TERRAS DE PENAGOYÃ:

Apesar de nos tempos de hoje não ser uma realidade correspondente ao que era no passado, defendo a sua promoção e estudo. Porque a nossa história deve ser estudada, preservada e publicitada.
SE NÃO DEFENDERMOS O QUE É NOSSO, QUEM É QUE O DEFENDE?
"

Por Monteiro de Queiroz, 2018

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Maria Celeste 1934 - 2017

Caros amigos!

Vimos por este meio agradecer a todos que de uma forma ou de outra estiveram com a nossa família na sequência do falecimento do nosso ente querido Maria Celeste.

Na mortalha, no funeral, através do telemóvel, do facebook, ou na missa de sétimo dia, ocorrida hoje na Igreja Matriz do Peso da Régua - Nossa Senhora do Socorro, foi bom saber que num momento doloroso como este todos os amigos e familiares se lembraram de nos confortar minimizando de uma certa forma a dor que nos abraça a todos: cunhada, filhos, genros e noras, netos, sobrinhos, afilhadas e amigos.

Bem-hajam a todos!

Peso da Régua, 31 de Janeiro de 2017
Natália, Pedro David e Monteiro de Queiroz e restante família

Obrigado Maria Celeste! És e serás sempre a nossa Rainha!

"Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém." Nicholas Sparks

A tua família!...


N 30.06.1934 - F 25.01.2017

Conhecer Baião | Castelo de Matos

"No topo da serra do Castelo, fronteira à da Aboboreira, havia na Idade Média o antigo Castelo de Penalva (no alto que se designa hoje por Castelo de Matos), da família nobre de Baião, que topograficamente dominava a Terra de Baião.

Foram encontrados vestígios de um castelo de madeira dos meados do século XI (cuja construção se procura explicar mais adiante) e, na orla do cume, de uma muralha em pedra que rodeava um habitat (século XI-XII). Foram também lá encontradas uma espora de um cavaleiro medieval e várias pontas de tiro ao arco.

Sabe-se, contudo, hoje que a ocupação desse espaço terá sido ainda mais anterior. Com efeito, trabalhos arqueológicos realizados entre 1982 e 1986 permitiram obter mais conhecimento sobre esta área. Verificou-se assim que, a uma mais recente ocupação Medieval, antecedeu-lhe uma importante ocupação do Bronze Final. Esta ocupação assume papel preponderante quer pela sua implantação quer pelos itens encontrados, raros no Norte de Portugal.

São comuns os casos de reutilização de castros e outros espaços habitados em períodos posteriores, ao longo da Alta Idade Média e da Baixa Idade Média. Desde logo, porque esses locais continuavam a manter a sua importância estratégica defensiva (a sua posição, em zonas montanhosas, permitia uma visão alargada do território envolvente e dificultava eventuais ataques). Além do mais, nas áreas dos velhos castros, as populações da Idade Média encontravam um terreno já previamente preparado com “desaterros e linhas de muralha e … abundância de pedra talhada disponível para novas edificações” (BARROCA, 1985, p. 5).

De acordo com Dinis (1991), o cume a que nos referimos trata-se de uma elevação cónica com vertentes íngremes e paralelas à Serra da Aboboreira separando-se desta pelo vale do rio Ovil. Nesta zona o solo é eminentemente pobre o que suporta a sucessiva ocupação do espaço mais de cariz defensivo e menos de cariz agrícola.

O estudo efetuado permitiu compreender que, não obstante, o remeximento e aplanamento ocorrido por altura da Idade Média, a ocupação da Idade do Bronze deveria ser importante já que, para além da cerâmica encontrada (mais de dois milhares de fragmentos), se acharam diversos fragmentos de moldes em argila, duas pontas de seta, uma pequena faca e uma conta em âmbar (raríssima no contexto arqueológico do Norte de Portugal). Uma datação por C14 permitiu datar os artefactos encontrados de início do séc. VIII.

A intensificação do processo de Reconquista Cristã que ocorre no século XI leva a uma reforma na organização do território. Até então, as regiões do atual território português sob domínio cristão estavam divididas em extensas áreas geográficas: os territoria (territórios) de Braga, Portucale e Coimbra e as civitates de Anegia (Eja – Entre-os-Rios) e Santa Maria (que defendiam as duas margens do Douro desde a região de Baião até ao litoral). No entanto, foi necessário criar novas áreas mais reduzidas, as terras, que seriam entregues a nobres locais (infanções). Como exemplo dessas novas terras podemos indicar: Alvarenga, Aguiar de Sousa, Arouca, Baião, Condeixa, Gestaçô, Lamego, Montemor-o-Velho, Panoias (Vila Real), Penafiel e Seia, entre outras.

