TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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Peso da Régua e Godim

A história desta freguesia nasce pela reorganização administrativa decretada em 2013 pelo Governo Português, que resultou das fusão das duas maiores freguesias do Concelho do Peso da Régua.

História da Freguesia de Godim

Apenas o seu nome e a denominação de um ou outro dos seus pequenos lugares fazem lembrar a remota origem da sua propriedade e cultura, calculados principalmente pelas determinações contidas nos forais novos de Trás-os-Montes, mandados fazer por D.Manuel I. Um anfiteatro de pujantes parreiras com inicio na Cederma e fim no Vale. Godim talvez não seja o nome mais antigo que da freguesia se conhece. Consta provir de Gothini ou Godinho - qualquer trunfo godo que quis, ou de quem quiseram perpetuar o nome, aplicando-o a um torrão fertilíssimo e pitoresco. Foi ainda denominada de “Vale” ou “Nateiro dos Quatro Caminhos ”, o que comprova que desde pelo menos a época visigótica, se cruzavam vias importantes neste local. A denominação de Jugueiros derivou do facto de ter existido o “jugado” - Tributo que os “jugueiros” (lavradores que possuíam carros de bois) pagavam e que D. Afonso Henriques fez reverter a favor da coroa portuguesa. A origem etimológica de Ariz (um lugar da freguesia de Godim) será provavelmente Alarici ou Alarico, nome do rei dos visigodos. Mera, de mero, senhor que tinha um qualquer território a jurisdição civil e crime. Godim foi sede de concelho até 1836, o qual integrava as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Mouramorta, Sedielos e toda a área de actual freguesia de Peso da Régua. Teve o primeiro foral dado por D. Afonso III, em Maio de 1205, em Bostelo. Teve dois forais dados por D. Sancho I e Foral Novo concedido por D. Manuel I, Em Évora, a 15 de Dezembro de 1519. Tal como a Régua, fez parte do concelho de Penaguião. A sua jurisdição nos moinhos da Firvida, para cujas correições não lhe era permitido atravessar o Couto da Régua, extinguiu-se com o seu concelho em 1836. Em Fevereiro de 1837 passou a fazer parte do concelho de Peso da Régua. Á medida que se afasta do centro urbano, Godim vai acusando as marcas de ruralidade. Vale a pena admirar a Igreja Matriz, a casa da Quinta da Nogueiras (séc. XIX); a casa de Santa Maria (séc. XVIII); casa da Quinta das Casas Novas (séc. XVIII); e casa das Cerdeiras (séc. XIX). É, também, nesta freguesia que se encontra a maior parte das esculturas de ensino do concelho, várias instituições de solidariedade social e uma série de associações de promoção cultural. Ao falar de Godim, há nomes que se impõem como o de D. Antónia Adelaide Ferreira, conhecida carinhosamente por “Ferreirinha” ou “Ferreirinha-da-Regua” pelas gentes da sua terra. D. Antónia que nasceu no concelho de Godim no ano de 1810, viveu a sua infância na Casa de Travassos, vindo a falecer em 1896 na Casa das Nogueiras. Dois anos depois da sua morte, foi criada a Companhia Agrícola dos Vinhos do Porto, mais conhecida por “Casa Ferreirinha”. Seu avô Bernardo Ferreira, deixou três filhos, José, o mais velho, o António, e o mais novo, o Francisco. José Bernardo Ferreira, de grande bondade e respeito, foi o pai de D. Antónia Adelaide Ferreira, que seria mais tarde a grande administradora da maior casa agrícola do Douro. António Bernardo Ferreira era o mais inteligente e de espírito mais comerciante. Quando ainda só se falava de um possível confronto das lutas liberais, meteu-se num barco rabelo e foi até Vila Nova de Gaia, onde vendeu os armazéns com todo o vinho por preço inferior ao praticado na altura. Quem não gostou deste negócio foi o irmão mais velho, porque os bens também eram dele e não fora consultado para o efeito. Mas com o produto da venda compraram todo o vinho existente no Douro, transportando-o de seguida em carros de bois e récuas para a Figueira da Foz. Entretanto, rebentou a guerra civil, tendo os armazéns de Vila Nova de Gaia sido saqueados e o vinho derramado para o rio Douro. Mas enquanto o norte sofria na carne a desgraça de uma guerra civil e a barra do douro estava bloqueada, estes senhores faziam as exportações de vinho generoso para Inglaterra pela barra da Figueira da Foz. Fizeram um excelente negócio e a família Ferreira ficou muito mais rica e poderosa. D. Antónia Adelaide Ferreira e António Bernardo Ferreira, primos em primeiro grau e filhos de José Ferreira e António Bernardo Ferreira respectivamente, uniram as suas vidas pelo matrimónio e tiveram dois filhos uma menina Maria d’ Assunção, mais tarde Condessa de Azambuja e um rapaz a quem deram o mesmo nome do avô e do pai. Mas só depois da morte do primeiro marido, é que o espírito empreendedor desta senhora se manifestou de forma admirável, fazendo grandes plantações no Douro e obras de benfeitoria, tornando-se numa figura de primeira grandeza. Tão importante que o Duque de Saldanha, então Presidente do Concelho, pretendeu que seu filho, o Conde de Saldanha, contrai-se matrimónio com a filha de tão distinta senhora. D. Antónia recusou o convite, embora se sentisse muito honrada, alegando para o efeito a tenra idade de sua filha, que só tinha onze anos e que também gostaria que fosse ela a escolher o seu esposo. O Duque, habituado a não ser contrariado, mandou os seus homens raptar a menina. Mãe e filha, quando souberam o que lhes pretendia fazer, fugiram vestidas de camponesas, ajudadas por amigos, para Espanha e depois para Londres, onde se refugiam. Depois da filha casada com o Conde de Azambuja, D. Antónia casou com Francisco José da Silva Torres, seu secretário. Com pouco mais de meio século de existência e no auge das suas Capacidade de administradora, comprou todo o vinho do Douro para dessa forma ajudar os agricultores na luta contra os baixos preços praticados por consequência duma crise de abundância. Com todo o vinho comprado e guardado nos seus armazéns, surgiu a “filoxera”, que destruiu quase a totalidade dos vinhedos, lançando os durienses na miséria. Mas com o poder negociável que se lhe reconhecia e com todo o vinho nos seus armazéns, pôde com facilidade negociar da melhor maneira com os ingleses, tornando a casa agrícola Ferreira muito mais rica. Depois da catástrofe praga da filoxera, mandou replantar as vinhas. Pagou a construção de quilómetros de estradas e de caminhos-de-ferro, tendo dado trabalho a mil operários e desta forma cobriu as suas vinte e três quintas com milhões de cepas. Em 1880, ficou novamente viúva, mas mesmo assim continuou com a sua obra benfeitora, ajudando a construir os hospitais de Peso da Régua, Vila Real, Moncorvo e Lamego. Mandou construir no Moledo um palácio para acolher o Rei D. Luiz, as termas, a piscina e um fabuloso parque. Ajudou a Misericórdia do Porto, ficando esta obrigada a socorrer qualquer familiar seu.

