TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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CATEDRAIS, IGREJAS E CAPELAS

Templo de São Martinho de Vila Jusã, Mesão Frio: Capela ou Igreja?

Visitando o sítio na ‘web’ do Município de Mesão Frio, (em https://www.cm-mesaofrio.pt), encontramos inserida na relação do ‘Património Religioso’ mesão-friense a ‘Capela de São Martinho’, (em https://www.cm-mesaofrio.pt/pages/672?poi_id=70), referindo-se ao principal templo da Paróquia de São Martinho de Vila Jusã.

O referido sítio descreve o templo em causa da seguinte forma: ‘A atual Capela de São Martinho é pequena e não apresenta nenhuns vestígios arquitetónicos que a identifiquem com a primitiva igreja do século XII, que foi doada pelo primeiro rei de Portugal a Martinho Calvo. 

Encontra-se isolada do centro da freguesia de Mesão Frio-Santo André e foi reconstruída nos meados do século XVIII, com a pedra de outra igreja antiquíssima, cuja memória se perdeu nos idos do tempo.

Agregado à antiga residência paroquial de São Martinho havia um Passal e, nos anexos deste, abegoarias para guardar gados, utensílios de lavoura e carros de duas rodas, o que prova a comercial importância eclesiástica desta igreja rural que entrou em declínio após as invasões francesas e as lutas entre Liberais e Miguelistas.’ 

Consultando o sítio na ‘web’ da Diocese de Vila Real, verifica-se qua no Arciprestado ‘Douro I (Mesão Frio, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião)’, (em http://www.diocese-vilareal.pt/a-diocese/arciprestados/douro-i/), se encontram incluídas as Paróquias de ‘Mesão Frio - Santa Cristina’, ‘Mesão Frio - São Nicolau’ e ‘Vila Jusã’ (São Martinho), sendo o Pe. Luís António Guedes de Freitas Saavedra o atual pároco e comum às três Paróquias. 

Considerando que 
- ‘Catedral’ identifica uma Igreja diocesana dirigida pelo Bispo que exerce a sua autoridade eclesiástica sobre os párocos e fiéis das igrejas da sua Diocese; 
- ‘Igreja’, o Templo católico sede de Paróquia onde o Vigário e/ou Pároco exerce a sua autoridade religiosa sobre os fiéis; e
- ‘Capela’ um Templo católico privado ou público de modesta estrutura física que comporta normal-mente um só altar, onde o padre exerce suas funções de forma móvel, estando subordinada a determinada paróquia, e estando inserida em algum tipo de complexo, como colégio, quartel, mosteiro, quinta, povo, etc.; 
pensamos que o Templo de São Martinho deva ser considerado Igreja e não Capela. 

Igreja de São Domingos, Sé Catedral de Vila Real, Vila Real

Igreja de São Martinho de Vila Jusã, Mesão Frio

Capela de São Silvestre, em Cima do Douro, Mesão Frio (Vila Jusã)

A ex-Freguesia de Vila Jusã (São Martinho), concelho de Mesão Frio, é composta pelos lugares de Casal, Cima do Douro, Costa, Fraga, Matos, Mesão Frio, Portela, Quintã, Salgado, São Martinho e Vila Jusã. Atualmente integra a recém criada Freguesia de Mesão Frio - Santo André, juntamente com as ex-Freguesias de Mesão Frio (São Nicolau) e Mesão Frio (Santa Cristina). 
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Sítios da ‘web’ consultados: 
- ‘Capela de São Martinho | CM Mesão Frio’,
(em https://www.cm-mesaofrio.pt/pages/762?poi_id=70);
- ‘Paróquia de Vila Jusã - Arquivo Distrital de Vila Real - DigitArq’,
(em https://digitarq.advrl.arquivos.pt/details?id=1062014);
- Arciprestado ‘Douro I - Diocese de Vila Real’,
(http://www.diocese-vilareal.pt/a-diocese/arciprestados/douro-i/);
- ‘Mãe Pura e Incomparável’,
(em https://maepuraeincomparavel.com/qual-diferenca-entre-basilica-catedral-santuario-e-capela/);
- ‘Arquitetura do Sagrado’,
(em http://lounge.obviousmag.org/arquitetura_do_sagrado/2013/07/o-que-e-basilica-catedral-santuario-capela.html).
[c.10.dez.2020]

Quem foi o Lapadas?

Tenho uma muito ténue ideia de ter ouvido há já imenso tempo, no meu seio familiar, que 'O Lapadas’ tinha sido um nobre e valoroso guerreiro penaguiota que, em tempos já esquecidos, tinha corrido os invasores destas Terras de (Santa Marta de) Penaguião 'à lapada'. E que dessa forma conseguiu com que o povo ficasse livre dessa gente estrangeira e opressora. Daí ter ficado para a história lendária como 'O Lapadas'!

Será que sonhei com esta lenda (versão) que vos acabo de contar?

Será que esta versão terá a ver, muito longinquamente, com a Lenda de Dom Thedom e Dom Rausendo?

Questionei e pesquisei na rede sobre o assunto e pouca informação consegui obter para além das versões dos meus amigos Alfredo Guedes e Norberto Teixeira, às quais junto contributos dos também amigos António Pereira e Eugénia Gouveia e do blogue 'Portugal tem piada!'

Versões obtidas.

1ª _______________

O LAPADAS

(Soneto para um mítico herói de Santa Marta de Penaguião)

Senhor de enorme força, talento às carradas...
As certeiras grossas lapas tinhas por fuzil.
E, por isso, te chamaram o Lapadas,
Luso-herói afrontador da corja vil!

Lá do alto dos penhascos do Marão,
Sobranceiros às terras de Santa Marta,
Distribuías, com vigor, lapada à farta...
Aos estrangeiros saqueadores do nosso pão!

Sentinela do nosso torrão, intrépido cuidador,
Ao indesejado intruso mostraste teu vigor...
Guerreiro atento, soberano guardião!

Os vindouros não olvidaram tua coragem...
E te ergueram pétrea-estátua, em homenagem,
No ilustre palacete da Câmara de Penaguião!

Entroncamento/Tomar - 1 de Junho de 2017

Autor: Alfredo Martins Guedes

Publicado por ‎Alfredo Guedes em ‘Freguesia de Lobrigos, São Miguel e São João Baptista, e Sanhoane’ - https://www.facebook.com/freguesialobrigosesanhoane/
26 de dezembro de 2017

Publicado em https://www.facebook.com/alfredo.guedes.75 
24 de abril de 2019

2ª _______________

O LAPADAS...
segundo Norberto Teixeira

«A origem de...
'O Lapadas'

Pela sua relação direta com os penaguienses e salvo melhor opinião…

Reza a lenda que numa noite de luar de se enxergar a altas horas da noite e abertura de pipos de vinho novo no armazém de cada um, a rapaziada passeava-se na estrada de macadame em frente à quinta dos 'rolas' em Santa Marta, freguesia de São Miguel de Lobrigos…

Ávidos das habituais 'maroteiras' e movidos pela aposta do acerto na pontaria dirigida à espada de São Miguel Arcanjo (estatueta no frontal do telhado do palacete, agora edifício sede do município) e à 'lapada' (pedras ladeiras do tamanho de uma mão) alguma dessas almas da freguesia, deferiu em rude acerto com estrondo e precisão, golpe irremediável na dita espada, desfazendo-a em pedaços bem mais minguados que todas as lapadas que ficaram pelo esventrado telhado. Ficou assim o arcanjo em vez de, com uma espada empunhada, uma 'lapada' na sua mão.