Precisamente nessa altura foi, portanto, criada a Terra de Baião. Esse território era, grosso modo, limitado pelos seguintes cursos de água: rio Galinha e a ribeira de Roupeira, a oeste; rio Teixeira, a este; rio Ovelha, a norte; rio Douro, a sul. Um documento de 1066 (diploma DC451 dos Portugaliae Monumenta Historica) permite identificar já as seguintes povoações:
a)villa maskinata – Mesquinhata;
b)villarelio – Vilarelho (Ovil);
c)villa prato – Prado (Campelo);
d)villa pausata – Pousada (Gove);
e)villacova – Vila Cova (Gove);
f)villa ovil – Ovil.

De acordo com o mesmo documento, a povoação de Ovil encontrava-se “subtus penna alba”, ou seja, junto ao Castelo de Penalva (Castelo de Matos).

Cerca de 200 anos mais tarde, em 1258, as Inquirições mandadas fazer pelo rei D. Afonso III designam esse castelo como “castelli de Bayam”, em cujas redondezas se situava a “villa de Matis” (Matos). Assim, segundo Barroca (1985), “Castelo de Matos foi, desde meados do século XI, a cabeça da Terra de Baião.”

Como podemos ver, a construção do Castelo de Matos ocorreu na mesma época em que a Terra de Baião foi criada. Os achados arqueológicos revelam-nos um dado interessante: embora nos finais do século XI ou nos inícios do século XII já estivesse erguido um castelo de pedra, antes desse houve um castelo de madeira, que foi consumido pelo fogo. A que se ficou a dever a construção de um castelo de madeira em Baião, que Barroca (1990/91, pp. 118-119) considera “como único caso seguro de uma estrutura castelar mediévica erguida em madeira no território português”.

A construção de um castelo na Terra de Baião era uma emergência. Não só a sua existência era fundamental para defender o território e as populações, como era importante para sublinhar a importância dos senhores de Baião. Tendo sido uma construção urgente, foi necessário recorrer aos materiais que fossem fáceis e baratos de obter e fáceis de trabalhar e transportar. Por esses motivos se escolheu a madeira, que permitiu construir o castelo mais rapidamente e usando a mão-de-obra local. Estabelecido o território e garantido o poder dos senhores de Baião, foi então possível abandonar a estrutura de madeira (talvez tenha sido queimada propositadamente ou pode ter sido destruída num conflito) e construir o castelo de pedra.

Para um maior aprofundamento de conhecimentos sobre o local, não deixe de visitar o Museu Municipal de Baião.

Contactos:
Museu Municipal de Baião
Telefone: + 351 255 540 550
Fax: + 351 255 540 510v


Bibliografia:
BARROCA (Mário Jorge)
1985 – Notas sobre a ocupação medieval em Baião. Separata da revista “Arqueologia” nº 10. Porto.
1990/91 – Do Castelo da Reconquista ao Castelo Românico. (Séc. IX a XII). Separata da revista “Portugália”, Nova Série – Volume XI-XII. Porto, Instituto de Arqueologia da FLUP.
2003 – “Arquitectura Militar” in Manuel Themudo Barata e Nuno Severiano Teixeira (Direção), Nova História Militar de Portugal, volume1 (coordenado por José Mattoso), Lisboa, Círculo de Leitores, pp. 95-121."


in http://www.agrupamento-vale-ovil.edu.pt/turismo/Do_silencio_aos_sabores_da_Terra/Castelo_de_Matos.html

Cinco clãs fundadores de Portugal

«cinco clãs fundadores de Portugal»
in Genealogia Das Famílias Moreira Maia e Ferreira dos Reis, por Maria das Graças Maciel Reis e Maria Salomé Reis Alves de Lima, 2014, página 28

«hegemonia política das já referidas cinco linhagens – dos senhores de Sousa, da Maia, de Ribadouro, de Baião e de Bragança – que tinham prevalecido sem rival na corte do conde D. Henrique.»
de https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/grandes-reportagens/953-afonso-henriques

«A linhagem dos senhores de Baião é anterior à fundação de Portugal. Quando os livros aqui citados referem 1º, 2º, 3º, etc, entenda-se, nesta família e por mercê do rei D. João I, uma vez que não há como numerar com exactidão os senhores de Baião que os precederam, descendentes dos godos.» 
de http://geneall.net/pt/forum/59/senhores-de-baiao/

A BASTARDIA DA CASA WINDSOR…

A BASTARDIA DA CASA WINDSOR… AFINAL O LEGÍTIMO REI DE INGLATERRA É PORTUGUÊS!