Origem da palavra Peso da Régua:

Peso - pesagem e pagamento de impostos das cargas que se destinavam ao cais da Régua.

Régua - local de ajuntamento de cavalgaduras ou récuas junto ao cais fluvial.

A história da freguesia e sua localização junto ao Rio Douro determinam fortemente a sua evolução demográfica estritamente ligada à produção vinícola e consequente comercialização dos vinhos de feitoria e Porto. - séc. XVIII - “pólo residencial com forte ascendente vitivinícola (…) os seus efeitos associavam-se á grande concentração de armazéns vitivinícolas e de outras actividades conexas como tanoarias” - “ Além disso, esta vila para além de receber a linha de comboio em 1878, beneficiou da extensão desta infra-estrutura, pois aí permaneceram os estaleiros enquanto a linha se estendia até ao Pinhão. Neste contexto, o Peso da Régua registou contínuos aumentos populacionais que ainda se avolumaram com o decorrer do tempo, proporcionando que enquanto em 1878 aqui residissem 2990 habitantes, em 1900 já fossem 3851” 5 080 habitantes (2001)

de http://www.freg-reguagodim.pt/freguesia/hist%C3%B3ria.html, [consulta em 28set2017]

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Peso da Régua - Entre socalcos, a mais bela região.
24 de Fevereiro de 2014

Historia da Régua.

O facto de, na opinião de alguns historiadores, Peso da Régua ter sido habitada durante as invasões romanas e bárbaras, deu origem ao nome Vila Regula - casa romana de campo, soterrada em lugar da cidade. Outros, porém, defendem a hipótese de derivar de “récua”, devido aos ajuntamentos de récuas ou cavalgaduras que passavam o rio Douro. Uma terceira teoria, sustenta a derivação de “reguengo”, designação atribuída às terras dos reis.
Peso da Régua pode ainda ter origem no termo “regra”, aludindo ao direito que podia ser herdado de ascendentes ou conferido a descendentes através de um foral. Esta teoria baseia-se na doação de terras feita pelo Conde D. Henrique a D. Hugo, em 1093, que por sua vez as doou a D. Egas Moniz. Seria, portanto, esta “regra” a dar origem à palavra Régoa, mais tarde Régua. Em relação à proveniência do nome Peso existem duas correntes de opinião: a primeira defende a hipótese de derivar do lugar onde as mercadorias eram pesadas e cobrados os impostos; a segunda explica a probabilidade de o nome ter evoluído a partir de um lugar onde os animais de transporte eram alimentados ou pensados, o “Penso”.
Esta parte da actual cidade é antiquíssima. A ela se referiu o foral que D. Sancho I, que concedeu ao lugar de Godim, porque lhe deu a sua herdade do monte Argemundais com seus termos declarados, requerida em 1797 pelo Marquês de Abrantes, D. Pedro de Lencastre Almeida Sá e Meneses e passada na Torre do Tombo, do livro que serviu de registo na chancelaria de D. Afonso III.
A Régua é uma cidade moderna, que apenas conheceu a sua condição de concelho após a época pombalina, no ano de 1836. Toda a importância reconhecida se inicia por culpa e graça da criação, na Régoa, da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, pelo Marquês de Pombal em 1756. Tendo mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com marcos de granito – Marcos de Feitoria – determinando assim as áreas de produção dos melhores vinhos, Portugal criava no Douro a primeira região demarcada e regulamentada do mundo. A partir daí, e por via do comércio e sua centralização local, a Régoa passou a ser o centro da Região, o local onde todos chegavam e de onde tudo partia.
“A marca funda que deixou na paisagem, na vida dos homens e no sistema de relações, mais do que a sua importância económica, para a região e para o país, fez do Port Wine um facto cultural, património da cultura portuguesa, um vinho universal. É que este vinho generoso, de características singulares, velho, doce e aromático, encerra séculos de experiência, de trabalhos, de saber e arte, de solidariedades e conflitos. Favorecido pela natureza, que reúne condições excepcionais nas encostas xistosas do vale do Douro, o vinho do Porto é, como todos os grandes vinhos, um produto dos homens. Dos durienses, claro, mas também dos negociantes do Porto, dos ingleses, das gentes pobres das terras frias de Trás-os-Montes e da Beira, dos carreiros minhotos, dos galegos… Aqui, na região demarcada de vinhos que é considerada a mais antiga do mundo (1756), no sentido contemporâneo de uma denominação de origem, a história das gentes e a história do vinhedo seguem, desde há séculos, caminhos paralelos.”