No raiar do dia vindo, o espanto e o falatório não continha em cada frase outra entoação que não fosse a palavra 'lapada' ou o arcanjo de lapada na mão.»

Norberto Teixeira
20 de junho de 2019
https://www.facebook.com/norberto.teixeira/posts/2923441954349180

«Nós conversamos na juventude sobre isso, esta história foi-me contada há 40 anos pelo Ni Rola, como sabes é um descendente da família proprietária da casa depois vendida à Câmara, história essa que era contada pelo avô dele.»

por Norberto Teixeira
@norberto.teixeira

3ª _______________

«O Guerreiro Lapadas com a sua pedra na mão!!! Segundo a história "ganhou" uma batalha à pedrada.
Ouvi essa história muitas vezes amigo! Trabalhei em frente a essa estátua durante 9 anos... Via-a todos os dias, e era essa a história que contavam!» 

por Antonio Pereira
@antonio.pereira.92754 

4ª _______________

«Não sei a lenda só sei que eu tinha medo que me atirasse a pedra e corria a sete pés.
Era eu pequenina, ia com a minha irmã levar o almoço ao meu pai que trabalhava na adega, ia de Lobrigos a Santa Marta a pé, tinha sempre medo do Lapadas já lá vão uns quarenta e tais.»

por Eugénia Gouveia 
@eugenia.gouveia.509 

5ª _______________

«O que você precisa é de umas boas lapadas!
Não me diga que nunca tinha ouvido falar deste guerreiro (e vinho) de Santa Marta de Penaguião...!» 

in blogue “Portugal tem piada!”, 22.jan.2013
http://portugaltempiada.blogspot.com/2013/01/o-que-voce-precisa-e-de-umas-boas.html

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Em relação à palavra 'lapa' há quem atribua a sua origem ao celta “lappa” que remete a “pedra” ou “rochedo”. Se 'lapa' = 'pedra', também 'lapada' = 'pedrada'. Tenho também a ideia de que 'lapada' seja sinónimo de 'bofetada', talvez por confusão com 'latada'.

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Créditos:
Foto - (c) 2011 ADzivo 
Imagem - São Miguel Arcanjo, pintura de Juan de Espinal

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Monteiro deQueiroz
TEXTOS, ESTUDOS, RECOLHAS e CONTRIBUTOS...
Colectânea de Textos e Outros...
"SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?"
https://docsdequeiroz.blogspot.com



TRADIÇÕES 31OUT.01NOV – NOITE DAS BRUXAS – MARRÃ – FINADOS – MAGUSTO – SÃO MARTINHO



FESTA DA MARRÃ
Parada do Bispo celebrou Santa Eufémia
17/11/2017

«Eu também acredito em Cristo, eu sou baptizada», disse ela

Eufémia quer dizer que falou bem; e de Santa Eufémia se diz que perante a possibilidade de não ser martirizada, gritou diante dos verdugos: «eu também acredito em Cristo, eu sou baptizada». E acabou por ser mártir, no sentido que esta palavra tem, perante a morte violenta pela fé, não rejeitando a palavra para outros actos iguais nos efeitos, mas diferentes nos motivos.

Santa Eufémia é venerada em Parada do Bispo, freguesia do concelho de Lamego, mas por quem há muita veneração em várias outras paróquias de Portugal, e foi lembrada no dia 1 de novembro corrente na paróquia acima enunciada.

Desde muito cedo começaram a chegar os romeiros, ao que se ouve por ali, com diversos motivos para uma presença que vai desde a «marrã», carne de porco assada no momento e na brasa ao ar livre, aos biscoitos e outros artigos que fazem de uma festa uma feira de utilidades ou simples bugigangas. A pé vão muitos de Lamego e outras terras mais vizinhas; outros vêm de Resende, e do outro lado do rio Douro, de mais longe ou de mais perto se procura o caminho que leva à Capela do lugar, onde há a possibilidade de participar da Eucaristia, receber os sacramentos da Reconciliação e Comunhão, cumprir a promessa feita, mostrar em figuras de cera a dificuldade que foi vencida graças a Santa Eufémia; e ninguém ouse duvidar de uma coisa e/ou da outra.

Numa Capela renovada sob a orientação do Pró-Vigário da Diocese, Pe. João Carlos Morgado, veio ele para a Missa Solene, mas a viagem feita de Tabuaço para Parada seria mais célere se o deixassem passar no sentido da estrada da Régua para Parada, mas, ordens são ordens e estas obrigaram-no a mais uns quilómetros e uns minutos no horário previsto.

E na homilia esperada, teve ocasião de explicar algo do que se fez e do que se valorizou no todo da Capela; deteve-se, de modo particular, na explicação de quatro pinturas nas paredes interiores, que pretendem mostrar a posição do homem perante a fé, a sociedade cristã, a vida e a morte. Pessoalmente, nada recordo da minha presença em 1974, pelo que não posso debruçar-me sobre a comparação de um passado já esquecido e um presente que não era o motivo da minha presença ali.

Na homilia da missa a que presidiu, o Pe. João Carlos Morgado debruçou-se, primeiramente, sobre a Solenidade de Todos os Santos, que historiou nas suas origens e onde os Santos se notabilizaram pela sua fé e virtudes; mas não escondeu a grande realidade de muitos que «morreram sem saber que o eram (santos)», mas constituem a «multidão inumerável que ninguém podia contar», de que falava a primeira leitura da Missa.

Santa Eufémia está neste rol, o dos que não foram canonizados pela Igreja, mas que o povo cristão «canonizou» e, agora, celebra, com festas aqui e ali, sobretudo a Norte do Tejo e mais incidência nas zonas da Beira; digamos, mesmo, que talvez seja a Santa que, no nosso Portugal recebe mais afluência de devotos e peregrinos que dela se lembram nos momentos difíceis da vida.

A tarde continuou e os feirantes também; a Capela continuou aberta para que todos pudessem pedir ou agradecer o que a vida lhes proporcionou no carácter religioso das romarias populares; alguns disseram que voltariam no próximo ano se a vida deixar; outros fazem outros votos, mas todos se sentem atraídos pela pessoa e vida de Eufémia, aquela que soube falar bem e a todos deixou a palavra tão necessária nos tempos de hoje: «eu também acredito em Cristo, eu sou baptizada». Nem todos a ouviram, bom será que todos a vivam no seu dia-a-dia; Eufémia a disse e a deixou aos que, agora, fazem parte do grupo dos seus amigos; e estes não a esqueçam, digam-na sem medo ou vergonha, e ponham-na em prática na vida de sempre.