Detalhes
Atualizado em 17-10-2016
Publicado em 08-10-2013

Foto: Noticiasnews247.blogspot.com

(Contém a revelação de novos factos sobre as verdadeiras causas que mataram Diana Spencer)

O casamento de D. João I com Filipa de Lencastre em 1387 foi lavrado no âmbito da mais Velha Aliança diplomática celebrada em 1373 entre os reinos de Portugal e de Inglaterra, esta missiva, ficou conhecida na história universal como Tratado de Windsor. Contudo, esta Aliança tem sido muito mais útil à Grã-Bretanha do que a Portugal, o desequilíbrio evidente verificado nos proveitos entre os signatários deve-se fundamentalmente à reconhecida superioridade financeira e geopolítica que a Velha Albion tem tido, no plano internacional. Não foi por acaso que a coroa britânica em 1834 escolheu o velho aliado para esconder o futuro legítimo Rei batizado com o nome de Marcus Manoel. O pequeno príncipe, foi trazido de Inglaterra secretamente por D. Fernando Saxe-Coburgo-Gotha, o alemão que mais tarde se tornaria no Consorte do reino ao casar-se com Dona Maria II.

O inesperado bebé Real britânico ficou, desde então, exilado e ocultado num reino considerado seguro, cuja tradição diplomática impedia qualquer acção considerada menos lícita ou cavalheiresca entre os parceiros. O Rei legítimo Anglo-Saxónico mantinha-se vivo mas velado e esquecido num país pequeno, periférico, dependente, pobre e quase sempre a soldo dos interesses do seu forte aliado. É, interessante sublinhar, que o Príncipe enjeitado Marcus Manoel foi, descartado de vez, ao ser inesperadamente assassinado por envenenamento na sua casa de Lisboa em 1910.

Hoje, o seu legítimo representante é Sua Alteza Real D. Francisco Manoel, segundo me disseram, um homem que mantém presente a proveniência da amargura do exílio mas um líder de grande carácter, coragem e educação. Chegou-me também aos ouvidos que Sua Alteza Real vai lançar, em breve, um livro com edição garantida a nível internacional sobre este tema. Os mais próximos olham-no como um verdadeiro Gentleman, homem de sorriso franco e de uma simpatia contagiante. Transmitiram-me outrossim que Sua Alteza Real D. Francisco, apesar do estatuto de rejeitado, é um acérrimo defensor da Grã-Bretanha, nunca pretendeu reclamar o seu legítimo direito ao Trono Britânico ou criar no futuro quaisquer atritos entre o povo e a Coroa apesar dos contratempos, perseguições e vigilância apertada, a que tem sido sujeito.

Essas amarras ameaçadoras estenderam-se no passado na forma de alguns atentados à integridade física e outras aviltantes acções psicológicas cometidas contra a sua família desde o Século XIX. Obtenha mais informação: Elevation Lord Chancellor Greg Hallett - TheWorldOfTruth.net

Para entendermos melhor este facto histórico secreto, é necessário recuarmos à primeira metade do século XIX. O legítimo Príncipe de Gales na época foi Marcus Manoel, filho primogénito da então princesa Alexandrina Victoria de Kent, mais tarde conhecida por Rainha Victoria, e do príncipe ‘cego’ Jorge de Cumberland, futuro Rei de Hannover.

Os dois nasceram em 1819, ambos foram considerados herdeiros presuntivos ao trono britânico. Neste confuso jogo da “Corrida ao Trono” a casa de partida aparentava, no início, ser justa com igualdade de oportunidades para os candidatos. Puro engano, o legítimo príncipe Jorge lançava a sua reduzida hipótese na adversidade dos dados que manchavam as suas aspirações por ser filho primogénito do odiado Duque de Cumberland também conhecido pejorativamente pela alcunha de “Ave de Rapina”, enquanto a princesa Victoria, apesar de lançar a sorte viciada na sua origem ilegítima e, a partir de 1834 com um primeiro filho gerado em segredo, era claramente a grande favorita porque a sua bastardia garantia-lhe a magnitude do apoio financeiro do seu pai biológico o banqueiro Rothschild, magnata que detinha o poder absoluto em Inglaterra e, cujo dinheiro, era fundamental para a sobrevivência da própria coroa.

Foi, no enredo desta competição batoteira, que exilaram o príncipe Marcus Manoel, o primogénito oculto dos dois Candidatos-Rei. Se Victoria morresse antes de ter uma descendência oficial o Máscara de Ferro britânico por certo subiria ao trono como último garante da alta finança Rothschild porque podia existir um tenebroso reverso da medalha para esta colossal Dinastia Financeira com a aprovação em Inglaterra da Bill of Rights no ano de 1689 foram lançadas as fundações da Monarquia Constitucional, segundo alguns argumentos, Victoria nunca herdou legalmente o trono, porque a Lei dos Direitos e o Acto de Estabelecimento de 1701 (alterou a linha de sucessão ao trono) não tinham qualquer efeito, uma vez que ambas as Leis foram sancionadas por William III de Orange, que não era o verdadeiro Rei.

