicional e Harmonia a todos. Universo em Harmonia nos responda: Quem era nosso irmão Manoel Antonio Rates, da Cachoeira de Rates, que viveu no Brasil Colônia, na Latitude: S. 21 27'40" Longitude W.45 13' 30", nos idos anos de 1770.

20 de mar de 2008 08:39:00
 Projeto Partilha disse...
Para quem está em outra região, e muito distante geograficamente um recado. Leiam, para que não haja confusão na localização, já que vários nomes aparecem com a mesma denominação em diferentes espaços. Aqui, ainda maior chance de induzir a erros: a presença do Cavalo Mangalarga. Sob o Título, A VOLTA DOS CRIMINOSOS, texto de Ricardo L. Casiuch e Maria Petronilha F. Junqueira. Está disponível em www.pedigreedaraça.com.br/a_volta_dos_criminosos.doc?

22 de mar de 2008 11:30:00
 Projeto Partilha disse...
"Andreguisse" termo utilizado no testamento de dona Thereza Maria da Conceição, filha de dona Maria de Moraes Ribeiro, refere-se a "Andrequiçé-MG". Continuamos, no entanto, a utilizar o primeiro termo simultaneamente, para fins de estudo, sempre que ligado ao personagem Pedro Rates Henequim.

26 de mar de 2008 23:37:00
 Amodeo disse...
Nem sempre fere-se direitos autorais ao se utilizar textos prontos da internet, mas, especialmente quando solicitado, é sempre sinal de civilidade dar os créditos indicados

11 de abr de 2008 22:21:00
 Amodeo disse...
Desculpe-me esqueci de acrescentar um OBRIGADO pela indicação. Que possa sempre fazer boas pesquisas na web e felicitações à Família Rattes

11 de abr de 2008 22:24:00
 Khettellryn disse...
oiee..meu nome é Khetty Rattes....e foi muito bom saber a origem do meu nome!!

27 de mar de 2011 05:27:00
 Irene agrados e mimos disse...
Oi meu nome é Irene Rates e meu pai Pedro Rates Corrêa, fiquei feliz de encontrar referências sobre meu sobrenome, pois não é um sobrenome muito comum. Obrigada.

9 de jul de 2013 16:28:00
 sarah rates disse...
oooi meu nome é Sarah Rates, obrigada por ter explicado direitinho, agora sei de onde vem meu sobrenome rsrs' vlw (=

14 de fev de 2014 20:19:00
 Gabi Rattes disse...
Obrigada pela matéria... Meu nome é Gabriella da Silva Rattes.

22 de fev de 2014 18:15:00

Fonte: familiarattes.blogspot.pt/2008/03/origem-do-sobrenome.html, consulta efectuada em 25.08.2017

Origem e significado De Paris (Deparis)

O sobrenome familiar italiano De Paris pode ser classificado de duas maneiras:
- pode se tratar de um toponímico, ou seja de origem geográfica ou;
- ser um patronímico, ou seja, baseado em um nome próprio.

Primeira Hipótese

A primeira hipótese o classifica como sendo um toponímico, palavra derivada do grego, composto de "tópos" (lugar) + "nomos", nome: designação de sobrenomes derivados de lugares ou acidentes geográficos.

Nestes casos, topônimos nada tem a ver, diretamente, com apelidos da família mas, sim com o estudo da origem dos nomes de acidentes geográficos que, pôr sua vez foram adotados como sobrenome em muitas famílias.

Os romanos chamavam os Celtas de "Parissi", este povo teria fundado e emprestado seu nome a cidade francesa de "Paris", nesta hipótese, alguém que fosse oriundo de tal localidade pode ter sido identificado em algo como "Fulano, De Paris", este teria transmitido o termo a seus descendentes e iniciando assim o uso do mesmo como um sobrenome familiar.

Segunda Hipótese

A segunda hipótese o classifica como sendo um patronímico, entende-se pôr patronímico (do grego patronymykós), relativo a (ou que indica), o nome dos pais. Vem de "Patronymykós", composto de "Pater", pai + "onima", nome (Nome do pai).

Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do pré nome do pai ou de algum antepassado. Foi muito grande a generalização do uso de patronímicos como nome de família (sobrenome).