Padre Armando Ribeiro, in Voz de Lamego, ano 87/50, n.º 4436, 14 de novembro de 2017

in https://diocesedelamego.wordpress.com/2017/11/17/parada-do-bispo-celebrou-santa-eufemia/
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[c.nov.2018]

DIA DAS BRUXAS - HALLOWEEN

O Dia das Bruxas, ou Halloween, é celebrado anualmente na noite de 31 de outubro.

Neste dia, as crianças mascaram-se com visuais assustadores e percorrem as ruas em grupo, batendo de porta em porta a pedir guloseimas às pessoas.

Quando a porta abre devem dizer "doçura ou diabrura?". Se as pessoas não lhes derem doces ou guloseimas, as crianças têm permissão para fazer uma travessura.

Origem do Dia das Bruxas

O Dia das Bruxas é uma celebração pagã, que surgiu há mais de dois mil anos. Teve origem com o povo celta, que festejava no seu calendário o fim do verão, o início do Ano Novo e as boas colheitas do ano. A comemoração original chamava-se Samhain, que significa "fim de verão".

Anos depois, no Reino Unido, a data passou a marcar o Dia de Todos os Santos, daí ter surgido o nome Halloween, pois este resulta da junção dos termos hallow, que significa "santo", e eve, que significa "véspera".

Dia das Bruxas em Portugal

Portugal não tem uma tradição tão forte neste dia como os Estados Unidos e o Reino Unido, mas também se celebra o Halloween no nosso país, sobretudo pelas crianças e jovens, que saem às ruas para fazer travessuras.

Em Montalegre realizam-se encenações especiais neste dia e em todas as sextas-feiras treze do ano. Logo pelo início de outubro as lojas de roupa apresentam fatos de Halloween à venda, enquanto algumas montras são decoradas com abóboras e teias de aranha.


in https://www.calendarr.com/portugal/dia-das-bruxas/
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[c.nov.2018]

DIA DE TODOS OS SANTOS

O Dia de Todos os Santos é comemorado anualmente a 1 de novembro em honra aos santos conhecidos e desconhecidos, mártires e cristãos heroicos celebrados ao longo do ano. 

Neste dia é também celebrado (por antecipação) o dia dos Fiéis Defuntos, que se celebra a 2 de novembro.

Origem da Celebração do Dia de Todos os Santos

A origem do festa remonta ao século II, quando os cristãos começaram a honrar os que tinham sido perseguidos e martirizados por causa da sua fé.

Foi o Papa Gregório III que no século VIII dedicou uma capela em Roma a todos as pessoas que tinham vivido uma existência de acordo com o Evangelho e por isso eram consideradas santas. Ele também ordenou que a solenidade fosse celebrada a 1 de novembro.

Tradições do Dia de Todos os Santos

Este dia é dedicado a homenagear todos os que já partiram. Por norma, as famílias portuguesas enfeitam as campas dos seus familiares nos cemitérios e ao longo do dia primeiro de novembro visitam os cemitérios para deixar ramos e velas nas lápides. Antes da visita ao cemitério, realizam-se missas nas paróquias e em seguida, faz-se uma procissão até ao cemitério.

No dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos, nos países anglo-saxões, existe a crença de que as almas dos mortos descem à terra nos locais de nascimento.

Por isso, à noite festeja-se o Dia das Bruxas ou Halloween (nome pelo qual é conhecida a noite das bruxas a nível mundial).

O dia 1 de novembro também é conhecido como o Dia de Pão por Deus, uma data muito aguardada pelas crianças, que saem às ruas com um saquinho a fim de recolher ofertas, como castanhas, nozes, figos e doces.

Feriado de Todos os Santos

O Dia de Todos os Santos é um feriado nacional. Este dia deixou de ser um feriado nacional em 2013, mas o Governo retomou-o em 2016, por acordo com a Santa Sé.

in https://www.calendarr.com/portugal/dia-de-todos-os-santos/
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[c.7.nov.2020]

DIA DE PÃO POR DEUS

O Dia de Pão por Deus verifica-se a 1 de novembro.

É no Dia de Todos os Santos que as crianças saem de manhã bem cedo às ruas em pequenos grupos e pedem “Pão por Deus” de porta em porta.

É uma tradição das zonas mais rurais, semelhante ao “trick or treat” americano da noite de Halloween.

Porém, ao contrário deste, as crianças devem estar muito bem vestidas, levar um saquinho bonito para as ofertas e serem bem comportadas.

História do Pão por Deus

O dia de Pão por Deus era um dia onde antigamente se repartia pão cozido pelos pobres. As pessoas iam pedir Pão por Deus às portas para colmatar a pobreza.

A tradição está ligada ao costume de oferecer alimentos aos defuntos. Quem pedia à porta era encarado como a alma do morto a errar pelo mundo e a pedir. O Pão de Deus é assim uma oferta às almas que partiram.

Além de se abrirem as portas e de se oferecer o que estava à mesa, os pobres ainda podiam levar algo para comer. Em certos locais este dia é conhecido como o Dia dos Bolinhos, sendo que os padrinhos oferecem um bolo chamado de “santoro” aos seus afilhados.

Pedidos de Pão por Deus

Para chegarem à casa com bolos, bolachas, frutas, chocolates, frutos secos ou outros, as crianças devem dizer uma espécie de oração aos moradores das casas, como os seguintes exemplos:

“Pão por Deus,
Fiel de Deus,
Bolinho no saco,
Andai com Deus.”

“Ó tia, dá Pão-por-Deus?
Se o não tem Dê-lho Deus!”

"Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu'estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz

Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar P´ra vir dar um tostãozinho."

Quando se recebe algo:

"Esta casa cheira à broa
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho."

Quando não se recebe nada:

"Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto."

in https://www.calendarr.com/portugal/dia-de-pao-por-deus/
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[c.7.nov.2020]

DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS

A comemoração do Dia dos Fiéis Defuntos acontece a 2 de novembro em Portugal e no resto do mundo.

A data também é conhecida como Dia dos Finados, Dia dos Mortos e Dia das Almas (conhecida como All Souls Day nos países de língua inglesa).

Celebra-se tradicionalmente pela Igreja um dia depois do Dia de Todos os Santos, 1 de novembro, mas recentemente tornou-se habitual comemorar os dois dias juntos, a 1 de novembro.

Tradição do Dia dos Mortos

A tradição deste dia remonta ao século V, quando a Igreja começou a dedicar um dia do ano para rezar pela alma de todos os falecidos, caídos no esquecimento, pelos quais ninguém rezava.

É um dia de celebração dos mortos, onde se realizam missas e se lembram os familiares e amigos que já partiram. Neste dia, que não é um feriado nacional, reza-se pelo perdão dos pecados das almas que deixaram o mundo.

Em certos países, como o México, o Dia dos Mortos é um grande acontecimento, apresentando festas aguerridas a lembrar o Carnaval e recebendo turistas de todo o mundo para as coloridas celebrações.

Oração pelos Fiéis Defuntos

Pai santo, Deus eterno e Todo-Poderoso, nós Vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz.