Deste modo, legalmente Victoria nunca foi olhada em Inglaterra como verdadeira rainha porque pura e simplesmente nunca existiu... O Príncipe Marcus Manoel encontrava-se a salvo em Portugal como se estivesse numa incubadora, poderia ser requerido a qualquer altura e funcionar legalmente como tábua de salvação ou porto de abrigo para a elite financeira inglesa. Assim, se explica a verdadeira bastardia genética da Casa Windsor.

Numa das minhas viagens a Madrid cruzei-me casualmente com um agente reformado do KGB num aglomerado de Lojas (vulgo centro comercial), esse homem revelar-me-ia uma parcela da verdade sobre a ilegitimidade dos Windsor. Segundo o seu testemunho, Eduardo VII era também um bastardo há imagem e semelhança da sua majestosa mãe possuída por alguns tiques de ninfomaníaca.

O seu pai biológico teria sido um criado escocês de nome John Brown, esse registo escandaloso está gravado num diário pessoal da Rainha Victoria redigido em alemão gótico, pela sua mão intransmissível:“- Berty, é filho do meu amado John Brown!” Estupefacto, fiquei sem reacção, quase aturdido, aconcheguei-me melhor na cadeira que me acolhia contudo, o desparamentado mestre secreto russo manteve uma expressão neutra fitou-me com um olhar perturbador, sorriu e continuou o seu discurso pragmático revelando-me em seguida que esse ‘Diário Real’ existe (escondido a sete chaves) e encontra-se na posse da Grande Duquesa de Hesse, Liliane Battemberg uma ‘puro-sangue’ considerada ainda hoje persona non grata em Inglaterra.

Em conformidade com a antiga Inteligência de Leste, esta senhora vive confortavelmente em Espanha e foi uma das fontes financeiras do filme realizado em 1997 sobre a vida de Sua Majestade, Victoria R.I. com o título de Mrs Brown. O “acordado” e corpulento espião aposentado acenou vigorosamente a cabeça aproveitando aquele momento único da confissão para disferir um rude golpe na anti face da trágica morte da esbelta Diana Frances Spencer ao afiançar-me que ela estava junto do marido Carlos num jantar em Marbelha quando soube pela boca da anfitriã liliane Battemberg, na presença física do rei de Espanha Juan Carlos de Bourbon e de outros reais, que afinal o seu luxuoso e cintilante enxoval adquirido para servir a uma verdadeira Princesa de Gales era um completo vexame porque estava incontornavelmente enxovalhado pela bastardia, cuja pestilência da criadagem, também arrastava o seu filho William. Harry nasceria mais tarde, depois da “boa-nova”. Desmascarado Carlos Windsor ficou sem reacção, indefeso e ruborescido mas manteve-se cabisbaixo em silêncio.

Após, a monumental lide atafulhada de verónicas geniais fornecidas pela mão da triunfadora da noite a Grande Duquesa, o caldo entornou… Nessa inolvidável soiret a deslustrada Diana, segundo sei, ouviu alguém falar respeitosamente de Sua Alteza Real D. Francisco Manoel; Lady Di, compreensivelmente sentiu-se na pele de uma mulher do povo quase a puxar para o chinelo, pouco tempo depois, inconsolada decide rejeitar o actor Carlos. Daí em diante, torna-se numa mulher fácil, tem como último amante um rico armazenista muçulmano até ao momento em que irreflectidamente decide pôr a cabeça a prémio; constrói o seu próprio ossário ao afirmar junto da comunicação social que pretende acabar com a Casa Windsor.

Garantiram-me, que a “princesinha azarada” perdia a razão quando recordava a memorial secura da noite das ‘ramblas’… Paz há sua alma! Depois da “missa” o “soviético” resolveu arrematar o seu palavroso monólogo num tom de voz quase fraterno porém, carrancudo de soberba:”- Pobres ingleses…

Com as informações que temos em diversas áreas, Vladimir esmagará, de um só golpe, a pequena Ilha quando for útil para a mãe Russia!” Nunca mais vi, ou ouvi falar, deste enigmático personagem que se apresentou graduado com o nome simbólico de G…, contudo fiquei com a ideia, que aquele homem reformado era irritantemente competente e metódico, todas as informações faziam-se acompanhar de consistentes provas documentais. Compreendo agora, o contexto da alegada afirmação feita pelo Presidente Putin durante a última reunião dos G20 quando cochichou ao ouvido de David Cameron que “Inglaterra é uma pequena Ilha que não conta para nada”.