PEREIRA, Gaspar Martins; BARROS, Amândio Morais (2000).
Memória do Rio. Para uma história da navegação no Douro. Edições Afrontamento. Porto
No dia 3 de Fevereiro de 1837, Peso da Régua foi elevada a vila, tendo-lhe sido anexado o concelho de Godim, com as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Moura Morta e Sedielos. A 31 de Dezembro de 1859 foram-lhe adicionadas, pela extinção do concelho de Canelas, as freguesias de Poiares, Covelinhas, Vilarinho de Freires e Galafura. A 11 de Dezembro de 1933 foi criada a freguesia de Vinhós, desanexada da freguesia de Sedielos. Com esta desanexação, o concelho de Peso da Régua integrava onze freguesias. Com a integração de Canelas, em 1976, o concelho completou o número actual de freguesias – doze.
Peso da Régua foi elevada à categoria de cidade a 14 de Agosto de 1985.Em 1988 foi reconhecida pelo Office Internacional de la Vigne et du Vin como Cidade Internacional da Vinha e do Vinho.

Fonte http://www.cm-pesoregua.pt/ [24 de Fevereiro de 2014]

de https://www.facebook.com/permalink.php?id=600752013338751&story_fbid=600766156670670, [consulta em 28set2017]

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A História - Peso da Régua

A origem da fundação da Régua remonta à época romana. Aqui, os romanos terão instalado na um presidium, tornando, em virtude disso, o território comunicável com outras terras.
Contudo, alguns escritores supõem que a fundação de Peso da Régua data do reinado de D. Sancho I, entre 1202 e 1207, altura em que terá começada a povoação de alguns lugares do concelho limítrofe de Santa Marta de Penaguião.
Em 1093, o conde D. Henrique e sua mulher D. Teresa escolheram para bispo do Porto, D. Hugo, a quem fizeram por doação, os dízimos das terras da Régua. Em 1135, os bispos do Porto fizeram deste território couto para a jurisdição civil, a qual foi confirmada por D. Pedro I ao bispo D. Afonso Peres Pinto. Em 1492 foi criado a arcediago da Régua, com metade dos dízimos.
Em 26 de Dezembro de 1513, el-rei D. Manuel atribuiu foral à Peso da Régua. Contudo, este não terá sido o primeiro foral atribuído às terras reguenses. Alguns historiadores consideram a possibilidade de o primeiro ter sido atribuído por D. Afonso Henriques, enquanto outros apresentam a possibilidade de D. Hugo ter integrado o território correspondente à Régua num foral concedido a Santa Marta de Penaguião.
As primeiras referências à Régua como vila datam de 1687, transcritas de um atribuído por D. Pedro II, para a realização de uma feira: "El-rei Faço saber que havendo respeito ao que por sua petição me representarão os Moradores da villa do Peso da Régua, e os do Concelho de Penaguião para effeito de lhes conceder licença para na dita Villa do Peso...."
A etimologia do nome de Peso da Régua não é consensual. Segundo alguns historiadores, Régua deriva de reguengo - designação de terras enquanto património dos reis. Pelo que se depreende de alguns forais, as terras de S. Faustino da Régua foram, ou fizeram parte, de um reguengo, habitadas por reguengueiros ou colonos. Outros historiadores consideram a possibilidade de o nome derivar de récua, em virtude das récuas ou ajuntamentos de cavalgaduras que os almocreves reuniam no cais, em virtude da passagem do rio Douro demorar muito tempo.
Sob o ponto de vista fonético, a primeira hipótese será pouco provável. A segunda, apesar de aceitável, poderá não ser exata no que concerne à explicação encontrada na documentação disponível para análise.
Considerando estas hipóteses inconclusivas, a investigação histórica aponta uma terceira explicação: Régua poderá derivar de regra - termo que significava manter direito, disposição de lei. Direito esse herdado de ascendentes ou conferido a descendentes por foral.
Em conformidade com este pressuposto está a doação feita pelo conde D. Henrique a D. Hugo. Da mesma forma, poder-se-á ainda considerar a doação feita por D. Afonso Henriques ao aio D. Egas Moniz no foral de Godim, cuja área contemplada integrava Peso da Régua. O primeiro fato refere-se à confirmação de um direito por sucessão (D. Hugo) e o segundo a um direito dado a alguém que o soube merecer (D. Egas Moniz).
A descrição feita nos Anais da Vila e Concelho do Peso da Régua relativa ao concelho de Godim levam a concluir que a Régua se localizava entre Godim e a Firvida, o que permite deduzir que a Régua se regia por si, sendo, por isso, possível uma administração com regras próprias. Mais um contributo para a validação da terceira hipótese de explicação da etimologia do termo.
Fonologicamente, a derivação do termo regra aproxima-se mais da designação atual de Régua, do que os termos reguengo ou récua.
Contudo, não existe documento que assegure qual das três hipóteses consideradas é a verdadeira.
O nome Peso deriva do lugar onde era efetuado o peso dos géneros e se cobravam os direitos impostos a várias mercadorias. A esta parte da cidade se referiu D. Sancho I no foral passado a Godim. O documento data de 1210 da era de Cristo.