Que ele, tendo passado pela morte, participe do convívio de Vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência.

Que sua alma nada sofra, e Vos digneis ressuscitá-lo com os Vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no reino eterno.

Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém (Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria.)

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém!

in https://www.calendarr.com/portugal/dia-dos-fieis-defuntos/
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[c.7.nov.2020]

DIA DE SÃO MARTINHO - MAGUSTO

O Dia de São Martinho é celebrado anualmente a 11 de novembro.

Este dia é uma das celebrações que marcam o outono e a tradição exige celebrar-se a data com um magusto.

História de São Martinho

Martinho de Tours foi um militar, monge, bispo e santo católico, nascido a 316 e falecido a 397.

A lenda conta que certo dia, um soldado romano chamado Martinho estava a caminho da sua terra natal. O tempo estava muito frio e Martinho encontrou um mendigo que lhe pediu esmola. Martinho rasgou a sua capa em dois e deu uma metade ao mendigo. De repente o frio parou e o tempo aqueceu. Este acontecimento acredita-se que tenha sido a recompensa por Martinho ter sido bom para com o mendigo.

A tradição do Dia de São Martinho é assar as castanhas e beber o vinho novo, produzido com a colheita do verão anterior.

Por norma, na véspera e no Dia de São Martinho o tempo melhora e o sol aparece, tal como sucedeu com São Martinho. Este acontecimento é conhecido como o Verão de São Martinho.

São Martinho tornou-se no padroeiro dos mendigos, alfaiates, peleteiros, soldados, cavaleiros, curtidores, restauradores e produtores de vinho.

Frases e Provérbios de São Martinho

Por S. Martinho semeia fava e o linho.
Se o inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho.
No dia de S. Martinho, castanhas, pão e vinho.
No dia de S. Martinho com duas castanhas se faz um magustinho.
Dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho.

in https://www.calendarr.com/portugal/dia-de-sao-martinho/
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[c.nov.2018]

11 de Novembro - Dia de São Martinho.

E, já agora, sabe qual a relação entre São Martinho e a palavra «CAPELA»?

A palavra capela tem origem no vocábulo latino cappella, diminutivo de cappa, que significa capa, logo cappella seria uma capinha, uma capa pequena.

O vocábulo cappella terá aparecido pela primeira vez por volta do ano 660 para designar um pedaço da capa de S. Martinho.

Conta-se que, em 338, S. Martinho teria partido a sua capa ao meio para dar metade a um pobre.

Esse pedaço da capa de S. Martinho, uma capinha por já não ser a capa inteira, foi então guardado num relicário e conservado num oratório construído de propósito para aí poder ser visto e venerado.

A determinado momento o nome cappella começou a ser aplicado ao oratório onde estava o relicário.

O termo foi mais tarde alargado a outros relicários e passou a substituir a palavra oratório.

Já no século XIII, a palavra se aplicava a qualquer local consagrado ao culto religioso e, desde o século XV, passa a designar um «lugar separado na igreja e onde há um altar», alargando-se depois a todos os locais de culto que não tinham o estatuto de igrejas. Cf. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado.

E, já agora, SABE QUAL a relação entre São Martinho e os dias de VERÃO que levam o seu nome?

A Festa litúrgica dá atenção ao próximo, para lá da tradição das castanhas e de se provar o vinho, durante o tradicional MAGUSTO, conforme o ditado: "No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho".

A Igreja Católica celebra a 11 de Novembro a festa litúrgica de São Martinho (316-397), bispo de Tours (França) e antigo militar, famoso pela atenção aos pobres, simbolizada na imagem da capa cortada ao meio, para abrigar um pedinte.

São Martinho nasceu no seio de uma família pagã na Panónia, actual Hungria, e foi orientado pelo pai para a carreira militar, mas ainda adolescente inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Baptismo.

Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, para junto de santo Hilário, bispo que o ordenou diácono e padre.

Martinho escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé.

Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours aclamaram-no como seu bispo, cargo que o santo ocupou até à sua morte.

Em Portugal, é célebre a expressão «verão de São Martinho», aplicada a três dias de sol e calor no meio do outono, tidos como recompensa ao então soldado romano por ter repartido o seu agasalho com um pobre.

A esta data associa-se também a celebração do Magusto, uma festa popular com a presença, um pouco por todo o país, de castanhas e água-pé.

Quando era ainda jovem soldado [São Martinho], encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio. Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem.

Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto”, relatou Bento XVI, na catequese que dedicou a este santo, em 2007, apresentando-o como exemplo de “caridade fraterna”.

Cf. "São Martinho", no «site» oficial da 'Agência Ecclesia', disponível na «net».
in https://agencia.ecclesia.pt/portal/sao-martinho-igreja-recorda-um-dos-santos-mais-venerados-da-europa/

por Miguel Noronha [https://www.facebook.com/miguel.noronha.7/]
Administrador do Grupo [https://www.facebook.com/groups/torredotombo]
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[c.10.11.2020]

São Martinho: Igreja recorda um dos santos mais venerados da Europa
Nov 11, 2019 - 7:00

Festa litúrgica dá atenção ao próximo, para lá da tradição das castanhas

Lisboa, 11 nov 2019 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra hoje a festa litúrgica de São Martinho (316-397), bispo de Tours (França) e antigo militar, famoso pela atenção aos pobres, simbolizada na imagem da capa cortada ao meio, para abrigar um pedinte.

São Martinho nasceu no seio de uma família pagã na Panónia, atual Hungria, e foi orientado pelo pai para a carreira militar, mas ainda adolescente inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Batismo.

Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, para junto de santo Hilário, bispo que o ordenou diácono e padre.

Martinho escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé.

Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours aclamaram-no como seu bispo, cargo que o santo ocupou até à sua morte.

Em Portugal, é célebre a expressão «verão de São Martinho», aplicada a três dias de sol e calor no meio do outono, tidos como recompensa ao então soldado romano por ter repartido o seu agasalho com um pobre.

A esta data associa-se também a celebração do Magusto, uma festa popular com a presença, um pouco por todo o país, de castanhas e água-pé.

Quando era ainda jovem soldado [São Martinho], encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio. Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem. Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto”, relatou Bento XVI, Papa emérito, na catequese que dedicou a este santo, em 2007, apresentando-o como exemplo de “caridade fraterna”.

OC
in https://agencia.ecclesia.pt/portal/sao-martinho-igreja-recorda-um-dos-santos-mais-venerados-da-europa/
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[c.10.11.2020]

Quinta do Lodeiro - Godim

«Situa-se em Godim, Peso da Régua e foi também da família Ferreira. Esta quinta foi constituída pela junção de dois casais, adquiridos por D. Antónia Ferreira, tendo-se mantido as suas identidades e mais tarde voltaram a constituir propriedades distintas (Lodeiro com capela e Lodeiro sem capela) [*]. 