Pois é, desde há mais de cem anos para cá, a batelada de bastardos coroados nas Ilhas britânicas só têm enfraquecido Inglaterra, os “súbditos” ainda não compreenderam que são vistos do exterior como pequenos inventores de tradições, olhados como gente educada numa extravagância quase circense que alimenta o ego acenando pequenas bandeirinhas ao vértice de uma pirâmide cor-de-rosa carregada de cabeçudos e de matrafonas. Enquanto assisto divertido a um verdadeiro “tratado” como o da família Windsor ou a um episódio bizarro do género “Mr Bean” onde comumente, assistimos a uma ridícula zombaria que acaba sempre em tremenda confusão vem-me frequentemente à memória, uma das cenas finais do filme português “O Pai Tirano” quando, no meio do caos instalado, um espectador sentado na plateia diz para quem está ao seu lado:”- Eu não percebo nada… Mas garanto-lhe que isto é teatro e do bom!”

Finalizo com uma pergunta independente, construtiva e objectiva: Não será muito mais eficaz para Inglaterra repor no trono uma legítima cabeça coroada como a de Sua Alteza Real D. Francisco Manoel?

Sugiro que a Grã-Bretanha abandone os preconceitos caseiros e deixe de “pôr as talas à rã” para perceber que a diferença entre o homem altamente desenvolvido e o homem vulgar é tão grande como a diferença entre um aparelho de rádio, que somente pode captar as ondas emitidas por um determinado posto, e um outro susceptível de captar as frequências emitidas por todas as estações do Mundo.

Texto de António Góis para o Lusopt.pt
in http://www.lusopt.pt/cronicas-q/180-a-bastardia-da-casa-windsor-afinal-o-legitimo-rei-de-inglaterra-e-portugues

Texto só com palavras começando por “p”

P... de Portugal! de português!


"Português é o único idioma em que se pode escrever um texto só com palavras começando por “p”

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém perseverante, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.
Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principa
lmente por pretender partir prontamente para Portugal. “Povo previdente!”, pensava Pedro Paulo. “Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses”.
Passando pela principal praça parisiense, partindo para Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros pretos. Pintou, prostrou perante políticos, populares, pobres, pedintes. “Paris! Paris!”, proferiu Pedro Paulo. “Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir”. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: “Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Por que pintas porcarias?”. “Papai”, proferiu Pedro Paulo, “pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal”. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte, precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.
Fonte: Internet. Autor desconhecido."

via blogue 'Abaciente' - https://abaciente.blogspot.pt/2017/01/portugues-e-o-unico-idioma-em-que-se.html

o mito, persistente, persuasivo e irrealista...

"O GRANDE INIMIGO DA VERDADE É MUITAS VEZES NÃO A MENTIRA - DELIBERADA, ORGANIZADA E DESONESTA - MAS SIM O MITO, PERSISTENTE, PERSUASIVO E IRREALISTA. ACREDITAR EM MITOS PERMITE O CONFORTO DE TER OPINIÃO SEM O DESCONFORTO DE TER QUE PENSAR." in Jonh F. Kennedy

2017, Monteiro deQueiroz
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"Com o passar do tempo, a História encarrega-se de acomodar os acontecimentos no seu merecido lugar atribuindo-lhes a importância que realmente têm e não a que os homens seus contemporâneos lhes outorgaram há data dos mesmos." in Monteiro deQueiroz

10 de Janeiro de 2011
Vila Nova de Gaia
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a "Verdade" e a "Mentira"!...

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"Sendo que a verdade quase nunca vem ao de cima…
e existem tantas verdades quantas as partes intervenientes…
muitas das vezes em concordância com as motivações, estratégias e interesses de cada um…
essa mesma verdade não existe, ou pelo menos não é do nosso total e ‘verdadeiro’ entendimento!"

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"O GRANDE INIMIGO DA VERDADE É MUITAS VEZES NÃO A MENTIRA - DELIBERADA, ORGANIZADA E DESONESTA - MAS SIM O MITO, PERSISTENTE, PERSUASIVO E IRREALISTA. ACREDITAR EM MITOS PERMITE O CONFORTO DE TER OPINIÃO SEM O DESCONFORTO DE TER QUE PENSAR." in Jonh F. Kennedy

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“SE NECESSÁRIO O EXÉRCITO ATIRARÁ SOBRE OS COLONOS BRANCOS”

“SE NECESSÁRIO O EXÉRCITO ATIRARÁ SOBRE OS COLONOS BRANCOS”

Entrevista a Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros

O Ministro dos Negócios Estrangeiros português Mário Soares sobre a descolonização em África

SP – Sr. Ministro, o Governo Provisório está em vias de conceder a independência às colónias da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique. Há portugueses que se interrogam se este Governo de Transição, que não foi eleito pelo povo, mas empossado por um golpe militar, tem legitimidade para tomar uma decisão tão histórica.

