MARCOS POMBALINOS (in "PENA MINHA, PENAGUIÃO"):
«Nos limites das Demarcações Pombalinas de 1758, na área do atual concelho de Penaguião, foram colocados trinta e dois marcos de granito e (pelo menos) mais três nas adições/restrições aprovadas em 1761 às mesmas demarcações: «e por esta forma houveram eles desembargadores, deputados, e Concelheyros por demarcado o Terreno, que no Sentro da Costa Setemptrional do rio Douro prodûs vinho de feytoria, e capás de embarque para o Norte, o qual fica devidido, e demarcado com os referidos marcos, que todos são de pedra da cantaria lavrada, e de dés palmos de altura com – o que fica enterrado na terra, e leva um Letreyro, que dis – Feytoria…»
Desses trinta e cinco marcos, quinze foram colocados na demarcação entre a Portela de Sanhoane e o lugar do Silhão na Cumieira, datada de 13 de Outubro de 1758; sete na demarcação “no lugar de Fornelos nos sítios da Cortiçada, e Rozo”; quatro na demarcação do “sítio da Arribã que he do lugar de Mafomedes” (Sever), datadas de 14 de Outubro; seis na demarcação da freguesia de Alvações do Corgo, datada de 27 de Outubro de 1758; e, nas adições ou restrições de 1761, foi colocado um em Travassinhos (Sanhoane), um na Veiga (Cumieira) e outro na Azinheira (Alvações do Corgo);
Na sequência da identificação e anotação das Demarcações de 1758/1761, realizada pelo Engº Álvaro Moreira da Fonseca, nos anos de 1944 e 1945 (obra editada pelo Instituto de Vinho do Porto, em 1950), pelo decreto nº 35 909, de 17 de Outubro de 1946, foram declarados imóveis de interesse público e seriados, onze desses marcos, a saber:
- Marco granítico da restrição feita à demarcação de 1758, em 1761, em Travassinhos, freguesia de Sanhoane (nº13 na classificação);
- Marco granítico, na Quinta das Cabanas, freguesia de Sanhoane (nº 48);
- Marco granítico, na Quinta do Roso de Baixo, freguesia de Fornelos (nº 49);
- Marco granítico, na Quinta da Serra de Água (Roso), freguesia de Fornelos (nº50);
- Marco granítico, no lugar do Calvário, freguesia de Fornelos (nº51);
- Marco granítico, no Pinhal da Travessa (Cortiçadas), freguesia de Fornelos (nº52);
- Marco granítico da adição à demarcação de 1758, feita em 1761, na Vergosa/Veiga, freguesia da Cumieira (nº 53);
- Marco granítico, no lugar de Marco (cruzamento dos caminhos que vão para a Veiga e Concieiro), freguesia da Cumieira (nº 54);
- Marco granítico, colocado em Silhão, freguesia da Cumieira. Atualmente encontra-se na Adega Cooperativa desta localidade (nº 55);
- Marco granítico, na Quinta do Portelo, freguesia de Alvações do Corgo (nº 72);
- Marco granítico da adição à demarcação de 1758, feita em 1761, no lugar do Pombal, Azinheira, Alvações do Corgo. Atualmente encontra-se nas instalações da Real Companhia Velha, em Vila Nova de Gaia (nº 71).
É natural que, em 1946, os outros vinte e quatro marcos já estivessem perdidos ou, pelo menos, não se encontrassem nos locais onde foram colocados. Hoje, dos onze classificados, apenas não se consegue saber do marco da Quinta das Cabanas (Sanhoane), em 1758: “… do qual levando ainda a demarcação no mesmo rumo de sudueste a Nordeste vay por hum Vallado, que serve de extrema à ditta vinha até chegar defronte das cazas da quinta das Cabanas que he do Reverendo Manoel de São Luis Queyrós, Prior de Miranda do Corgo (?), e ahi defronte das dittas casas e para a parte do Poente dellas se meteo outro Marco em mato do mesmo Reverendo Manoel de São Luis com – o numero dezassete…”»
Artigo e Fotos in Dr Artur Vaz / www.facebook.com/artur.vaz.1481/posts/10208861999221896, [20dez2017]
Artigo e Fotos in Dr Artur Vaz / www.facebook.com/artur.vaz.1481/posts/10208861999221896, [20dez2017]