Em ambos os edifícios principais o piso térreo é usado para acesso à habitação e para apoio na produção, enquanto o piso superior é destinado à habitação. Apenas o conjunto edificado mais a Norte possui capela. Todos os edifícios apresentam fachadas rebocadas, sendo que se supõe que as paredes sejam de granito, com plantas retangulares simples. Os vãos são todos semelhantes, distribuídos organizadamente de um modo geométrico, tendo todos janelas em guilhotina, com portadas, ou sem portadas, exteriores.»

[*] Liddell, Alex; Price, Janet, Douro: As quintas do Vinho do Porto. Quetzal Editores, Lisboa, 1995, ISBN 972-564-123-X, através de AGUIAR DE PINHO, MARIA CAROLINA GUEDES OSÓRIO (JANEIRO DE 2012), "CASAS DE QUINTA NO DOURO – PROPOSTA PARA UM MANUAL DE INTERVENÇÃO", Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL - ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES, FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO, pág. 27. Disponível em https://paginas.fe.up.pt/~jmfaria/TesesOrientadas/MIEC/Teses20121s/CarolinaOsorio/Tese_CarolinaOsorio.pdf

Venda da Quinta de Lodeiro, em 1810 - Vários topónimos de Godim

«RE: Manuel Caetano Pereira
#345915 | tmacedo | 06 Mai 2014 18:33 | Em resposta a: #345910

Caro confrade,

Poderei saber a razão do seu interesse em Manuel Caetano Pereira ?

O pai, Faustino Pereira, era filho de Manuel Teixeira e de Úrsula Pereira, do Lodeiro. Manuel Teixeira, avô paterno, era filho de outro Manuel Teixeira e de sua mulher Isabel Pereira do Lodeiro. A mãe, Ana Pereira de Figueiredo (irmã de Cecília Pereira casada com Lourenço Pereira irmão de Faustino Pereira e pais de Joana Teresa Pereira casada com Miguel Borges e do padre Faustino Pereira), era filha de António Alves e de sua mulher Isabel Martins.

A quinta do Lodeiro veio a ser vendida em 1810 a José António Taveira de Magalhães, cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo de cota de armas, membro da junta da Companhia das Vinhas do Alto Douro, da vizinha quinta das Nogueiras. Muitos anos mais tarde os seus bens viriam a ser vendidos a D. Antónia Adelaide Ferreira, a célebre Ferreirinha. D. Antónia foi herdeira de outros bens lá confinantes, que tinham sido de seus avós paternos Bernardo Ferreira e Ana Josefa, de Godim. Esta Ana Josefa era natural de Godim, onde casara em 7 de Fevereiro de 1779, sendo filha de Manuel Caetano e de Mariana Josefa, de Ariz, Godim. Neta paterna de Manuel da Fonseca e de Maria Roiz. Neta materna de Miguel Pereira e de Maria de Mesquita, de Godim.

A venda já referida foi feita por Flórido Teles de Menezes e sua mulher D. Maria Escolática de Magalhães Leite e Sousa, da quinta das Gordas, em Paço de Sousa. D. Maria Escolástica [neta paterna de Manuel Caetano Pereira] era quarta neta de Manuel Teixeira e de sua mulher Isabel Pereira moradores no Lodeiro no terceiro quartel do século XVII. Fizera procuração a seu marido em 16 de Julho de 1810 nas notas de Jerónimo de Lemos Coelho Ferraz, de S. Romão de Mouriz para a citada venda. A escritura de venda foi feita em 28 de Agosto do mesmo ano no 8.º cartório notarial do Porto (liv. 428, fls. 111 a 113). Flórido Teles recebeu 2.640.000 reis, “livres e forros”, dos quais já recebera em 18 de Julho 1.200.000 para pagar as legítimas de seus “irmãos e cunhados”. A quinta é descrita como composta de casas, campos, vinhas, olivais e mais pertenças, que são todos os bens que tem na freguesia de S. José de Godim, no termo da vila de Santa Marta de Penaguião, de vários prazos foreiros a diversos senhorios, a saber, à comenda de Moura Morta, ao Paço das Cans dos religiosos de Santa Cruz de Lamego, a Gonçalo Monteiro de Vila Marim, à Misericórdia de Mesão Frio e a José Pinto de Godim. Os bens foreiros à comenda por 1.150.000 reis. Os foreiros a Santa Cruz por 300.000 reis. A vinha dos Pardieiros, no Maurício, foreira a Gonçalo Monteiro, por 500.000 reis. A vinha no Maurício, chamada “o olival do senhor” à Misericórdia, por 100.000 reis. E a vinha no Maurício, acima da estrada, e as outras foreiras a José Pinto 590.000 reis. José António Taveira de Magalhães, dito morador na casa da Boavista de Baixo, pagara a sisa (264.000 reis) em 24 de Julho de 1810 em Penaguião. A descrição dos bens vendidos é a seguinte:

# Umas casas sitas no Lodeiro com suas árvores que confinam do nascente com a estrada e do poente com o comprador.

# Um pedaço de vinha no Lodeiro, abaixo do caminho, que confina do nascente com o comprador e do poente com ribeiro que vai para o Lodeiro.

# Uma vinha nos Arcos que confina do nascente com o caminho que vai para o ribeiro e do poente com Luis de Azevedo.

# Uma vinha nos Pardieiros que confina do nascente com Domingos José Osório e do poente com D. Maria Isabel.

# Uma vinha no Maurício, acima da estrada, que confina do nascente com a estrada das farcas e do poente com José Alexandre Dinis.

# Uma vinha nas Farcas que confina do nascente e poente com os filhos que ficaram de Bernardo Ferreira.

# Uma vinha no Maurício, abaixo da estrada, que confina do nascente com a estrada que vai para a Régua e do poente com Caetano Manuel.

# Outra vinha no Maurício que confina do nascente com José António Gonçalves e do poente com João Carlos.

# Outra vinha no Maurício que confina do nascente com José António Gonçalves e do poente com Manuel José de Brito.

# Um pedaço (de vinha?) no tapado “doris...?” que confina de nascente com o doutor José Joaquim e do poente e norte com D. Raimunda.

# Outro bocado de vinha no mesmo sítio, mais abaixo, que confina do nascente com o atalho que vai para Fontelas (?) e do poente com Ana Joaquina, do Salgueiral.

# Leira de campo no Olival Roto que confina do nascente com o Dr. Francisco José do Vale e do poente com o carreiro que vai para o rio.

# Outra leira no mesmo sítio que confina de nascente com o dr. José Joaquim Vaz Pinto e do poente com o carreiro.

# Bocado de campo no Lodeiro que confina do nascente e norte com o padre Manuel Borges de Lousada, do poente com o padre António Caetano Guedes e do sul com Raimunda Angélica.

# E todos os foros, não descritos, que pertencem aos citados bens.

Cumprimentos,
António Taveira»

TAVEIRA, António (2014.mai.06), “Forum de Genealogia - geneall.net: André Borges de Mesquita (*c.1700, Peso da Regua) / RE: Manuel Caetano Pereira”. Disponível em https://geneall.net/pt/forum/159618/andre-borges-de-mesquita-c-1700-peso-da-regua/, data de [c.29.set.2020]

Se não nos defendermos...