Esta idéia de se referir ao pai para identificar o filho foi muito difundida e utilizada por diversos povos de varias formas, pelos levantamento executados calcula-se que aproximadamente 37% dos sobrenomes sejam classificados em patronímicos ou matronímicos. Diz-se também que são antroponímicos porque todos derivam de um nome próprio ou antropônimo.

Esta hipótese baseia-se no fato de que o termo "Paris" foi um nome próprio de origem grega (o significado deste nome perdeu-se no tempo), nome de um guerreiro que desencadeou a guerra entre gregos e troianos quando efetuou o lendário rapto de "Helena de Tróia".

Desta forma, entre os séculos VIII e XV, pois foi neste período que 90% dos sobrenomes se formaram, alguém cujo nome fora Paris ou cuja origem tenha sido tal localidade, teve um filho o qual foi então conhecido como "Fulano Filius De Paris" ou seja "Fulano filho do Sr. Paris", o filho deste, ou melhor, neto do patriarca original simplesmente se utilizou do termo após o primeiro nome como forma de se identificar como descendentes daquele Sr., sendo conhecido então como "Sicrano De Paris", o repasse do termo de geração em geração acabou por transformá-lo em um sobrenome familiar.

Não é impossível que, ambas as origens tenha gerado diferentes ramos familiares que se utilizaram do mesmo termo como sobrenome para suas famílias.

Embora, em muitos casos, os italianos se utilizem de formas juntas postas, o termo Deparis não foi registrado em terras italianas, acreditamos então que, ou se trata de uma variação muito rara ou de erro ortográfico ocorrido durante processo de imigração desta família para o Brasil.

Fonte: Aleci De Paris

Fonte: http://afamiliadeparis.blogspot.pt/2016/02/origem-e-significado-de-paris-deparis.html, consulta efectuada em 25.08.217

Origem do Sobrenome

História

Os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na antigüidade, dizem os especialistas que o primeiro povo conhecido a utilizar  sobrenomes foram os chineses.

Entre as historias mais  famosas distingue-se a do imperador Fushi que decretou o uso de sobrenomes (ou nomes de família) no ano 2850 a.C.

Os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele, pela historia desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o inicio da expansão do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi uma forma de se identificar um grupo familiar em especifico, porem, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.

Na idade média (476-1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. 
O cristianismo se tornou um elemento aglutinador que aproximou todos estes povos.

O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande variedade de nomes e palavras que paulatinamente foram sendo latinizadas, salienta-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.

O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores, principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro.

Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão do outro, para tal finalidade foram criadas  algumas formulasque auxiliavam em tal distinção.

Na verdade, não foram estabelecidas normas baixadas pôr autoridades, mas  sim o surgimento de um modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.

Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século VIII, ou seja após o ano 701 d.C.

Na Inglaterra por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no inicio do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.

No ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.

Origem e significado sobrenome Tolfo

O sobrenome familiar italiano Tolfo foi classificado como sendo um patronímico, entende-se pôr patronímico (do grego patronymykós), relativo a (ou que indica), o nome dos pais. Vem de "Patronymykós", composto de "Pater", pai + "onima", nome (Nome do pai).

Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do prenome do pai ou de algum antepassado. Foi muito grande a generalização do uso de patronímicos como nome de família (sobrenome).

Esta idéia de se referir ao pai para identificar o filho foi muito difundida e utilizada por diversos povos de varias formas, entre os italianos não poderia ser diferente, pelos levantamentos executados calcula-se que aproximadamente 37% dos sobrenomes italianos sejam  classificados em patronímicos oumatronimicos.  Diz-se também que são antroponímicos porque todos derivam de um nome próprio ou antropônimo.

Os patronímicos representam a  grande maioria deste grupo, isto é, se originaram do nome do paterfamilia ou seja, do patriarca medieval, na verdade, o sobrenome só se fixou a partir da segunda geração, os filhos do patriarca eram designados com a expressão latina Filius Quondam ou simplesmente como Filius.