Peso da Régua foi elevada a concelho em 1836.
A história do território e das suas gentes fica marcada pela instituição na vila da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, pelo Marquês de Pombal em 1756.
Tendo mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com marcos de granito – Marcos de Feitoria – determinando assim as áreas de produção dos melhores vinhos, Portugal criou no Douro a primeira região demarcada e regulamentada do mundo. A partir daí, em virtude da sua localização geográfica, Peso da Régua tornou-se no centro nevrálgico da Região.
Em 1837, foi anexada à vila de Peso da Régua o concelho de Godim, com as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Moura Morta e Sedielos. A 31 de Dezembro de 1859 foram-lhe adicionadas, pela extinção do concelho de Canelas, as freguesias de Poiares, Covelinhas, Vilarinho de Freires e Galafura.
A 11 de Dezembro de 1933 foi criada a freguesia de Vinhós, desanexada da freguesia de Sedielos. Com esta desanexação, o concelho de Peso da Régua totalizou onze freguesias. Com a integração de Canelas, em 1976, o concelho completou o número atual de freguesias – doze. São elas: Canelas, Covelinhas, Fontelas, Galafura, Godim, Loureiro, Moura Morta, Peso da Régua, Poiares, Sedielos, Vilarinho de Freires e Vinhós.
Peso da Régua foi elevada à categoria de cidade a 14 de Agosto de 1985. Em 1988 foi reconhecida pelo Office Internacional de la Vigne et du Vin como Cidade Internacional da Vinha e do Vinho.

de http://www.cm-pesoregua.pt/index.php/turismo/historia, [consulta em 28set2017]

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União das Freguesias do Peso da Régua e Godim

Peso da Régua

O comércio e os serviços conheceram um grande desenvolvimento nas últimas décadas, mas a vinha e o vinho continuam a ser a imagem de marca da cidade.
Na Régua, o turista pode ainda visitar o edifício da Casa do Douro, cuja construção data do segundo quartel do séc. XX, em granito polido e mármore, com vitrais da autoria do pintor Lino António, onde pode ver retratada a história da Região Demarcada do Douro.
A visita à Régua ficará completa com uma passagem pela Estação Ferroviária, onde o primeiro comboio chegou no dia 14 de Julho de 1879, de onde se parte para outros pontos da região, continuando a viagem de comboio ou de camioneta.

Heráldica

Brasão: escudo de prata, dois cachos de uvas de púrpura, sustidos de verde e um cálice de vermelho, tudo bem ordenado; campanha diminuta ondada de azul e prata de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «FREGUESIA de PESO da RÉGUA».

Godim

Apenas o seu nome e a denominação de um ou outro dos seus pequenos lugares fazem lembrar a remota origem da sua propriedade e cultura, calculados principalmente pelas determinações contidas nos Forais Novos de Trás-os-Montes, mandados fazer por D. Manuel I. Um anfiteatro de punjantes parreiras com inicio na Cederma e fim no Vale.
Godim talvez não seja o nome mais antigo que da freguesia se conhece. Consta provir de Gothini ou Godinho – qualquer trunfo godo que quis, ou de quem quiseram perpetuar o nome, aplicando-o a um torrão fertilíssimo e pitoresco. Foi ainda denominada de “Vale” ou “Nateiro dos Quatro Caminhos”, o que comprova que desde pelo menos a época visigótica, se cruzavam vias importantes neste local.
A denominação Jugueiros derivou do facto de ter existido o “jugado” – tributo que os “jugueiros” (lavradores que possuíam carros de bois) pagavam e que D. Afonso Henriques fez reverter a favor da coroa portuguesa. A origem etimológica de Ariz (um lugar da freguesia de Godim) será provavelmente Alarici ou Alarico, nome do rei dos visigodos. Mera, de mero, senhor que tinha em qualquer território a jurisdição civil e crime.
Godim foi sede de concelho até 1836, o qual integrava as freguesias de Godim, Loureiro, Fontelas, Mouramorta, Sedielos e toda a área da actual freguesia do Peso da Régua. Teve o primeiro foral dado por D. Afonso III, em Maio de 1205, em Bostelo. Teve dois forais dados por D. Sancho I e Foral Novo concedido por D. Manuel I, em Évora, a 15 de Dezembro de 1519. Tal como a Régua, fez parte do concelho de Penaguião. A sua jurisdição nos moinhos da Firvida, para cujas correições não lhe era permitido atravessar o couto da Régua, extinguiu-se com o seu concelho em 1836. Em Fevereiro de 1837 passou a fazer parte do concelho do Peso da Régua.
À medida que se afasta do centro urbano, Godim vai acusando as marcas de ruralidade. Vale a pena admirar a Igreja Matriz, a casa da Quinta das Nogueiras (séc. XIX); a casa de Santa Maria (séc. XVIII); casa da Quinta das Casas Novas (séc. XVIII) e a casa das Cerdeiras (séc. XIX). É, também, nesta freguesia que se encontra a maior parte das estruturas de ensino do concelho, várias instituições de solidariedade social e uma série de associações de promoção cultural.