QUEM É QUE NOS DEFENDE?


"Se não defendermos o que é nosso quem é que o defende? Os nossos povos e culturas de matriz grego-romano-judaico-cristã, perante a investida cada vez mais agressiva do marxismo cultural, estão sujeitos à erosão, senão mesmo à extinção. Ou aceitamos sentados no sofá que tal aconteça, ou então teremos que ir para a luta em sua defesa."  
7.jul.2020 Monteiro deQueiroz

Afinal não sou democrata!...

E EU QUE PENSAVA QUE ERA DEMOCRATA!...


Eu, que me imaginava um democrata, sou afinal de extrema-direita e não sabia! Foi preciso um cidadão exemplar, de boas famílias, doutrinado por professores doutores de extrema-esquerda de uma quaisquer faculdade, dizer-me na rede que eu era fascista, só e apenas porque tinha a minha ideia que discordava da dele!  
11.jun.2020 Monteiro deQueiroz

A Importância do Pensar!

O NOSSO DEVER DE PENSAR


Se por preguiça não nos dermos ao trabalho de pensar, outros o farão por nós! E para que assim não seja, teremos nós de o fazer sob pena de passarmos ao lado do que, normalmente oculto e manipulado, ocorre à nossa volta, nos envolve e nos domina, escravizando-nos!  
27.mai.2020 Monteiro deQueiroz

Há quem desfrute de...

“PROBLEMAS POR RESOLVER COMIGO”!


Há quem desfrute de “problemas por resolver comigo”, alguns “deles” com mais de 20 anos! Aconselho a que os resolvam rapidamente… sob pena de ficarem “engasgados” para toda a vida! Esses problemas já começam a ser crónicos, denunciadores de uma qualquer patologia intelectual! 
Eduardo deQueiroz, Vila Nova de Gaia, Carvalhos, 26 de Maio de 2011

Caminhando!...

PELOS TRILHOS E LOCAIS DA NOSSA PAIXÃO!


Temos que fazer a nossa caminhada
caminhando pelos trilhos e locais da nossa paixão!
Caso contrário,
a nossa 'caminhada da vida'
não possui qualquer valor!
24.mai.2020 - Monteiro deQueiroz

Afinal de contas de que lado estou?

DE QUE LADO ESTOU AFINAL DE CONTAS?!...


Alguém me perguntou um dia destes 'de que lado político eu estava afinal'. Eu não estou em 'lado político' algum - na esquerda, no centro ou na direita. Eu estou onde a minha consciência e sentidos de justiça e verdade mo indicarem: à esquerda, ao centro ou à direita, repito, conforme a minha consciência e sentidos de justiça e verdade mo indicarem! Sou carneiro de signo, mas não um carneirinho seguidista de quaisquer 'pretenso pastor de rebanho de carneiros'. 
2020.maio - Monteiro deQueiroz

O Olvidismo da nossa história

RENASCIMENTO DAS "COUSAS OLVIDADAS"


Das "Cousas Olvidadas" não reza a história.
Por isso temos que ressuscitar essas "Cousas",
que nossas são, da "Campa do Olvidismo",
sob pena de as perdermos para sempre.
E se assim ninguém o fizer, ninguém o fará por nós!
E mais pobres ficaremos! 

2020.maio - Monteiro deQueiroz

A Verdade




A VERDADE:

"Do julgamento em tribunal de duas versões opostas de um qualquer facto resultam no mínimo quatro verdades diferentes: as duas correspondentes a cada uma das partes em conflito, a que resulta da sentença doutamente proferida, e ainda aquela que se torna inatingível, aquela à qual nunca se chegará... a que fica 'ad aeternum' no segredo dos deuses."
Monteiro deQueiroz
2020


O Dicionário que é nosso…
Versão II - 2020

Recolha em processo de aumento, aperfeiçoamento e consolidação.