O termo Tolfo foi uma redução para o nome próprio Cristolfo cuja origem está no nome grego de cunho cristão Chistophoros, formado de Christos (Cristo) e phóros (portador, carregador, que leva consigo), o significado do nome então seria “Aquele que carrega cristo consigo”, São Cristovão (martir em 250) atravessou um rio com o menino Jesus ao ombro.

O uso deste termo teve início como um sobrenome familiar quando se entrou em uso a expressão "Filius Quondam" ou seja "Filho do Senhor" fulano, neste caso, filho do Sr. Cristolfo, que porem era conhecido em sua localidade pela redução Tolfo, assim sendo um de seus filhos ficou conhecido como "Fulano filho deTolfo" ou simplesmente como "Fulano do Tolfo", com o passar do tempo simplesmente como "Fulano Tolfo", tal designação foi transmitida de pai para filho e, dai em diante, passou a identificar todos os membros integrantes desta família e descendentes daquele Sr.

Fonte de Pesquisa: http://www.sobrenomes.kit.net 

Fonte: https://sites.google.com/site/familiatolfo/home/origem-do-sobrenome, consulta efectuada em 25.08.2017

Como os sobrenomes surgiram

Conhecer a origem dos sobrenomes poderá indicar de onde certa família descende, no que trabalhavam ou conhecer algumas características dos ancestrais dessa família.

Os primeiros a adquirirem sobrenomes foram os chineses. Algumas lendas sugerem que o Império Fushi decretou o uso de sobrenomes, ou nomes de famílias, por volta de 2852 a.C. Os chineses tinham normalmente 3 nomes: o sobrenome, que vinha primeiro e era uma das 438 palavras do sagrado poema chinês "Po-Chia-Hsing". O nome de família vinha em seguida, tirado de um poema de 30 personagens adotados por cada família. O nome próprio vinha então por último.

Na Antiga Roma tinham apenas um nome próprio. No entanto mais tarde passaram a usar três nomes. O nome próprio ficava em primeiro e se chamava "praenomen". Depois vinha o "nomem", que designava o clã. O último nome designava a família e é conhecido como "cognomen". Alguns romanos acrescentavam um quarto nome, o "agonomen", para comemorar atos ilustres ou eventos memoráveis. Quando o Império Romano começou a decair, os nomes de família se confundiram e parece que os nomes sozinhos se tornaram costume mais uma vez.

Fonte: chfjardim.blogspot.pt/p/como-os-sobrenomes-surgiram.html, consulta efectuada em 25.08.2017

A origem dos sobrenomes

Conhecer a origem dos sobrenomes poderá indicar de onde certa família descende, no que trabalhavam ou conhecer algumas características dos ancestrais dessa família.

Os primeiros a adquirirem sobrenomes foram os chineses. Algumas lendas sugerem que o Império Fushi decretou o uso de sobrenomes, ou nomes de famílias, por volta de 2852 a.C. Os chineses tinham normalmente 3 nomes: o sobrenome, que vinha primeiro e era uma das 438 palavras do sagrado poema chinês "Po-Chia-Hsing". O nome de família vinha em seguida, tirado de um poema de 30 personagens adotados por cada família. O nome próprio vinha então por último.

Na Antiga Roma tinham apenas um nome próprio. No entanto mais tarde passaram a usar três nomes. O nome próprio ficava em primeiro e se chamava "praenomen". Depois vinha o "nomem", que designava o clã. O último nome designava a família e é conhecido como "cognomen". Alguns romanos acrescentavam um quarto nome, o "agonomen", para comemorar atos ilustres ou eventos memoráveis. Quando o Império Romano começou a decair, os nomes de família se confundiram e parece que os nomes sozinhos se tornaram costume mais uma vez.

Formação e evolução dos sobrenomes em Portugal e no Império Português

Desde a Idade Média e até ao século XVIII, em algumas zonas rurais portuguesas as pessoas eram conhecidas pelo nome próprio, ao qual era acrescentado o patronímico, para os rapazes, e omatronímico, para as raparigas. Em casos mais raros, podiam os rapazes ser conhecidos pelo matronímico, por exemplo, se não tivessem pai, ou as raparigas pelo patronímico, no caso, por exemplo, de o pai ser de uma família mais distinta do que a da mãe. A partir do fim da Idade Média, numa lenta transição das urbes para o campo, e do litoral para o interior, os patronímicos tendem a fixar-se, transmitindo-se sempre o mesmo, já como sobrenome de uma dada família que o usa em comum.