Heráldica
Brasão: escudo de negro, barco rabelo de ouro, mastreado e cordoado do mesmo, vestido de prata, carregado com sete pipas de ouro, realçadas de vermelho, vogante em campanha diminuta de três tiras ondasas de prata e azul; acantonados em chefe, dois cestos de prata com cachos de uvas de ouro, folhados de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: «GODIM».

http://www.cm-pesoregua.pt/index.php/concelho/uniao-das-freguesias-do-peso-da-regua-e-godim, [consulta em 28set2017]

1210 - MONTE ARGEMUDÃES

«Em 1210, na carta de Foro do Monte Argemudães, concedida por D. Sancho I, foi dito que esse monte «diudit (divide) cum Louerigos et cum Villa Maior et inde cum Remustruyaz et cum Peso et inde per venam (pelo leito) de Corrago (rio Corgo)…».»  

In
http://www.cm-smpenaguiao.pt/freguesias/uniao-das-freguesias-de-lobrigos-sao-miguel-e-sao-joao-baptista-e-sanhoane/, 
(Textos gentilmente cedidos por Dr. Artur Vaz) 
[Consulta minha em 28set2017]

«Esta parte da actual cidade (o Peso (da Régua)) é antiquíssima. A ela se referiu o foral que D. Sancho I, que concedeu ao lugar de Godim, porque lhe deu a sua herdade do monte Argemundais com seus termos declarados, requerida em 1797 pelo Marquês de Abrantes, D. Pedro de Lencastre Almeida Sá e Meneses e passada na Torre do Tombo, do livro que serviu de registo na chancelaria de D. Afonso III.» 

In
https://www.facebook.com/permalink.php?id=600752013338751&story_fbid=600766156670670, 
Fonte: http://www.cm-pesoregua.pt/, 
[Consulta minha em 28set2017]

Caldas do Moledo Caldas de Penaguião

Época termal
1 de Junho a 30 de Outubro

Indicações
Reumatismo, dermatoses e doenças das vias respiratórias.

Tratamentos/ caracterização de utentes
Horário: 8-12h e 16-20h

Responsável técnico: Dr. Pedro Espinha Marques (geólogo – UP).
Director Clínico: Dr. Eduardo Miranda; 4 técnicos de balneoterapia.

Tratamentos:

Balneoterapia: Banhos de imersão simples, imersão com duche subaquático, duche de agulheta. ORL: Irrigação, inalação; pulverização e gargarejo.
“A procura é sobretudo para reumatismo e vias respiratórias, temos pulverização, inalação e irrigação. O número de aquistas anda pelos 800 e tal, 900. Uns 80% são pessoas da região, embora venha gente de fora, o ano passado tivemos dois franceses e um suíço, temos gente que vem de Lisboa, pouca, que essa vai mais para São Pedro do Sul, e gente do Porto e de Penafiel” (conversa com Manuel Soeiro) Os programas de “bem-estar termal” e similares não estão nos horizontes da direcção destas termas, mas no entanto “há já muitos anos que temos por prática permitir três tratamentos sem ir a consulta médica. Toda a gente pode vir cá experimentar no máximo de três dias os nossos tratamentos, a partir do terceiro tratamento não permitimos porque pode haver problemas.”