Agradecemos a vossa colaboração através do envio de mais termos e expressões, aperfeiçoamento dos significados dos termos já recolhidos e consolidação dos mesmos.
O trabalho final irá ser submetido para aprovação.
[Versão actualizada a 21.abr.2020]
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adeantadoadiantado | adiante, à frente, avançado.
agachar | ‘agachado’, ‘agacha-te’, ‘agacha’ – baixar.
alcoviteiro[1] | o que anda com mexericos.
apresigo[1] | presigo ou conduto; qualquer alimento que se come com o pão, como toucinho ou presunto.
aranhão[1] | pessoa não desenrascada.
arrais[2] | homem que conduzia os barcos rebelos.
arrebunhararrebunhão | arranhar, arranhão.
arreliado | chateado.
as puxadas (do barco rabelo) |
assearasseadoasseio | arranjar, arranjado, arranjar.
assentar | ‘assente’, ‘os paralelos estão mal assentes‘ - colocar, bem colocado, mal colocados.
atupir[2] | cobrir a terra.
avião | 'que avião' - mulher boazona.
azangar[2] | saltar por cima de...
azangar | ‘azangar o muro’ - subir e ultrapassar.
açoite | ‘levas um açoite’ - palmada, levas uma palmada.
barqueiro[2] | homem que levava o barco.
bentas | ‘levas nas bentas’, levas na cara, cf. fuça, fuças.
binho | vinho.
bózinhabôzinho | avó, avô.
boca-de-lavagem |
boca-do-corpo[1] | vagina.
bocadinho[1] | pequeno bocado.
bocado[1] | pequena porção.
botar[2] | pôr (deitar).
botelha[2] | abóbora.
bragal | enxoval das noivas que era composto com o tempo antes da data de casamento, espécie de dote.
buber | beber.
bufar[2] | soprar.
bufar | ‘até já bufas’, ‘até bufas’.
bulha[2] | andar à tareia.
bulhar[2] | zaragatear.
bulir | mexer.
caber |
cabra | mulher má, ordinária, da pior espécie.
cacacocó | ‘cagar’, de ‘cacare’, fezes. Do latim ‘cacāre latino, presente infinitivo ativo do cacō, em última análise a partir de uma raiz proto-indo-européia ‘*kakka-’.
cadinho[1] | pequeno bocado, bocadinho.
calãocaloiacalonacalaceiro | pessoa que não gosta de trabalhar.
cambada | “cambada de malucos’, 'esta cambada', 'que cambada', grupo.
cambado[2] | uma pessoa que anda torta.
cambo[2] | pau que serve para puxar ramos de árvores.
cancela | 'fechar a cancela', portão.
candeia[2] | luz de petróleo ou de azeite.
canganho[1] | resíduo das uvas, depois de pisadas e de extraído o vinho.
canhão | ‘é mesmo um canhão’, mulher mal comportada, que anda com uns e com outros.
cantaria | pedra de granito usado.
capão[2] | pequeno molho de vides cortadas.
cardanheiro[2] | homem rude, do campo.
cardanho |
cardina[1] | bebedeira.
careta | 'não faças caretas', cara feia.
carregação | ‘a carregação’ - o carregamento; carregar, carrego.
carrego[1] | carga que se conduz aos ombros, à cabeça, etc.
carreiro[1] | condutor de carros de bois, caminho por onde passam os carros de bois.
cavador[2] | homem que cava a vinha.
cegada[2] | ceifa.
cegueta[1] | indivíduo que vê mal ou quase nada.
ceitoira[2] | foice.
cercocerca | fez-lhe o cerco, muralha, muro, cerca sanitária.
cêrro | encosta, 'ter bom cerro', ter corpo forte para trabalhar ou 'levar' (porrada).
chamiça[2] | pequenos ramos e restos de plantas.
chiadeira[1] | acto de chiar, som agudo e desagradável.
chiar[1] | produzir som agudo e continuado.
chibo[1] | bode, delator, informador.
chicha[1] | carne.
chícharos[1] | feijão frade, ciclistas.
chiqueiro | bastante ruído, barulho.
chiscar[1] | tocar com o cotovelo. Dar de leve mas provocadoramente, acirrar.
chisco | pequena partícula que entra no olho acidentalmente.
chispar[1] | andar depressa.
chuço[2] | pau aguçado para plantar couves.
chuço | guarda-chuva.
cibinho[1] | parte mais pequena que cibo.
cibo[1] | pequena porção.
ciclistas[1] | feijão frade, feijão fradinho.
cieiro[1] | vento frio, agreste.
cisco[1] | pequena partícula que entra no olho acidentalmente.
coalhar[1] | transformar leite em queijo, requeijão.
coalho | produto usado para coalhar o leite.
côdea | parte exterior do pão.
colmo[2] | molho de palha de centeio.
conduto | o mesmo que apresigo ou presigo; qualquer alimento que se costuma comer com pão; alimento que serve de acompanhamento a outro alimento; prato servido a seguir à sopa.
córregocorgo | curso de água, corga da chã, corga das freiras, corga do chão, corgo dos mouros, rio corgo, quinta das corgas.
costa | encosta, subida, desnível acentuado que custa subir.
cotão | ár. ‘kutum’, ‘al kutum’, algodão.
cuculo | cheio, ‘a cuculo’ - prato cheio.
cusco | curioso, bisbilhoteiro, mexeriqueiro.
desaguisado |
desvairado | maluco.
égua | bebedeira, prostituta.
eido | terreno pequeno junto de uma casa ou edifício.
eiró | terra batida e calcada, semelhante a uma eira, largo onde desembocam várias ruas.
encambelados | subrepostos?.
engalfinhar | brigar corpo a corpo.
engaço[2] | ancinho.
engelhado | amarrotado.
entrudo[2] | carnaval.
enxergar[2] | ver, olhar.
escroque |
espampar[2] | tirar folhas nas videiras.
espinho |
espinha |
estouvado |
estrugido[2] | refogado.
esturricar | deixar queimar.
facho | chama de fogo.
famelga | família.
fanico | deu-lhe o fanico.
fatela | sem qualidade.
fatiota | roupa.
fedelho | criança.
feitos[2] | fetos.
ferrar | morder - 'ferrou-me'.
fêta | festa.
fezada | sorte, felicidade.
focinho | cara, rosto.
fogacho | tiro, disparo, fogachada.
foice[2] | cutelo, enfiado num pau para cortar silvas.
forcado[2] | forquilha em pau com forma de (v).
frade | feijão frade, ciclistas, chícharos.
frades | cogumelos.
fraga | rocha, rochedo.
fraldiqueira | mulher ordinária.
fraldiqueiro | que anda na companhia de mulheres.
frouxo | aquele que é fraco, mole, cobarde.
fuça | ‘ainda lhe vou às fuças’, cara, rosto.
fumega[2] | deitar fumo.
fumeiro[2] | local onde se defumam os salpicões.
gadanha[2] | concha para tirar o caldo do pote de ferro.
galga | mentira, peta.
galga | ‘estou com uma galga’ - fome intensa.
galgas | ‘é um galgas’ - mentiroso compulsivo, que inventa galgas.
gâmbias | pernas altas.
gana | ‘fulano sem gana’, ‘não ter ou ter gana’
gasalho[2] | cogumelo.
gascão?, gasquilhão? | insecto característico que aparece em enorme quantidade nas noites de verão, atraídos pelos candeeiros públicos, entre outras fontes de luz, acabando por morrer.
gáspia | “com uma gáspia do caraças”, rapidez, velocidade.
gavela[2] | pequeno molho de lenha.
golada | ‘beber de uma golada’, beber de uma só vez.
granjeio[2] | fazer o trabalho da vinha.
impiriquitado | ´todo impiriquitado´.
inchas | ‘até inchas!’ - , inchar.
jorge | ‘é um jorge’ - maluco.
jorna | jornada, dia de trabalho.
jornaleiro | trabalhador que pratica a jorna.
judiarias | malandrices.
lábia | ‘só tem lábia’, aquele que tenta enganar ou convencer alguém através de discurso astucioso; astúcia, manha, palavreado, palavrório, ronha; conversa fiada.
labrego | pessoa grosseira ou malcriada.
lambada | bofetada.
lambão | guloso, comilão.
lambazana | comilão, lambão.
lambebotas | bajulador, graxista.
lambecús | bajulador, lambebotas.
lambido | limpo.
lambuzado | sujo.
lamparina[2] | luz de azeite.
lanzudo | cabeludo.
laracho | natural e habitante de Lamego.
larica | fome, ‘estou com uma larica’.
lavagem | restos de comida para porcos, 'boca de lavagem'.
levar | 'queres levar?' - queres que te bata? (de bater).
loja[2] | curral do porco.
luze-cus[2] | pirilampos.
magnórios[2] | nêsperas.
maias[2] | flores de giestas amarelas.
maleiro | abusador, malicioso, matreiro, mal intencionado, mal-educado.
malha | tareia, sova.
malha | jogo popular.
mandrião | preguiçoso.
manel | manuel.
marrã | carne de porco que se come fresca, sem curar.
matar-o-bicho | beber matinalmente uma dose pequena de aguardente.
meda[2] | montão cónico (lenha, estrume, etc.).
medrarmedrança |
míscaros | cogumelos.
moleiramoleirinha | cérebro, cérebro de criança.
molenguicemolenga/omolengão | moleza, indivíduo mole.
monte | muitos, ‘um monte de filhos’.
morrenhice |
nabiço | nabo, estúpido, burro.
nabo | estúpido, burro.
naco | pedaço - 'que naco', que pedaço de mulher, boazona.
nanar[2] | dormir.
nena[2] | boneca de pano.
nico | pedaço. niquinho | pedacinho.
pai-avô | pai que faz um filho na própria filha, ‘filho de pai-avô’, criança resultado de uma relação incestuosa entre pai e filha.
palermapalermice |
pança | 'encher a pança' - encher a barriga.
parceiros | em certos locais, parceiros, igual a compadres, os pais de ambos os componentes de um casal, homem e mulher.
patas | ‘tira as patas’, mãos, pés.
pêlo | 'em pêlo', nu; 'levar no pêlo' - levar porrada.
penapenha |
peneireiro[2] | milhafre.
perpianho |
peta | mentira.
pico |
palheiro |
pilheiro[2] | lugar para guardar lenha.
pinchar[2] | saltar.
pincharpincho | saltar, dar um salto.
pita[2] | galinha.
pitopitaço | mulher boazona.
pivete| fedelho, mau cheiro.
poio | fezes deixadas por humanos no terreno.
porrada |
pote[2] | panela de ferro com três pernas.
pular[2] | saltitar.
pulo | dar um pulo, dar um salto, pular, saltar, pular a cerca, ultrapassar o muro.
puta | prostituta.
quedo | quieto.
quelho | beco, rua estreita.
quezília | discussão, zanga.
reco | porco (animal), porco, imundo, sujo.
redrar[2] | cava pouco profunda para tirar as ervas.
reguila | que ou quem tem temperamento irrequieto, que ou o que não se acomoda.
rodos | ‘a rodos’, ‘chover a rodos’, ‘comer a rodos’, grande quantidade.
roga[2] | grupo de pessoas para a vindima.
rogorogarrogarogador |
roto | rasgado.
russo-má-pêlo |
saltarico[2] | gafanhoto.
sandeiro |
saraibasaraibada | granizo.
sardanisca[2] | lagartixa.
segador | instrumento com que se sega (cortar) o caldo verde.
serra | elevação de terreno, montanha.
sertã[2] | frigideira.
socos[2] | tamancos.
soquetes[2] | meias de mulher.
sornasornice | preguiça.
surra | porrada - ‘levar uma surra’.
surrão | porco, reco, sujo.
surrice | lixo, sujidade.
tabefe | lambada, bofetada.
talha |
testo[2] | tampa da panela.
tinhoso |
titi | tia.
toiratoirona | ‘aquela mulher é uma toira’, avantajada, corpolenta, ‘mulher alta e forte’.
toirotoiratoirinha | ribeira das toirinhas (em Vila Real).
tolher | prejudicar, fazer com que algo ou alguém não evolua.
tortulhos | cogumelos.
tracanices | brincadeiras maliciosas.
traquina | inquieto, travesso, turbulento.
troncha | penca, couve.
vaca | mulher má, mulher prostituta.
vagar | tempo - ‘ter vagar’, andar de’vagar’.
varrido[2] | 'doido varrido' - louco.
vencilho[2] | atilho, feito de vime ou vide.
vir-ao-mundo | nascer - 'estava como veio ao mundo' = nú.