Nos documentos oficiais em Portugal, por exemplo, na chancelaria régia portuguesa, os registos mencionam sempre o nome da pessoa, seguido do nome do pai dela, de forma a impedir confusões entre homónimos.

A necessidade de adicionar outro nome para distinguir as pessoas de mesmo nome veio a partir de certa altura a ganhar popularidade. Então elas passaram a adicionar ao nome que declaravam, ou que assinavam, o apelido (sinónimo em português de alcunha) por que os outros as distinguiam, ou então a sua terra de origem, por exemplo. Assim, o João Anes, filho do ferreiro, se diria João Anes Ferreiro, podendo passar essa alcunha/apelido aos seus descendentes. O filho de João Anes, de Guimarães, que passasse a residir em Barcelos, dir-se-ia João Anes de Guimarães. Este processo é paralelo e análogo ao da nobreza, que em muitos conhecidos se assina pelo nome das terras de senhorio da respectiva família (João Anes de Sousa, ou seja: João, filho de João, senhor ou dono das Terras de Sousa), ou Afonso Vaz Correia (Afonso, filho de Vasco, da linhagem tornada conhecida pelo epíteto/alcunha/apelido Correia).

Assim há dois tipos básicos de sobrenomes, os que eram dados, ou chamados pelos de fora a alguém, para o distinguir (apelido, o mesmo que alcunha), e aqueles que são escolhidos pelo próprio para se afirmar, ou distinguir perante os outros (toponímicos).

No século XI, época da Revolução Urbana na Europa, com a explosão da população nas até então pequenas cidades medievais, pouco mais do que aldeias, o uso de um segundo nome se tornou tão comum nessas urbes subitamente crescidas, e onde as pessoas passaram a ter mais dificuldade em conhecerem-se todas, que em alguns lugares era mal considerado não se ter um sobrenome. Mas mesmo tendo sido este fenómeno o começo para todos os sobrenomes que existem atualmente, grande parte dos nomes usado nas Idades Média e Moderna não tem a ver com a família, isto é, nenhum era obrigatoriamente hereditário, até à implantação do registo civil com força de lei em Portugal, no ano de 1911. Note-se que até ao século XVII nem sequer a Família Real dispunha de sobrenome, sendo apenas os seus membros tratados pelos seus nomes próprios e seus respectivos títulos distintivos.

Até 1911, com efeito, a adopção dos sobrenomes era liberal, isto é, as pessoas eram apenas batizadas com o nome próprio, e escolhiam livremente mudar esse nome próprio ao entrar na adolescência, época em que recebiam o sacramento do Crisma, considerado um novo batismo, e que permitia, e permite, mudar o nome próprio, ou acrescentar-lhe outro. Até 1911, pois, por conselho da família ou vontade própria, o crismado escolhia qual ou quais os sobrenomes de família que iria assinar como adulto. Esses registos eram exclusivamente os da Igreja Católica, que serviam oficialmente quando preciso na vida civil.

No século XIV é adotada em Portugal a língua portuguesa para os registos oficiais, abandonando-se o latim bárbaro até então utilizado para esse efeito. Isto paralelamente a outras nações europeias, onde pelos anos de 1370 já se encontra a palavra "sobrenome" em documentos, nas respectivas línguas locais. Mas sobrenome significando ainda e apenas, então, um segundo nome mais distintivo, livremente atribuído ou escolhido, não necessariamente transmissível. Ou seja, não o sobrenome no sentido contemporâneo do termo.