Instalações/ património construído e ambiental

Almeida (1913) fala de três nascentes: da Beira Rio, para uso interno; a da Lameira, para duches e pulverizações; e a da Estrada, para banhos. “Essas nascentes tradicionais foram anuladas. Agora as termas são alimentadas pelos furos AC1 e AC2, anulámos tudo porque começámos a ter vários problemas com análises. Fizemos dois furos num estudo feito pela A. Cavaco, pelo professor Simões Cortez, que é um dos craques na matéria, o AC2 para alimentar o balneário de cima, embora estejamos a utilizá-lo cá em baixo, e o AC1, que é mesmo aqui em frente e que alimenta todo este balneário. Tudo em tubo inox A16, que vai directo às banheiras, não temos qualquer depósito, porque a nossa temperatura das águas permite isso, é 45º na nascente.” (conversa com Manuel Soeiro)
O parque é um surpreendente espaço arborizado por enormes plátanos, formando um largo terraço sobre o Douro, obra dos tempos da famosa Ferreirinha que aqui tinha o seu palacete, separado deste parque pela estrada da Régua para Amarante.
No interior deste parque, fechado por um gradeamento e monumentais portões do século XIX, encontra-se o edifício do balneário Dr. João Araújo Correia e o edifício chamado das piscinas. O primeiro é uma construção rectangular de um piso com cerca de 500 m2, correspondente ao antigo balneário das Lameiras, sobre o qual na década de 1980 foi construído o complexo de alojamento. O edifício chamado das piscinas, ou balneário Dr. Francisco de Mesquita Montes, foi inaugurado em 1982, e actualmente não funciona como balneário termal por não se justificar em relação à frequência de aquistas, como justificou Manuel Soeiro, responsável pelas termas: “O que se passa com o balneário das piscinas, é que nós não tínhamos meios para rentabilizar aquilo. Então enquanto as termas estão fechadas, pusemos a funcionar como natação de lazer. Nós dizemos que está fechado porque não podemos misturar água fria, água da companhia, na água termal e para abrir aquilo como manda as regras tínhamos de só ter água termal, tínhamos de pedir a licença à DGS e isso tudo. Assim vamos servindo as pessoas, vamo-nos servindo a nós também e portanto está a funcionar neste momento com natação de lazer, só no período das 5 às 8 da noite.”
Quanto ao velho palacete da Ferreirinha e ao antigo hotel ambos em estado de pré-ruína, o primeiro é propriedade da Câmara Municipal da Régua e o segundo pertence à Junta de Turismo, entidade exploradora das Caldas. Projectos para estes dois edifícios ainda não há, existe sim uma comissão camarária encarregue do estudo e levantamento do existente. Manuel Soeiro afirmou a esse respeito que se a Câmara vier a optar pela recuperação do palacete para fins hoteleiros a Junta de Turismo cede o espaço do hotel: “Aquele edifício, na nossa perspectiva, era destruí-lo e construir no local um parque de estacionamento. Ou vice-versa, fazer o estacionamento do outro lado e ali um hotel. Mas isso está tudo nessa comissão de estudo que irá esclarecer as várias hipóteses.”

Natureza

Subgrupo das sulfúreas sódicas, hipotermal. Alcalino sódicas (Almeida e Almeida 1970)
Sulfúrea sódica (45º) (Calado 1992)
Águas mesotermais a 45º de temperatura e fracamente mineralizadas, ocres, com reacção alcalina, carbonatadas, bicarbonatadas, fluoretadas, sódicas e sulfúricas (in folheto)

Alvará de concessão

1895 – Alvará de Concessão, publicado no DG nº 96, de 1/5, a favor de D. Antónia Adelaide Ferreira
1923 – Alvará de Transmissão, Publicado no DG nº 144, 2ª série, de 23/6
2005 – Portaria nº 285/2005 de 21/3/05, que aprova o perímetro de protecção imediato, intermédio e alargado. Responsável pelas termas: Manuel Soeiro