[1] O Dicionário que é nosso…
ASSOCIAÇÃO PENAGUIÃO EM MOVIMENTO·QUARTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2018 | Recolha em processo de aumento, aperfeiçoamento e consolidação.
Agradecemos a vossa colaboração através do envio de mais termos e expressões, aperfeiçoamento dos significados dos termos já recolhidos e consolidação dos mesmos.
O trabalho final irá ser submetido para aprovação.

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[1] por Bruno Miguel, Valter Martins, Natália deQueiroz e Monteiro deQueiroz; continua...
Associação Penaguião em Movimento; by Douro Sensibility; LUAgares D’Ouro
in https://www.facebook.com/notes/associação-penaguião-em-movimento/o-dicionário-que-é-nosso/2388767611138810/

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[2] PEQUENO VOCABULÁRIO LOCAL [da Penajóia, Lamego], de Frei José Jesus Cardoso - OFM., blogue PENAJÓIA – http://cardoso-penajoia.blogspot.com/2010/02/pequeno-vocabulario-de-penajoia.html, [consultado a 18.abr.2020]

O Dicionário que é nosso,
por Frei José Jesus Cardoso

"EXPRESSÕES DA NOSSA TERRA

Para chamar:

O Gato ----- Bichinho, bich, bich!
O Cão ----- Boca!
Para enxotar galinhas ----- Xô pitas! Xô!
Para enxotar o gato ----- Sap gato!
Para enxotar o cão ----- Fora cão!
Para concordar sem certeza ----- Estou que sim!
Para discordar sem certeza ----- Estou que não!
Para significar Talvez ----- Acho que!
Para significar ou seja ----- Quer-se dizer!

PEQUENO VOCABULÁRIO LOCAL

Atupir ----- Cobrir a terra
Azangar ----- Saltar por cima de…
Arrais ----- Homem que conduzia os barcos rebelos.
Barqueiro ----- Homem que levava o barco.
Botar ----- Pôr (deitar)
Botelha ----- Abóbora.
Bufar ----- Soprar
Bulhar ----- Zaragatear.
Bulha ----- Andar à tareia
Cardanheiro ----- Homem rude, do campo.
Cavador ----- Homem que cava a vinha.
Cambado ----- Uma pessoa que anda torta.
Cambo ----- Pau que serve para puxar ramos de árvores.
Candeia ----- Luz de petróleo ou de azeite.
Chamiça ----- Pequenos ramos e restos de plantas.
Chuço ----- Pau aguçado para plantar couves.
Colmo ----- Molho de palha de centeio.
Capão ----- Pequeno molho de vides cortadas.
Espanpar ----- Tirar folhas nas videiras.
Engaço ----- Ancinho.
Entrudo ----- Carnaval.
Enxergar ----- Ver, olhar.
Estrugido ----- Refogado.
Feitos ----- Fetos.
Forcado ----- Forquilha em pau com forma de (V).
Fumega ----- Deitar fumo.
Fumeiro ----- Local onde se defumam os salpicões.
Foice ----- Cutelo, enfiado num pau para cortar silvas.
Gasalho ----- Cogumelo.
Gavela ----- Pequeno molho de lenha.
Gadanha ----- Concha para tirar o caldo do pote de ferro.
Granjeio ----- Fazer o trabalho da vinha.
Loja ----- Curral do porco.
Lamparina ----- Luz de azeite.
Luze-cus ----- Pirilampos.
Maias ----- Flores de giestas amarelas.
Magnórios ----- Nesperas
Meda ----- Montão cónico (lenha, estrume, .etc.).
Nena ----- Boneca de pano.
Nanar ----- Dormir.
Peneireiro ----- Milhafre.
Pilheiro ----- Lugar para guardar lenha.
Pinchar ----- Saltar.
Pita ----- Galinha
Pular ----- Saltitar.
Pote ----- Panela de ferro com três pernas.
Roga ----- Grupo de pessoas para a vindima.
Redrar ----- Cava pouco profunda para tirar as ervas
Saltarico ----- Gafanhoto.
Sardanisca ----- Lagartixa.
Cegada ----- Ceifa.
Ceitoira ----- Foice.
Sertã ----- Frigideira.
Socos ----- Tamancos.
Soquetes ----- Meias de mulher.
Testo ----- Tampa da panela.
Vencilho ----- Atilho, feito de vime ou vide.
Varrido ----- Louco.

Tudo farei o que estiver ao meu alcance. Quem conhecer mais diga!"

Frei José Jesus Cardoso - OFM.

http://cardoso-penajoia.blogspot.com/2010/02/pequeno-vocabulario-de-penajoia.html [18.abr.2020]