MS – Isso nos perguntámos logo a seguir à revolução de 25 de Abril. Ponderamos se a descolonização se deveria fazer apenas após eleições regulares. Mas verificou-se que o problema era candente, que dificuldades e demoras surgiam no processo. E assim convencemo-nos que precisávamos de nos apressar.

SP – Há portugueses que julgam que o Sr. se tenha apressado demais – como em tempos os belgas ao se retirarem do Congo.

MS – Estamos há 3 meses no governo, e entretanto fizemos contactos e progressos, mas não creio que tenhamos sido demasiado apressados. Pelo contrário. A situação em Angola, que nos últimos tempos se tornou explosiva, prova que talvez não tivéssemos andado suficientemente depressa.

SP – Sobre as condições de independência o Sr. negoceia exclusivamente com os movimentos de libertação africanos. Na sua opinião eles são os únicos legítimos representantes das populações nas colónias?

MS – Bem, se quisermos fazer a paz – e nós queremos sem demora a paz – temos que falar com os que nos combatem. Isto não implica uma avaliação política ou ética dos movimentos de libertação, mas resulta da apreciação pragmática de determinada situação. E quem nos combate na Guiné? O PAIGC. Assim temos de falar com o PAIGC. Quem nos combate em Moçambique? A Frelimo. Assim temos de falar com a Frelimo.

SP – E com quem pode o Sr. negociar em Angola onde existem vários movimentos rivais?

MS – Em Angola há dois movimentos de libertação reconhecidos pela OUA – o MPLA e a FNLA. Assim temos de negociar com ambos. Para avaliar qual dos dois é o mais representativo do povo é um problema que os Angolanos e as coligações que no futuro formarão governo terão de resolver mais tarde.

SP – Acredita que esses movimentos e em particular os ainda discutíveis têm suficiente autoridade de impor a solução que vai ser negociada.

MS – Esperamos que sim. Mas o processo de descolonização em Portugal, no formato, não deverá decorrer de modo muito deferente do da Inglaterra e França.

SP – Na Argélia havia um movimento de libertação muito forte, como no Kénia e sem dúvida também na Guiné-Bissau e Moçambique. Mas e em Angola?

MS – Sim, na verdade em Angola a situação é difícil devido às divisões dentro dos movimentos. E nós não podemos alterar aí quase nada. Estamos prontos a falar com cada uma das facções e, dentro das nossas possibilidades, procurar que se unam. Mas não temos muitas ilusões, as nossas possibilidades de intervir aqui são muito limitadas.

SP – Se o processo de descolonização português correr como o inglês ou o francês, na sua opinião qual será a tendência a seguir - como no Kénia que seguiu a via capitalista, ou como a Zâmbia que tenta uma espécie de socialismo africano?

MS – Eu julgo que é sempre perigosa a transposição de modelos estranhos. Mas, de momento, parece-me que a evolução em Moçambique será semelhante à da Zâmbia. Noutras regiões poderá haver outras soluções. Quando falei da semelhança do nosso processo de descolonização com o inglês ou o francês, pensei mais nas linhas gerais – que nós, como potência colonial, como os ingleses e os franceses, devíamos negociar com os movimentos fortes a operar nas colónias.

SP – E o que virá depois das negociações?

MS – Parece-nos importante que as populações sejam consultadas e que, depois do domínio português, não lhes seja imposto outro domínio que poderá não ter a maioria. Gostaríamos que a liberdade da população fosse garantida e assegurada. Mas temos nós, como antiga potência colonial, autoridade bastante para discutir isso? A nós parece-nos isso muito problemático. Por outro lado, o PAIGC e a Frelimo são movimentos de libertação que em anos de luta renhida pela independência ganharam indiscutível autoridade. Eles têm chefes muito qualificados e conscientes das responsabilidades. Com quem mais, a não ser com eles, deveremos negociar?

SP – Sente-se o novo governo português também responsável por aqueles milhares de africanos que, por motivos diversos, colaboraram com o anterior regime?

MS – Certamente que nos sentimos responsáveis por essa parte da população e sobre o seu destino já se falou por diversas vezes nas conversações. No caso concreto da Guiné, onde o processo está mais avançado, tencionamos, por exemplo, repatriar para Portugal os ex-combatentes africanos que o queiram por não se conseguirem integrar na nova República independente.