À medida que os governantes passaram a usar cada vez mais documentos escritos e a deixar registrados seus atos legais, foi-se tornando mais importante identificar com exatidão as gentes. Em algumas comunidades nos centros urbanos, os nomes próprios eram insuficientes para distinguir as pessoas. No campo, com o direito de sucessão hereditária de terras, era preciso algo que indicasse vínculo com o dono da terra, para que os filhos ou parentes pudessem adquirir a herança, já que qualquer pessoa com o mesmo nome poderia tentar se passar por filho. Acredita-se que na Europa, só depois de terminado o século XIX, a maior parte das pessoas de qualquer nível social tinha um sobrenome, ou sobrenomes, hereditários, fixos nalguns casos. Fora da cultura lusófona, este sobrenome tendia a ser patrilinear, único, e identificava a família como primado de identidade masculina, provendo assim uma ligação com o passado, e preservando sua identidade no futuro.

No mundo fora da Lusofonia não é surpresa o fato de que antigamente a prioridade das famílias mais importantes fosse ter filhos homens, para manter o nome, afinal, os filhos homens eram quem passava o sobrenome para as novas gerações, e por essa razão era desgostoso para uma família não ter nenhum descendente masculino. Já em Portugal vigorava o conceito de casa, tanto entre a nobreza quanto entre o povo, constituído pela noção de património familiar comum partilhado, no qual, na ausência de varões, sucediam as mulheres como senhoras da casa, que em muitos casos transmitiram, e transmitem ainda, esse sobrenome da casa à sua descendência. É o chamado sistema misto. Este costume português explica porque é que atualmente são raríssimas, se é que ainda existem, as famílias portuguesas, ou de origem portuguesa, que mantenham a varonia do sobrenome, ou sobrenomes usados na atualidade. Ao contrário da França, por exemplo, aonde se sabe que as famílias se consideram extintas na falta de homens que lhes transmitam o nome, em Portugal elas sobreviveram, bem como o uso dos sobrenomes antigos, através da transmissão por via feminina.

Além disto, convém ainda ter em conta que durante a profunda vivência religiosa dos tempos antigos, a noção de parentesco e de família, mais do que carnal, era considerada espiritual, pelo que as pessoas com larga vivência comum numa mesma casa, aonde a família se considerava constituída por amos, parentes, filhos, criados, e até os escravos, todos podiam ser conhecidos pelo sobrenome principal da casa, mesmo os escravos baptizados, que recebiam no baptismo os nomes e sobrenomes dos seus senhores. E o parentesco espiritual era tão forte que, por exemplo, padrinhos eram considerados como pais dos seus afilhados, impedidos de casar, por exemplo, etc. Assim, muitas vezes os afilhados, sobretudo quando herdavam dos padrinhos, tomavam os seus sobrenomes, especialmente se estes fossem seus parentes, mesmo que remotos, sem outra razão para tal que não fosse manter um mesmo sobrenome ligado aos mesmos bens transmitidos. Este aspecto esteve mesmo muitas vezes consignado nas escrituras de instituição de vínculos temporais, em que os instituidores obrigavam todos os sucessores a usarem o sobrenome ligado aos bens, o que explica o costume formado em Portugal de utilização oficial de cada vez mais sobrenomes, de maneira a não poder perder esses bens que tinham essa cláusula.

Formação e adoção dos sobrenomes noutros países europeus

Noutros países, o processo foi muito distinto. Parece que o uso moderno dos nomes hereditários é uma prática que se originou na aristocracia comercial veneziana durante as Cruzadas, na Itália, por volta do século X ou XI. Muitos desses nomes italianos usados eram, porém, não os de uma família de sangue, mas sim de uma família corporativa, ou seja, um nome comum para todos os membros de um sindicato comercial, e respectivos familiares, unidos pelo negócio, e não pela biologia. Outros viajantes, voltando da Terra Santa e passando pelos portos da Itália, tomaram nota deste costume e o espalharam muito lenta e gradualmente pelo resto da Europa Ocidental, nas zonas litorâneas urbanas por onde passava a navegação de cabotagem. Por exemplo, no começo dos séculos XV eXVI os nomes de família ganharam popularidade na Polônia e na Rússia. Os países escandinavos, amarrados ao seu costume de usar o nome do pai como segundo nome, não usaram nomes de família antes do século XIX, e na Islândia - país com pequena população - até a atualidade se mantém este uso. A Turquia esperou até 1933, quando o governo forçou a prática de sobrenomes a ser adotada em seu povo.