Historial

Fonseca Henriques, no “Aquilégio” (1726), chama-as de Caldas de Penaguião, mas só enumera as suas qualidades curativas, “semelhantes à das outras Caldas sulfúreas”. Cristóvão Reis (1779) designa-as por Caldas da Rede ou de Moledo.
Tavares (1810) escreve que “há quatro nascentes de água sulfúrea tanto na margem do rio, que facilmente são cobertas em qualquer inundação dele […] Por falta de comodidades (pois que o sítio não admite poder-se ali edificar casas ou barraca, e menos conservar-se em razão das enchentes) costumam para tomar banhos fazer covas na areia em que possam caber os enfermos, as quais se cobrem com cabanas de ramos de arvores, ou como é possível. Pela banda norte, destas nascentes há um lameiro murado, aonde o rio não chega, no qual aparece a mesma quantidade de água termal, e onde feitas as possíveis comodidades seria mais vantajoso o uso destas Caldas.”
Estas águas estiveram presentes na Exposition Universelle de Paris de 1867 e sobre as nascentes escreveu o médico Agostinho Lourenço (1867) no catálogo para essa exposição: “Il y a dix sources distribuées en trois groupes; cinq d’ente elles sourdent dans le lit même du Douro et ne sont mises à découvert qu’en temps d’étiage ; trois autres jaillissent à droite et deux à gauche de la route qui conduit de Régua á Amarante.” Lourenço não refere nenhum estabelecimento balnear, mas Ortigão (1875) escreve que este se achava “muito melhorado” desde que era pertença do sr. Torres da Régua.
Lopes (1892) classifica-as da mesma forma que Lourenço (bicarbonatadas sódicas, silicatadas sulfídricas), e denomina as nascentes “pelo nome de Moledo ou Granjão, Corvaceira, Rede, Fontelas e Peanaguião”. Quanto ao estabelecimento balnear, comenta que “Estas caldas, já conhecidas nos primeiros anos do século passado, têm hoje um regular estabelecimento hidroterápico para banhos, duches, inalações e pulverizações.” Mas à época em que Alfredo Lopes escrevia estas linhas, já o proprietário das Caldas de Moledo, José da Silva Torres, tinha falecido havia 12 anos, e as Caldas, embora arrendadas, pertenciam à sua viúva, D. Antónia Adelaide Ferreira, a famosa Ferreirinha. No início de década de 1880 esta empresária tinha terminado com a exploração por arrendamentos anuais das Caldas de Moledo, e no local construíra uma residência de veraneio, “o palacete”, que serviu de residência a D. Luís I na sua deslocação à região.
Em 1894, o relatório de reconhecimento do engenheiro Pacheco (1894) é de tom elogioso: “Transformou um amplo e atraente parque ajardinado, para passeio e distracção dos banhistas […] Reformou, radicalmente, o velho estabelecimento balnear, tão radicalmente que o tornou desconhecido dos seus antigos frequentadores, e conforme eu mesmo, que conheci as velhas termas, posso atestar. A falta de asseio desapareceu; foi aumentado o número de tinas; reformaram-se os velhos edifícios e construíram-se outros; ao lado dos banhos de imersão foi instalada uma magnífica sala de duches, tão completa que há quem afirme ser a primeira do género em Portugal; com os duches, foi instalado, também, um serviço, muito perfeito, de inalações e pulverizações.”
A concessão foi passada em nome de D. Antónia Adelaide Ferreira em 1895, e no ano seguinte faleceu esta senhora. As instalações que então existiam não deveriam ser muito diferentes das que Sarzedas (1907) descreveu: “A partir de cima para baixo, e em três pavimentos diferentes, assentam os estabelecimentos da Estrada, das Lameiras e do Rio. No primeiro há apenas a instalação de banhos de imersão, em quartos pouco espaçosos, é certo, mas bem cuidados em asseio. No segundo, o das Lameiras, há quatro corpos de edifício: três para banhos de imersão, em banheiras, e um destinado à instalação dos duches, que são variados e completos; e nesta edificação há também as instalações de pulverizações, inalações e irrigações. Todas as instalações das Lameiras estão em boas condições de aplicações. No terceiro pavimento, o do rio, uma barraca móvel de madeira, muito luxuosa e bem construída, onde funciona só uma banheira; e um pouco mais abaixo a ao lado, a nova instalação das piscinas, que é, a meu ver, de todas a melhor que possuem o estabelecimento termal de Moledo.
É também neste último pavimento que está a buvete, que destoa das instalações vizinhas, ao ponto de ser constituída sem os reparos que lhe são devidos, correndo nela a água termal por um cano de chumbo.”
No início do século XX a afluência a estas Caldas rondava os mil aquistas, e como instalações hoteleiras havia o Grande Hotel, o Hotel Vilhena e o Petit Hotel. O Casino e o parque à beira do Douro completavam o equipamento das termas.
Em 1923 os herdeiros da Ferreirinha venderam as Caldas de Moledo, tornando-se proprietário o coronel Miguel Evaristo Teixeira de Barros. Pelo que se verifica dos relatórios de Acciaiuoli das décadas de 1930 e 40, o número de frequentadores tinha descido vertiginosamente, para abaixo dos 300 aquistas por ano.
O balneário continuou em funções nas décadas seguintes, mas sem renovações apreciáveis, e em 1962, a juntar à crise que o sector do termalismo, vieram as cheias do Douro, destruindo boa parte do balneário e das suas captações.
O complexo termal foi então vendido à Junta de Turismo das Caldas de Moledo, que inicia uma recuperação dos balneários e piscinas. Em 1971 as águas do Douro cobrem novamente as instalações. Desta feita não foram inundações, mas sim as águas da albufeira do Carrapatelo, cuja cota obrigou à demolição das piscinas e de outras instalações à beira-rio.
Com as indemnizações recebidas construiu-se um novo edifício para as piscinas, inaugurado em 1982 com o nome de Dr. Francisco de Mesquita Montes, em homenagem a este médico hidrologista que aqui exerceu clínica. Sobre o velho balneário das Lameiras, já à época unidos os quatro corpos em que se compunha originalmente, foram construídos os apartamentos hoteleiros.
Actualmente encontra-se em funcionamento o balneário das Lameiras, baptizado de Dr. João Araújo Correia. Quanto a projectos futuros, a Junta de Turismo aguarda as decisões de um estudo da Câmara Municipal sobre todo o conjunto urbano das Caldas de Moledo, que esperemos venha a ser tão belo e tranquilo como o seu enquadramento paisagístico.

Alojamentos

Sobre o balneário foi construído no início da década de 80 um complexo hoteleiro com 10 apartamentos T1, cuja exploração foi concessionada à empresa Tridurius, que pelo contrato de concessão deveria também explorar um restaurante no balneário das piscinas, mas tal nunca se veio a concretizar.

Recortes

JN - 21/1/04 (Almeida Cardoso) – Termas das Caldas de Moledo renovadas – Espaço aprazível , situado na margem do rio Douro recebeu 750 aquistas em 2003. Destaque: As cheias do Douro às vezes deixam marcas.