SP – Quantas pessoas são essas?

MS – Sabemos de cerca de 30 antigos comandos que aos olhos do PAIGC representam um certo perigo. Para estas pessoas temos de encontrar uma solução qualquer – talvez integrá-los nas forças armadas portuguesas ou coisa semelhante.

SP – Acredita que do lado dos movimentos de libertação exista a boa vontade de não exercer represálias contra os colaboradores africanos do antigo regime?

MS – Sim, isso foi-me espontaneamente assegurado, mesmo antes de nós termos levantado o problema. Também nos deram certas garantias, os movimentos de libertação não são racistas. Eles estão conscientes dos imensos problemas que terão de enfrentar e não querem comprometer já a sua vida política com crueldades e actos de vingança.

SP – No entanto, a “Voz da Frelimo” emissora do movimento para Moçambique tem, nas passadas semanas, por diversas vezes apelado aos soldados pretos para desertarem das tropas portuguesas, sob pena de ajuste de contas após a independência.

MS – Uma guerra, infelizmente não é um jogo de cavalheiros nem um concurso hípico com regras éticas fixas. Tais excessos verbais e ameaças são lamentáveis, mas também muito naturais. Na verdade, não sei se essas ameaças foram feitas, mas considero-as possíveis. Mas até agora tivemos na Guiné e em Moçambique – em Angola ainda não – uma impressionante onda de confraternização e tudo tem corrido muito melhor do que seria de esperar depois de 13 anos de guerra.

SP – Muitos brancos nas colónias portuguesas sentem-se traídos por Lisboa. Com razão?

MS – Se acreditou nos slogans do antigo regime – que Angola é nossa e sê-lo-á para sempre, e que não são colónias mas simplesmente províncias ultramarinas – então terá razão em sentir-se traído. Mas, na realidade, a traição é do regime de Salazar e Caetano que quiseram fazer esta gente acreditar que seria possível oferecer resistência ao mundo inteiro e à justiça.

SP – Qual será o futuro destes brancos desiludidos, se, apesar de tudo, quiserem permanecer em África?

MS – Se forem leais para com os novos Estados independentes na cooperação e respeitarem as suas leis, não têm nada a temer. Na Guiné, por exemplo, o próprio movimento de libertação exortou-nos a deixar os nossos técnicos, médicos, engenheiros e agrónomos, porque precisavam deles. É cómico: a extrema esquerda portuguesa exigia a nossa saída imediata, total e sem condições, mas os próprios movimentos de libertação não exigiram nada disso.

SP – O que será dos brancos que não querem ficar em África? Em Moçambique já se iniciou entre os brancos um grande movimento de fuga.

MS – É verdade. Mas estou certo que dois anos após a independência e quando as instituições do País funcionarem razoavelmente, haverá mais portugueses, em Moçambique, que hoje. Isto é, aliás, um fenómeno geral. O Presidente Kaunda da Zâmbia disse-me, quando estive em Lusaka: “ Saiba que temos aqui na Zâmbia o dobro dos ingleses que tínhamos antes da independência”.

SP – E o Sr. acredita que isso também acontecerá em Moçambique?

MS – Sim. Primeiro virão muitos para Portugal, porque têm medo, mas depois regressarão.

SP – E em Angola?

MS – Ali ainda não há muitos que abandonaram o País. Ali generaliza-se entre os brancos uma atitude perigosa. Precisamos de convencer os brancos, no seu próprio interesse, que fiquem, mas já não como patrões, como até agora.

SP – Apesar disso Portugal tem de contar com o regresso de muitos. Como irão resolver o caso?

MS – Isto é para nós um problema económico muito sério, pois não é apenas o regresso dos colonos brancos mas também os soldados – cerca de 150.000 a 200.000 homens que regressam duma assentada. Acrescem ainda os imigrantes que querem regressar desde que Portugal é livre. O assunto está a ser estudado pelo Ministério da Economia e Finanças. Temos de criar novos postos de trabalho, mas isso significa igualmente a reestruturação da totalidade da economia portuguesa, que vai precisar de se adaptar às sociedades industriais modernas.

SP – Não existem portanto planos concretos para absorver os retornados?

MS – Há investigações adiantadas.

SP – Entre os brancos que não querem regressar a Portugal, tenta-se criar um exército de mercenários para se opor aos movimentos de libertação. Em Angola, nos últimos tempos, radicais brancos de direita provocaram confrontos raciais sangrentos. Pode Lisboa impedir que tais brancos, especialmente em Angola, tomem o poder?