Os sobrenomes foram primeiramente usados pela nobreza e ricos latifundiários (senhores feudais), e pouco a pouco foram adotados por comerciantes e plebeus. Os primeiros nomes que permaneceram foram aqueles de barões e latifundiários, que receberam seus nomes a partir de seus feudos ou propriedades. Estes nomes se fixaram através da hereditariedade destas terras. Para os membros da classe média e trabalhadores, como as práticas da nobreza eram imitadas, começaram a usar assim os sobrenomes, levando a prática ao uso comum.

É uma tarefa complicada classificar os nomes de família por causa das mudanças de ortografia e pronúncia com o passar dos anos. Muitas palavras antigas tinham significados diferentes na época, ou atualmente estão obsoletas. Muitos nomes de família dependeram da competência e discrição de quem os escreveu no registro. O mesmo nome pode muitas vezes estar escrito de diferentes maneiras até mesmo em um documento só.


FORMAÇÃO DOS SOBRENOMES OU APELIDOS EM GERAL

Os nomes de família chegaram até nós de diferentes maneiras. A grande maioria dos sobrenomes evoluiu de cinco fontes principais:

Ocupação: John, sendo carpinteiro, cozinheiro, moleiro, alfaiate, chamar-se-ia em inglês, respectivamente, de: John Carpenter, John Cook, John Miller e John Taylor. Um ferreiro, se chamaria em inglês de Smith, um dos sobrenomes mais comuns. Toda vila tinha os seus Smiths (ferreiros), Millers (moleiros), Taylors (alfaiates) e Carpenters (carpinteiros), Gardners (jardineiros), Fishers (pescadores), Burke ou Burgie (tem a ver com castelos ou fortes), Hunters (caçadores), sendo que os Millers de uma vila não tinham necessariamente qualquer relação com os Millers de outra vila.

Localidade: O John que morava numa colina/montanha (hill, em inglês) pode ter ficado conhecido por John Overhill (over, considera-se "em cima"). O John que morava perto de um riacho poderia ser chamado de John Brook (brook=arroio, ribeiro). Pode-se dizer que, em inglês, um sobrenome deriva de um local quando, por exemplo, termina em:

§    -hill (em inglês) ou -berg (em alemão), ambos significam montanha, monte;
§    -ford (um leito de rio);
§    -wood (floresta, bosque);
§    -brook (arroio, ribeiro);
§    -well (poço).

Alguns nomes portugueses são derivados de nomes estrangeiros de localidade. Por exemplo, Dutra teria vindo do holandês 'van Utrecht'.

Patronímico e matronímico: Muitos sobrenomes indicavam antigamente o nome do pai ou da mãe; por exemplo, "Esteves" significa "filho de Estêvão". Mas também Joana Fernanda significava Joana, filha de Fernanda, assim como André João significou André, filho de João, e José Mariano quis dizer José, filho de Maria. Alguns dos patronímicos e matronímicos são cursivados, e se passará a chamar Joana Fernandes ou André Eanes aos mesmos dois exemplos referidos atrás, processo sempre iniciado no litoral, e mais tardio no interior português ou no interior colonial. Os sufixos (ou prefixos) dos patronímicos variam de país para país:

§    Alemanha: -sen; -mann. Exemplos: Jansen, Petersen, Hansen, Hartmann, Lehmann, Kaufmann
§    Armênia: -ian. Exemplos: Aracy Balabanian, e Stepan Nercessian atores armenos-brasileiros; ou Cherilyn Sarkisian, nome da atriz norte-americana Cher.
§    Bulgária: -ov (masc.); -ova (fem.). Exemplos: Stoyanov(a).
§    Dinamarca: -sen. Exemplos: Olsen, Petersen.
§    Escócia: Mc-; Mac-. Exemplos: McNamara, MacMillan.
§    Espanha: -ez. Exemplos: Fernández, Méndez.
§    Finlândia: -nen. Exemplos: Virtanen, Salonen, Häkkinen.
§    França: -t. Exemplo: Martinet. Como o ator e dublador estadunidense Charles Martinet
§    Geórgia: -dze; -shvili. Exemplos: Makharadze, Saakashvili, Gabashvili.
§    Grécia: -poulos. Exemplos: Tatopoulos, Papadopoulos.
§    Hungria: -yi. Exemplo: Simonyi.
§    Inglaterra: -son. Exemplos: Johnson, Williamson.
§    Irlanda: Mc-; Mac-; O'-. Exemplos: McNaughton, MacNamara, O'Neil.
§    Islândia: -sson (masc.); -dóttir (fem.). Exemplos: Danielsson, Davíðsdóttir.
§    Itália: -i. Exemplos: Puchetti, Leonardi, Lorenzi, Benhossi.
§    Moldávia e Romênia: -escu. Exemplos: Filipescu, Popescu.
§    Normandia: Fitz-. Exemplos: Fitzgerald, Fitzpatrick.
§    Noruega: -sen. Exemplos: Sörensen, Jakobsen, Mortensen.
§    País Basco: -ena. Exemplos: Hernandorena, Michelena (Mitxelena).
§    País de Gales: Ap-, Up-, -s. Exemplo: Apjohn, Upjohn, Updike, Roberts, Williams.
§    Países Baixos: -ssen. Exemplo: Janssen.
§    Países Catalães: -is; -es. Exemplo: Vives.
§    Polônia: -wicz; -ski. Exemplos: Marcinkiewicz, Kowalski.
§    Portugal: -(e)s. Exemplos: Simões (filho de Simão); Guimarães (filho de Guímaro, ou Vímara); Fernandes (filho de Fernando); Henriques (filho de Henrique); Nunes (filho de Nuno); Martins (filho de Martim); Rodrigues (filho de Rodrigo).
§    Rússia: -ov, -ev (masc.); -ova, -ovna (fem.); -vitch. Exemplos: Ivanov(a), Petrovich.
§    Sérvia: -ić. Exemplos: Petrović; Petković; Milošević.
§    Suécia: -sson. Exemplos: Petersson, Gustafsson.
§    Ucrânia: -enko. Exemplo: Timoshenko.

Na Normandia, John, filho de Randolph, ficaria John fitz-Randolph. Na Escócia, os descendentes, por exemplo, de Gilleain eram conhecidos como MacGilleain e mais tarde abreviava-se para Mc, como McClean, McLane, McCann, McDaudt, etc.

Apesar do nome patronímico ter sido usado por um longo tempo, eles sempre mudavam de geração para geração. Como exemplo, John, filho (son) do William, poderia ser conhecido como "John Williamson", mas o filho dele teria como sobrenome "Johnson", por ser filho (son) do John.

Característica: um homem muito baixo poderia ser chamado, em inglês, de Small, Short, Little ou Lytle. Um homem grande poderia ser então Longfellow, Large, Lang ou Long. Muitas pessoas que tinham características de um animal receberiam dele o nome, como por exemplo, uma pessoa travessa, astúcia, poderia ser chamada de Fox (raposa); Um bom nadador, de Fish (peixe); um homem quieto, Dove (pombo) e assim por diante. Os sobrenomes que são normalmente engraçados, alguns surpreendentes e por vezes até embaraçosos, são os nomes que provêm das características. Nem sempre se pode levar a sério o significado de um sobrenome comparando com os valores de hoje em dia, pois o significado das palavras mudou durante centenas de anos. Diante do sobrenome inglês "Stout", pode-se interpretar que o titular deste sobrenome era gordo, forte ou então decidido, resoluto. Muitos sobrenomes têm mais de uma origem. Por exemplo, o sobrenome inglês "Bell" (sino) pode dizer tanto de alguém que morou ou trabalhou onde se toca o sino, quanto alguém que fabricava sinos. Pode ser descendente de alguma Isabel, ou pode ter vindo do francês antigo no qual a palavra "bel" significa beleza, correspondendo então a alguém muito bonito.

Religião: nos países em que a religião mais influente é a cristã, é habitual o uso de designações religiosas nos apelidos. Exemplos: Aleluia, Anjos, Assunção, Baptista, Espírito Santo, Graça, Luz, Jesus, Santos, Trindade.

Fonte: chfjardim.blogspot.pt/p/origem-dos-sobrenomes.html, consulta efectuada em 25.08- 2017