JN - 11/6/00 (Fernando Seixas) Termas de Portugal – Caldas de Moledo buscam brilho de outrora – Com uma frequência a subir de ano para ano, a estância termal do concelho de Peso da Régua vem melhorando as instalações. (Destaque: Uma vida atribulada cheia de altos e baixos) regressar ao topo da página

Bibliografia

Acciaiuoli: 1936; 1937; 1940; 1941; 1942; 1944; 1947;1948a; 1948b; 1949-50; 1953, Almeida 1948, Almeida 1970, Almeida 1913, Alves, Azevedo, Almeida e Leão 1871, Azevedo 1867, Baptista1874-79, Bastos 1934, Brandt 1881,Brito 1945, Castro 1762, Castro 1894-95, Contreiras: 1930; 1937; 1941; 1942; 1951. Correia 1923, Correia 1943, Costa 1909, Costa 1942,Costa 1819, Félix 1877, Florido 1899, Gusmão 1871/72, Henriques 1726, Leal 1875-80, Leite1930, Lepierre 1926,Lepierre e Carvalho 1937, Lepierre 1936, Lopes 1892, Lourenço 1867, Melo 1932 ,Mira 1948, Miranda 1921ª, Miranda 1921b, Morais 1943, Narciso: 1920; 1920b; 1925; 1933; 1934; 1948. Neiva 1946-47, Ortigão 1875, Pacheco1894, Reis 1779, Sarzedas 1907, Silva 1895, Silva 1908, Tavares 1810, Torres1886, Vale 1845, Vasques 1894, Vaz 1842, Viana1898, Águas minerais do continente e Ilha de S. Miguel 1940, As águas de S. Pedro do Sul 1904, Águas e Termas Portuguesa 1918, Anuário Médico-hidrológico de Portugal1844, Caldas de Moledo 1896-97, Caldas de Moledo – Legislação e Regulamento 1899, Moledo termal 1921,Caldas de Moledo 1934, Le Portugal Hydrologique et climatique1930-42, Termas de Portugal 1947

Fonte: www.aguas.ics.ul.pt/vilareal_cmoledo.html, [Consulta em 24set2017]

Ponte Ferroviária da Régua

A Ponte Ferroviária da Régua, também conhecida por Ponte da Régua, é uma ponte sobre o Rio Douro, no Concelho de Peso da Régua, em Portugal. Construída em 1934 no âmbito da Linha de Lamego, foi adaptada a uso rodoviário depois daquele projecto não ter sido concluído.[1][2]

História

A ponte foi construída pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro, tendo o projecto sido elaborado pelo engenheiro Avelar Ruas, e a obra conduzida pelo engenheiro Maçãs Fernandes.[3][4]

Foi construída em alvenaria, o que fez destacar entre as pontes construídas nesta época, normalmente construídas em ferro, material que permitia uma construção mais económica.[4]

Em Novembro de 1931, começaram-se a construir dois pilares sobre o terceiro arco da ponte, com 65 metros de comprimento, tendo, nesse ano, sido concluído o último e o maior arco da ponte[5][3]; no ano seguinte, os dois pilares já tinham sido concluídos, junto com outros dois sobre o mesmo arco, continuaram a ser edificados os 6 arcos de 6 metros que formavam os tímpanos vazados, foram colocadas as fiadas de tímpanos a jusante e a montante, numa extensão de 150 metros, e foram montadas as pedras de plinto e as guardas.[5] Assim, em 1932, ficaram por montar os quartos de cone, que já estavam a ser construídos, e terminar a instalação dos panos de grade, em cimento armado, a intercalar com os de cantaria.[5] Em 1933, foram concluídos os quartos de cone, os encontros em ambas as margens, o rompimento da trincheira na margem esquerda, e o muro de espera do aterro da margem direita, e foi executado o desvio da estrada sobre o primeiro arco de 6 metros, na margem esquerda do rio.[6]

A ponte foi oficialmente dada como concluída em 30 de Setembro de 1934, tendo as últimas obras sido a instalação das grades, e de uma passarela em cimento armado na trincheira da margem esquerda do rio.[1]


Referências
[1]↑ Ir para: a b «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1129). 29 páginas. Consultado em 9 de Fevereiro de 2013 Texto "1 de Janeiro de 1935" ignorado (ajuda)
[2]Ir para cima ↑ «Requalificação de ponte na Régua custa 1,6 milhões de euros». Público. 3 de Março de 2011. Consultado em 9 de Fevereiro de 2013
[3]↑ Ir para: a b «O ano de 1931 e a Comp.ª Nacional de Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 45 (1059). 1 de Fevereiro de 1932. 67 páginas. Consultado em 9 de Fevereiro de 2013
[4]↑ Ir para: a b «A Obra da Junta Autónoma das Estradas na Construção de Grandes Pontes de Estrada» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1149). 1 de Novembro de 1935. 450 páginas. Consultado em 9 de Fevereiro de 2013
[5]↑ Ir para: a b c «Ainda o que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no ano de 1932» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1082). 62 páginas. Consultado em 9 de Fevereiro de 2013 Texto "16 de Janeiro de 1933" ignorado (ajuda)
[6]Ir para cima ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 52 páginas. Consultado em 9 de Fevereiro de 2013 Texto "16 de Janeiro de 1934" ignorado (ajuda)

pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Ferroviária_da_Régua, Consulta em 16set2017