MS – Eu penso que sim.

SP – Como?

MS – O exército em Moçambique e em Angola é completamente leal para com os que fizeram a Revolução de 25 de Abril. E o exército não permitirá que mercenários brancos ou grupos semelhantes se levantem contra o exército. Tentativas haverá. Em Moçambique já as houve.

SP – E em Angola onde vivem mais do dobro dos brancos e um terço menos de pretos que em Moçambique?

MS – Em Angola haverá certamente uma série de situações mais ou menos desesperadas e tensões perigosas entre as raças. Apesar disso, julgo que por ora o exército pode e fará manter a ordem – a ordem democrática.

SP – Portanto, se necessário, o exército português fará fogo sobre portugueses brancos?

MS – Ele não hesitará e não pode hesitar. O exército já mostrou que tem mão forte e quer manter a ordem a todo o custo.

SP – Apesar do exército, não se pode excluir a hipótese de os brancos se declararem independentes, como na Rodésia. Pelo menos Angola podia tentar mesmo economicamente uma tal solução.

MS – De princípio, nos primeiros momentos da Revolução tive muito receio que tal pudesse acontecer. Mas quanto mais o tempo passa, mais difícil se tornará uma tal tentativa.

SP – Suponhamos, no entanto, que tal venha a acontecer – reagiria Lisboa como Londres, na altura, tentando impor um bloqueio económico?

MS – Não creio que em Angola exista uma solução rodesiana, mas se tal acontecesse combatê-la-íamos com todas as nossas forças, pois uma tal solução seria para África e para o Mundo uma aventura inaceitável.

SP – Também se pensou isso no caso da Rodésia e, no entanto, não se pôde evitar.

MS – Para nós tal solução é improvável a não ser que tivéssemos um golpe de direita aqui em Portugal. Nós – este governo democrático – não permitirá que tal solução rodesiana aconteça em Angola ou Moçambique. Eu repito! Nós combatê-la-emos com todos os meios ao nosso dispor.

SP - Porquê?

MS – Porque isso poria em causa todo o nosso processo de descolonização, a nossa credibilidade, e a nossa boa vontade. E porque com uma tal solução até o regresso do fascismo poderia ser encaminhado em Portugal.

SP – Do ponto de vista económico a perda da Guiné e de Moçambique são um alívio para Portugal. Angola, no entanto, com os seus diamantes, petróleo, café trouxe para Portugal as tão necessárias divisas. Pode Portugal dar-se ao luxo de perder essa fonte de divisas?

MS – Todas estas receitas não compensavam os custos de guerra. Nós gastávamos cerca de 2 biliões de marcos por ano com a guerra. O que pouparmos com o fim da guerra compensa plenamente a perda dessas divisas, que de qualquer modo, acabavam na maior parte nos bolsos dos americanos, alemães e ingleses.

SP – Lisboa irá ajudar no futuro as suas antigas colónias? Concretamente: -Se Moçambique independente resolvesse impedir o trânsito de mercadorias da Rodésia para Lourenço Marques ou Beira para exercer pressão política sobre o regime branco de Salisbury, estaria Portugal disposto a compensar Moçambique pela perda de divisas que tal operação acarretaria?

MS – Os nossos meios são escassos, temos de ter em atenção a nossa muito tensa situação económica. Mas, dentro das nossas possibilidades, ajudaríamos, numa tal situação.

SP – No seu livro “Portugal e o Futuro”, o general Spínola propunha uma espécie de comunidade portuguesa como forma de cooperação futura entre Lisboa e África. Os movimentos de libertação não deram qualquer importância à ideia. Como serão as futuras relações entre Lisboa e África?

MS – O discurso pragmático proferido pelo general Spínola em 27 de Julho sobre o futuro das colónias está muito distante da concepção do seu livro. Se, algum dia, uma espécie de comunidade dos países lusófonos se verificar, só na condição de todos os países serem realmente independentes. E seriam então os países africanos a dizer até que ponto tal associação poderia ir.

SP – Sr. Ministro, muito obrigado pela entrevista.

DER SPIEGEL Nº 34/1974

in http://www.espoliadosultramar.com/ip0.html

As minhas medalhas


Minhas medalhas...
                                      são de cortiça!

Meus louvores...
                                      são escritos em folhas de outono
                                      caídas em desgraça...

10.jan.2017

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morreu mário soares

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"morreu mário soares às 15:28 de sábado, 7.1.2017, no hospital da cruz vermelha, lx, onde estava internado desde o dia 13.12.2016"

mário soares
(Lisboa, 7 de dezembro de 1924 – Lisboa, 7 de janeiro de 2017)

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